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Sociologia Na Educação

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Por:   •  21/4/2014  •  1.651 Palavras (7 Páginas)  •  282 Visualizações

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Envolve herança social, política, econômica e cultural, perceber a relação entre Sociologia e Pedagogia. Analisar o pensamento de Auguste Comte e Émile Durkheim. Entender o Positivismo de Auguste Comte. Refletir sobre a visão de escola de Émile Durkheim. Educação é exterior ao indivíduo. Não cabe ao indivíduo a decidir se quer ser educado conforme o padrão social. Isso já está definido antes mesmo de seu nascimento. A educação tem um aspecto geral, não é um fato isolado. O fato social é como um material a ser disposto sobre uma mesa. O cientista o avalia sob diferentes perspectivas, procura desvendar os detalhes. Este olhar deve ser livre de todas as concepções e opiniões próprias. 

Duas contribuições podem ser destacadas nesse contexto. Uma primeira é aquela por que têm passado os estudos da NSE. Essa corrente de análise, centrada na sociologia do currículo, vem desenvolvendo importantes estudos nos Estados Unidos, principalmente com autores como Apple (1978) e Giroux (1983), e em França com Tanguy (1983) e Forquin (1984).E uma segunda, que se refere à teoria da violência simbólica e da função política do sistema de ensino, elaborada por Bourdieu, que, sem dúvida, representa o enfoque neo weberiano mais original dessa disciplina, na atualidade. Bourdieu consegue integrar diferentes explicações (inspiradas em Marx, Durkheim e Weber) valendo se da teoria da dupla determinação dos sistemas simbólicos e de uma distinção analítica, muito esclarecedora, entre capital cultural, capital político e econômico. Junto com isso, fornecem novas ferramentas analíticas, tais como habitus e campo cultural, espaço de produção e distribuição dos sistemas simbólicos dotados de uma lógica concorrencial própria de procura da legitimidade cultural e das Correspondentes instituições que incluem o sistema de ensino, os media etc. Podemos concluir as nossas reflexões, afirmando que, em relação ao período mais recente, este parece menos marcado por um paradigma dominante, apesar da tendência em priorizar análises voltadas para o interior da escola na busca das suas particularidades e especificidades. 

Assim, o que se revela, a partir dos argumentos expostos anteriormente, é que no interior do campo científico da sociologia da educação convivem, na atualidade, teorias voltadas para a ação cotidiana, em que predominam, por um lado, temas relacionados à representação social, à ação do sujeito no cotidiano, e, por outro, teorias voltadas para o sistema social mais amplo, em que predominam as abordagens dos nexos entre a estrutura social, as interações formadoras dos sujeitos individuais e coletivos e as desigualdades existentes no sistema educacional, em articulação direta com o momento de crise social e dos modelos paradigmáticos que temos vivido na atualidade. 

Professor de língua francesa, se preparapara enfrentar uma sala de aula da sétima série em uma escola da periferia de Paris. Alunos indisciplinados, diferenças culturais, problemas de aprendizado. Não há mais o que dizer sobre a sinopse de “Entre os muros da escola” (“Entre les murs”, 2008), que estreou no Brasilem março de 2009. Grande vencedora da Palma de Ouro em Cannes e indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro, a produção, dirigida por Laurent Cantet, faz do real seu componente mais dramático. Sem falar no fato de que François Bégaudau interpreta a si mesmo na tela. O professor é autor do livro que deu origem ao roteiro (também escrito por ele). E assim também acontece com todo o elenco, formado por estudantes reais,usando seus nomes verdadeiros. Bebendo na fonte do neo-realismo italiano – movimento representado por filmes como “Roma, cidade aberta” (1946), de Rossellini, ou “Ladrões de bicicleta” (1948), de De Sica – “Entre os muros…”  não é um filme sobre ações de personagens, mas sobre personagens eles mesmos. Tudo acontece de forma a fazer com que o espectador conheça (ao invés de assistir) o dia-a-dia de uma classe ginasial da periferia de Paris. Não há julgamento, apelo emocional, nem estrutura narrativa melodramática. Há pessoas, com toda a complexidade que “ser humano” implica. O julgamento, a empatia, a emoção, cabem

justamente ao espectador. 

Ocorre vários conflitos na sala de aula por questão de discriminação racial. 

Quando você assisti o filme , é tremendo as dúvidas surgem a partir que não se sabe se é um documentário? É ficção? Provavelmente, nunca haverá uma resposta satisfatória, já que este filme “Entre os muros…” parece justamente quebrar a fronteira entre essas duas “categorias”. É como se o diretor tentasse dizer através de cada plano que a realidade possui histórias que merecem ser contadas, histórias “cinematográficas”. É uma historia elaborada, atores talentosos, fotografia bem trabalhada ou efeitos especiais de última geração para torná-las interessantes É disso que trata “Entre os muros…”. Mais do que o cotidiano da classe, mais do que os desafios de um professor, o filme fala sobre histórias reais, humanas, e da forma de contá-las. De acordo com a pesquisa ,seguindo a linha de diretores como o brasileiro Walter Salles e o argentino Carlos Sorín, Cantet usa os planos-seqüência e uma decupagem mais reflexiva como tática para envolver o espectador numa trama na qual ele sempre será externo, intruso. É interessante notar, por exemplo, como todas as cenas do pátio são filmados de um ângulo diagonal, sempre visto de cima, como se o público espionasse, sem ser convidado, a ação que transcorre. Dentro da sala de aula, a câmera balança, perturba, “toma pancada” dos personagens que passam indiferentes por ela. E, claro, ela nunca extrapola os “muros” do título. Não se sabe de onde os alunos vem, como e onde eles vivem. O filme coloca o público na mesma condição do professor, dando-lhe acesso apenas ao que ocorre na escola. O espectador é lembrado a todo momento que está assistindo a um filme, e portanto, que aquela realidade não é a dele. 

François: como o público, o professor não consegue adentrar completamente o mundo dos alunos 

E é exatamente nisso que reside o criativo e o artístico de “Entre os muros…”. Numa época em que filmes biográficos (“Milk”, em 2008, “Piaf”, em 2007) ocupam-se em melodramatizar, às vezes de forma caricata, a vida de pessoas que representaram um grande papel no mundo, Cantet deixa de lado a linguagem “padrão” do cinema ficcional para fazer com que personagens reais usem a sua própria ao contar suas histórias. E, surpreendentemente, acaba sendo mais universal,

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