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Teoria Economica

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Por:   •  15/10/2014  •  2.759 Palavras (12 Páginas)  •  260 Visualizações

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WEB-AULA 1

Políticas Econômicas1

Olá pessoal! Bem-vindos à nossa primeira web aula desta segunda unidade da disciplina de Teoria Econômica. Na unidade anterior, nós conhecemos, primeiramente, alguns conceitos básicos da economia; em seguida nós fomos apresentados à "lei da oferta e demanda" e conhecemos um pouco sobre o mecanismo de funcionamento dos mercados. A lei da oferta e demanda, como observado, ilustra como as pessoas tomam decisões de compra e venda. Nesse sentido, há uma análise individual, ou microeconômica, como os economistas gostam de chamar.

A partir de agora, nós avançaremos um pouco mais e conheceremos um outro lado da economia, que não aborda as decisões individuais, mas o funcionamento da economia como um todo. Esse ramo da economia é conhecido como macroeconomia.

É muito importante entender que a diferença entre microeconomia e macroeconomia não está no tamanho, mas no grau de agregação. Por exemplo: ao estudar o que João decide fazer com seu salário, eu estou fazendo uma análise microeconômica; ao estudar o nível de renda e desemprego da cidade onde João mora, eu estou fazendo uma análise macroeconômica. E se eu estivesse analisando o nível de desemprego do bairro onde João mora? A análise seria microeconômica ou macroeconomia?

A análise continua sendo macroeconômica, pois não estou estudando indivíduos, mas um conjunto de famílias, de forma agregada. Na análise macroeconômica não cabe estudar se João ou Maria estão desempregados, mas o percentual de toda a cidade ou bairro que está sem emprego.

A macroeconomia está mais próxima de nós do que pensamos: o noticiário jornalístico, por exemplo, é lotado de notícias macroeconômicas, como por exemplo, informações sobre a inflação, taxa de juros, desemprego. Além disso, o governo é responsável pela condução das políticas macroeconômicas no país; ou seja, o governo gerencia a economia do país, com resultados sobre todos nós.

Vamos, então, conhecer um pouco mais sobre essas políticas macroeconômicas, que podemos chamar simplesmente de "políticas econômicas", como são popularmente conhecidas. O governo tem quatro grandes objetivos de política econômica:

• Redução do desemprego e aumento do crescimento econômico:

• Redução da inflação (evitar aumento generalizado dos preços)

• Equilíbrio nas contas externas (buscar saldo positivo nas transações com o exterior)

• Justa distribuição da renda

A grande questão é como conciliar os quatro objetivos. Embora todos sejam importantes, o cumprimento de um deles pode implicar no descumprimento de outros. Por exemplo: o governo brasileiro, atualmente, tem priorizado a redução da inflação.

A questão é que, para reduzir a inflação, o governo pode se valer de medidas que atrapalham o crescimento econômico! Exemplo: aumento das taxas de juros. Para entender melhor o papel dos juros, assista ao vídeo abaixo:

Pode-se observar, ao assistir ao vídeo, que há uma pressão sobre o governo para redução das taxas de juros. Isso porque, ao reduzir os juros, estimula-se o consumo das pessoas, o que "aquece" a economia e gera crescimento econômico. Porém, quando muita gente começa a comprar demais e as empresas começar a vender mais do que conseguem produzir, há uma tendência para que os preços aumentem; em outras palavras, pode ocorrer inflação!

Outro exemplo de política econômica é a recente redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Assista ao vídeo abaixo, sobre o tema:

Ao reduzir alguns impostos, o governo também "aquece" a economia, pois estimula a venda de carros. Com isso, menos pessoas ficam desempregadas e o país exporta mais. Podemos observar três objetivos de política econômica cumpridos nessa situação: estímulo ao emprego e ao crescimento econômico, melhoria da distribuição da renda (indiretamente) e melhoria das contas externas (via exportações). Porém, o efeito negativo é novamente a possibilidade de aumento da inflação. Notem que o vídeo abordou a redução do IPI dos automóveis. Mas, nas semanas seguintes, o governo reduziu o IPI de eletrodomésticos e de materiais para construção.

Mas por que a inflação é ruim? Veja a imagem abaixo:

A imagem ilustra o efeito da inflação sobre as pessoas: a corrosão do poder de compra. Mas como isso acontece? Em resumo, quando os preços sobem, os salários das pessoas não sobem na mesma proporção ou no mesmo momento. Com isso, o poder de compra das pessoas diminui, pois com o mesmo valor em dinheiro, é possível comprar menos bens.

Por outro lado, alguns economistas consideram que um pouco de inflação é bom, pois indica que a economia está aquecida, ou seja, as empresas estão produzindo e as pessoas estão comprando, o que significa que há baixo desemprego na economia. Essa relação entre inflação e desemprego é chamada de "curva de Phillips". Como já mencionado, épocas em que há baixo desemprego, as pessoas estão consumindo mais; e maior nível de consumo faz com que as empresas produzam "a todo vapor". Nesse contexto, se houver mais procura por bens do que as empresas podem oferecer, há uma pressão natural pelo aumento dos preços; ou seja, ocorre inflação. Por outro lado, economia com baixo desemprego significa economia em crescimento (mesmo que o "preço" pelo crescimento seja um pouco de inflação). Da mesma forma, quando há alto nível de desemprego, o nível de consumo na economia é mais baixo, deixando de sobrecarregar o nível de produção das empresas e deixando de gerar pressões inflacionárias.

PARA SABER MAIS:

A curva de Phillips tem sido muito discutida na economia, por ser um tema controverso. Nesse sentido, convido vocês a ler dois textos que falam sobre o tema. O primeiro chama-se "O real dilema entre inflação e Crescimento", do economista Márcio P. Garcia.

O artigo encontra-se no seguinte link: .

O outro artigo foi publicado na revista VEJA sob o título "Missão quase impossível", escrito por Marcelo Carneiro. O texto mostra alguns dados que sugerem que poucos países conseguiram crescer com inflação baixa. O artigo encontra-se no seguinte link: http://veja.abril.com.br/240402/p_054.html

Recentemente, vivemos no Brasil uma época de alta nos preços dos alimentos. Veja a charge abaixo:

Esse aumento dos alimentos teve algumas

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