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Sustentabilidade Ambiental

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Por:   •  14/9/2014  •  2.189 Palavras (9 Páginas)  •  999 Visualizações

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SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

A educação ambiental vai formar e preparar cidadãos para a reflexão crítica e para a uma ação social corretiva ou transformadora do sistema, de forma a tornar viável o desenvolvimento integral dos seres humanos.

Ela se coloca numa posição contrária ao modelo de desenvolvimento econômico vigente no sistema capitalista selvagem, em que aos valores éticos, de justiça social e solidariedade não são considerados nem a cooperação é estimulada, mas prevalecem o lucro a qualquer preço, a competição, o egoísmo e os privilégios de poucos em detrimento da maioria da população.

A educação ambiental exige um conhecimento aprofundado de filosofia, da teoria e história da educação, de seus objetivos e princípios, já que nada mais é do que a educação aplicada às questões de meio ambiente. Sua base conceitual é fundamentalmente a Educação e complementarmente as Ciências Ambientais, a História, as Ciências Sociais, a Economia, a Física, as Ciências da Saúde, entre outras.

As causas socioeconômicas, políticas e culturas geradoras dos problemas ambientais só serão identificadas com a contribuição dessas ciências. Assim, educação ambiental não é ecologia, mas utilizará os conhecimentos ecológicos sempre que for preciso.

É impossível mudar a realidade sem conhecê-la objetivamente. Dessa forma, o desenvolvimento de um processo de educação ambiental implica que se realize logo de início um diagnóstico situacional, a partir do qual deverão ser estabelecidos os objetivos educativos a serem alcançados.

Não se trata apenas de entender e atuar sobre a problemática ecológica e na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas como ocorreu, historicamente, até a década de 1970. Trata-se, isso sim, de estabelecer relação de causa e efeito dos processos de degradação com a dinâmica dos sistemas sociais.

A Ecologia, desde seu surgimento, só se ocupou do equilíbrio entre os ecossistemas, do meio ambiente natural e do estudo das relações entre os seres vivos e não vivos, sem estabelecer relação entre esses e o sistema socioeconômico. Embora reconhecesse os resultados da ação antrópica, havia a preocupação com os efeitos, mas não com os fatores que os causaram, nem com a identificação de estratégias para mudança, prevalecendo, portanto, uma visão extremamente reducionista.

A educação conservacionista, ideia que antecedeu à educação ambiental, tem como foco o manejo dos recursos naturais. Seu conteúdo baseia-se nas ciências biológicas e na crença de que a tecnologia tem potencial para solucionar os problemas aí gerados, indicando como causas a falta de conhecimentos e de comportamento adequados. Ela persiste e até hoje é utilizada por alguns educadores para desenvolver atividades pontuais.

Aos poucos foi ficando claro que a Ecologia por si só não dá conta de reverter, de impedir ou de minimizar os agravos ambientais, os quais dependem de formação ou mudança de valores individuais e sociais que devem expressar-se em ações que levem à transformação da sociedade por meio da educação da população.

Modificação Ambiental e Sustentabilidade- O estudo e a compreensão dos fatores econômicos, sociais, políticos, tecnológicos e ambientais que acompanharam a história do homem possibilitam reflexão sobre os diferentes modelos de desenvolvimento adotados e as direções a serem priorizadas neste terceiro milênio.

As modificações ambientais decorrentes do processo antrópico de ocupação dos espaços e de urbanização, que vêm acontecendo em escala global, especialmente nos dois últimos séculos, ocorrem em taxas incompatíveis com a capacidade de suporte dos ecossistemas naturais, resultando em esgotamento de recursos naturais e poluição dos ecossistemas.

Diversos estudos revelam que as modificações ambientais impostas pelos atuais padrões de consumo e de produção das sociedades alteraram significativamente os ambientes naturais, poluindo o meio ambiente físico, consumindo recursos naturais sem critérios adequados, aumentando o risco de exposição a doenças, atuando negativamente na qualidade de vida da população (Miranda, Dorado e Assunção1994; Ministério da Saúde 1995; Banco Mundial 1998; WHO 1999).

O RECURSO NATURAL ÁGUA

Desde a época das antigas civilizações até os dias atuais, as cidades vêm sendo construídas nas proximidades de grandes rios ou lagos. Esse acontecimento pode ser explicado pelo fato de os recursos hídricos serem utilizados tanto para a retirada de água para abastecimento como também para receber e diluir dejetos.

Essa estreita relação da humanidade com a água faz que esse recurso natural seja considerado infinito. Essa constatação pode ser tomada como verdadeira sob o ponto de vista quantitativo, isto é, enquanto o sol acumular energia suficiente para aquecer a Terra- até que o elemento que cobre mais de 97% do planeta se evapore e sofra condensação nas camadas superiores da atmosfera, caindo sob a forma líquida sobre a superfície- teremos água em abundância. Porém, no que se refere à qualidade, o quadro certamente se agravará: a atividade industrial lança ao ar uma variedade de substâncias que, ao receber grandes quantidades de energia proveniente de raios, se transformam em compostos, muitos dos quais tem natureza ainda desconhecida. Tudo isso sem que se mencionem o nitrogênio e o enxofre que podem fazer o PH da água, que se precipita sobre a terra, cair até 2,0, dando origem à chuva ácida. Embora esse fato não inviabilize o uso da água para consumo humano, provocam danos materiais e ecológicos consideráveis confirmados o caráter finito desse recurso natural, pelo menos do ponto de vista qualitativo. É ainda imperativo lembrar que a água não se distribui uniformemente no planeta, e que em apenas algumas situações ela pode ser utilizada sem nenhum tipo de tratamento prévio.

Mesmo considerando a intensa expansão da atividade industrial no Brasil, o principal problema relacionado à poluição hídrica em nosso país ainda está ligado aos dejetos de origem doméstica (esgoto sanitário), uma vez que, em muitas regiões, o esgoto não passa por nenhum tipo de tratamento, sendo lançado in natura nos corpos receptores (a região metropolitana de São Paulo trata apenas 10% de seus resíduos líquidos). O baixo índice de tratamento de esgotos faz que o número de mananciais cuja qualidade da água deveria ser adequada para o abastecimento público após o tratamento, normalmente realizado pelas companhias de saneamento, seja cada vez menor.

A ÁGUA COMO VEÍCULO DE DOENÇAS

Os despejos líquidos de origem doméstica são

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