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Trabalho De Fundamentos

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Por:   •  27/10/2014  •  1.870 Palavras (8 Páginas)  •  268 Visualizações

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O texto Familia e Trabalho na Reestruturação Produtiva, vem nos mostrar a situação de diversos brasileiros diante da crise econômica entre os anos de 90 e 94. Tal situação ocorreu devido ao aumento do desemprego e deteorização da renda familiar. De acordo com Lilia Montali o tema proposto analisa as relações entre os processos de reestruturação produtiva e de precarização do trabalho. A expanção das abordagens do texto são: desemprego, vínculos empregatícios, preço da força de trabalho. Diante de tal situação com a redução de salários,de aposentadorias,o aumento de famílias consideradas pobres,aumentou também o números de moradores de rua tanto crianças como adultos, pois os mesmos são tratados praticamente como seres invisíveis diante do Estado, com uma enorme carência de políticas sociais para acolher e suprir as necessidades dos mesmos, o que por sua vez gera também o aumento da violência.

Segundo Lautier, a ausência de políticas de emprego no período de 1990-1994,como meio de enfrentar a redução dos postos de trabalho decorrente da reestruturação das formas de produção bem como o pequeno alcance das políticas adotadas,têm tornado evidente que os trabalhadores estão, até este momento entregues aos mecanismos de incorporação da força de trabalho regidos pelas necessidades e conveniências do capital.

O processo de reestruturação produtiva contribui para a deteorização da qualidade dos postos de trabalho, pela intensificação do trabalho nos espaços fabris, promovida por redução dos ciclos de operação, operação simultânea de um conjunto de máquinas, entre outros. A intensificação do trabalho, aliada à extensão da jornada contribui para elevar o risco do trabalhador desenvolver doenças ocupacionais.

Neste momento o único recurso que cabia ao desempregado era o seguro-desemprego,onde já pensavam em uma nova política de emprego,a partir daí começam diversas mudanças no âmbito familiar,onde passou a ser necessária a contribuição de todos os membros da famila para a renda mensal,

Ainda como reflexo da crise,além do elevado numero de desempregados,aumentou também os trabalhos informais,tornando menor ainda o indice de trabalhadores em industrias,em tecelagens entre outras áreas com carteira assinada.

Segundo a revista Folha de São Paulo,13/12/1998, os resultados de pesquisa da Federação das Industrias do Estado de São Paulo(FIESP) kostram a continuidade da redução dos postos de trabalho na industria paulista. Entre junho de 1994 e janeiro de 1998 foram eliminados 402.347 empregos industriais. O mês de janeiro de 1998 foi apontado como pior resultado desde agosto de 1996.

A divisão do trabalho sempre existiu. Inicialmente, dava-se ao acaso, pela divisão sexual, de acordo com a idade e vigor corporal. Segundo Marx, a divisão social do trabalho segue todo um arranjo de tal forma que sempre hajam classes dominantes e classes dominadas, e que necessariamente essas classes estão em conflito entre si. Marx entende que as instituições das sociedades são criadas e estabelecidas pelas classes dominantes, que se legitimam dessa forma. O indivíduo é transparente na sociedade, importando somente a que classe esse indivíduo pertence e como essa classe se comporta na sociedade.

Para Weber, a sociedade era composta de partes cuja constituição depende fundamentalmente do indivíduo. As relações entre esses indivíduos seguiriam suas quatro formas de ação social (racional orientada a fins, racional orientada a valores, afetiva, tradicional). Essas relações acabariam por caracterizar a sociedade como um todo, à medida que fossem incorporadas à legislação, à constituição, à religiosidade e outras manifestações culturais, legais, valorativas e administrativas dessa sociedade.( site ebah).

Com toda essa transformação e uma situação caótica para muitos pais de família,antes considerados o “chefe da casa”,pois os mesmos eram totalmente responsáveis por todas as despesas familiares,começa então a inserção das mulheres no mercado de trabalho,surgindo um novo conceito: a divisão sexual do trabalho,abordando uma nova realidade e interferindo diretamente na hierarquia e estrutura familiar. Neste momento com a inserção da mulher no mercado de trabalho a sociedade tenta definir as atribuições de cada um no mercado de trabalho.

A partir de então,começaram a ocorrer mudanças consideráveis,onde houve um aumento nas separações,deixando as famílias de serem compostas pelo casal e filhos,e se tornando chefiadas por mulheres. Neste momento com o aumento de divórcios,o casamento perde sua força,deixando de ser indissolúvel e surge então uma nova concepção de família. Isso porque apesar ainda das mulheres ocuparem cargos específicos em determinados setores, ainda afetava diretamente a estrutura familiar,onde ate os filhos buscavam também uma colocação no mercado de trabalho. Mesmo depois de tantos progressos femininos ainda encontramos muitas diferenças onde mulheres ainda ocupam determinados cargos e não recebem o salário correspondente á função exercida.

Tendo como base o mundo de hoje é possível dizer que mudanças avassaladoras e profundas de valores, de comportamentos e de identidades vêm acontecendo. Desta forma as modificações ocorridas ao longo do tempo possibilitaram o desencadeamento, na contemporaneidade, de novos tipos de relacionamentos,como já citado anteriormente, existe uma diferença entre homens e mulheres devido a “sexualização” das ocupações,onde existem diferentes ocupações para ambos.

De acordo com Lobo,1991,a divisão sexual do trabalho vigente na industria, que tem sido objeto de muitos estudos que denunciaram a desigualdade entre homens e mulheres, especialmente quanto a oportunidades de treinamento e de acesso á chefias,tem possibilitado,nesta etapa da reorganização das atividades econômicas, a redução menos drástica da atividade feminina no mercado de trabalho,ainda que favoreça uma maior fragilidade das formas de vinculação das mulheres a este mercado.

Tudo que foi exposto ate aqui, nos mostra que família contemporânea passa por mudanças em muitas dimensões, especialmente nas relações entre si e de intimidade,a participação da mulher tem se tornado cada vez mais importante para garantir de certa forma a sobrevivência e bem estar da família,onde percebemos também que os filhos maiores de 18 anos também já contribuem para o orçamento familiar. Porém de acordo com o texto de Lilia Montali(1998a),embora os filhos maiores de ambos os sexos,apresentem aumento na instabilidade no emprego,no caso das filhas,além de maior descontinuidade na ocupação,observa-se também maior parcela de desempregadas,uma maior fragilização da vinculação deste componente adulto da família

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