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Teoria De Lamarck

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Por:   •  5/9/2013  •  1.760 Palavras (8 Páginas)  •  1.095 Visualizações

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Nome: Raquel Francisco

Teoria de Lamarck

Jean Baptiste Lamarck era um botânico reconhecido e estreito colaborador de Buffon no Museu de História Natural de Paris. No entanto, tal não o impediu de ser severamente criticado pelas suas ideias transformistas, principalmente por Cuvier, tendo as suas teorias sucumbido ao fixismo da época. A propósito dos seus trabalhos de sistemática, Lamarck enunciou a Lei da gradação, segundo a qual os seres vivos não foram produzidos simultaneamente, num curto período de tempo, mas sim começando pelo mais simples até ao mais complexo. Esta lei traduz a ideia de uma evolução geral e progressiva. Lamarck defendia a evolução como causa da variabilidade mais admitia a geração espontânea das formas mais simples. Observando os seres vivos à sua volta, Lamarck considerava que, por exemplo, o desenvolvimento da membrana interdigital de alguns vertebrados aquáticos era devida ao “esforço” que estes faziam para se deslocar na água. Assim, as alterações dos indivíduos de uma dada espécie eram explicadas por uma ação do meio, pois os organismos, passando a viver em condições diferentes iriam sofrer alterações das suas características. Estas ideias levaram ao enunciado da Lei da transformação das espécies, que considera que o ambiente afeta a forma e a organização dos animais logo quando o ambiente se altera produz, no decorrer do tempo, as correspondentes modificações na forma do animal. O corolário desta lei é o princípio do uso e desuso, que refere que o uso de um dado órgão leva ao seu desenvolvimento e o desuso de outro conduz á sua atrofia e, eventual, desaparecimento. Todas estas modificações seriam depois transmitidas às gerações seguintes – Lei da transmissão dos caracteres adquiridos.

O mecanismo evolutivo proposto por Lamarck pode ser assim resumido:

Variações do meio ambiente levam o indivíduo a sentir necessidade de se lhe adaptar (busca da perfeição);

O uso de um órgão desenvolve-o e o seu desuso atrofia-o (lei do uso e desuso);

Modificações adquiridas pelo uso e desuso são transmitidas aos descendentes (lei da transmissão dos caracteres adquiridos).

Deste modo, a evolução, segundo Lamarck, ocorre por ação do ambiente sobre as espécies, que sofrem alterações na direção desejada num espaço de tempo relativamente curto. Alguns aspectos desta teoria são válidos e comprováveis, como ocaso do uso e desuso de estruturas. É sabido que a atividade física desenvolve os músculos e que um organismo sujeito a infecções desenvolve imunidade. Do mesmo modo, uma pessoa que fique paralisada, sofre atrofia dos membros que não utiliza.

No entanto, também existem numerosas críticas ao Lamarquismo:

A necessidade de adaptação, a “busca de perfeição” pelos organismos, não pode ser provada; Modificações devidas ao uso e desuso são adaptações individuais somáticas (fenotípicas), não são transmissíveis, não devendo ser confundidas com adaptações evolutivas, as quais implicam sempre uma modificação genética. Este fato foi comprovado por uma famosa experiência realizada por Weissman em 1880, que cortou caudas a sucessivas gerações de ratos e estes sempre nasceram com cauda; Lamarck afirmava que a função determinava a estrutura mais tal não é verdade pois os caracteres surgem independentemente da ação do meio (como os caracteres inconvenientes ou nefastos). Atualmente considera-se a relação função/estrutura como biunívoca. Pode-se concluir daqui que a teoria de Lamarck foi um importante marco na história da Biologia mais não foi capaz de explicar convenientemente o mecanismo da evolução. No entanto, deve ser referida a existência dos chamados neo-lamarckistas, uma minoria no panorama atual da Biologia, mas que defendem que o meio realmente modela o organismo. Consideram possível a presença de proteínas citoplasmáticas que alteram o DNA, tentando explicar à luz da genética molecular os fundamentos lamarckistas. Reconhecem, no entanto, que apenas alterações nos gametas podem ser transmitidas á descendência. Os anos seguintes foram férteis na recolha de dados de anatomia comparada, geologia e paleontologia, de tal modo que a teoria evolutiva de Darwin (1859) teve um impacto muito maior. Desde essa data que a teoria da seleção natural de Darwin e Wallace se tornou um dos grandes princípios unificadores da Biologia, juntamente com a teoria celular e a dupla hélice do DNA.

Teoria de Darwin

Charles Darwin era um médico sem vocação, filho de uma família abastada e com enorme interesse na natureza, tendo por esse motivo feito uma viagem de 5 anos no navio cartográfico Beagle, aos 22 anos. No início da sua longa viagem, Darwin acreditava que todas as plantas e animais tinham sido criados por Deus tal como se encontravam, mas os dados que recolheu permitiram-lhe questionar as suas crenças até à altura. Darwin sofreu várias influências, as quais permitiram a criação da sua teoria sobre a evolução dos organismos:

Charles Lyell, devido à sua lei do uniformismo e à idade da Terra, terá mostrado a Darwin que o mundo vivo poderia ter tido tempo para sofrer alterações muito graduais. Igualmente, devido a essa mesma lei, a falta de fósseis não mais poderia ser argumento contra a evolução; Diversidade dos organismos de zona para zona e dentro da mesma espécie, embora pudessem ser notadas semelhanças, talvez devido a uma origem comum. Esta diversidade parecia relacionada com variações ambientais.

Seleção artificial, um aspecto do qual Darwin tinha experiência pessoal, devido a ser um criador de pombos conceituado. A escolha de certos cruzamentos leva a que características dos descendentes sejam muito diferentes das dos seus ancestrais, o que considerou poder ser uma pista para o modo como a natureza atuava (seleção natural, por oposição á seleção artificial ,devida ao Homem); Dado que o ambiente não fornece os meios de subsistência a todos os indivíduos que nascem, é necessário que ocorra uma luta pela sobrevivência, sendo eliminados os indivíduos excedentes, mantendo-se a população num estado estacionário á volta de um valor mais ou menos constante. Deste modo, é necessário conhecer os fenômenos que regulam o número de indivíduos numa população, ou seja, os fatores que afetam as taxas de mortalidade e natalidade.

Os principais fatores desse tipo são:

Abastecimento de alimento – depende dos autotróficos existentes e do fornecimento de energia radiante;

Predação

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