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Usina Henry Bordem

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Por:   •  30/11/2013  •  898 Palavras (4 Páginas)  •  348 Visualizações

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A Usina Hidrelétrica de Henry Borden, localizada no sopé da Serra do Mar, é considerada peça-chave para a história do desenvolvimento industrial paulista, além de ter impulsionado a economia da cidade de Cubatão e da Grande São Paulo.

Hoje, 85 anos depois de sua inauguração, a usina opera com apenas 25% de sua capacidade total, por conta de limitações ambientais recentes. Mesmo assim, sua produção diária atual é suficiente para alimentar uma cidade de 2,5 milhões de habitantes. Embora o número seja tímido se comparado ao de Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo em geração de energia, que abastece 19,3% da demanda total do Brasil e 87,3% da paraguaia, a pequena hidrelétrica paulista pode se orgulhar de ser uma das mais produtivas do mundo, com grande produção de energia para cada litro que passa por suas turbinas.

Batizada em homenagem a um antigo presidente da Light, a Henry Borden tem uma história interessante e ousada. Situada no pé de uma serra, ela não foi instalada junto a rios caudalosos e de correnteza. A água usada para movimentar as turbinas vem por uma tubulação que traz a água da Represa Billings, de São Paulo, construída especialmente para fornecer água à usina, já que quase todos os rios que nascem na Serra do Mar descem para o lado contrario ao mar e não poderiam ser aproveitados. Detalhe: antes da queda que gera a energia, a água é bombeada para cima, a partir do planalto onde se situa a represa Billings. A operação vale a pena porque a água sobe alguns metros, para descer centenas deles.

Inédita no país, a obra teve custo altíssimo à Light, que conseguiu convencer acionistas a investirem no projeto. Assim, em outubro de 1926 Henry Borden entrou em operação com sua primeira unidade geradora. Atualmente, a usina é administrada pela Emae (Empresa Metropolitana de Água e Energia), vinculada ao governo do Estado de São Paulo. Paulo Sérgio Ponti, gerente do Departamento de Geração e Hidráulica da Emae, afirma que a água da hidrelétrica é proveniente do Rio Pinheiros e uma pequena parte do Tietê.

A obra é fruto da ousadia do engenheiro norte-americano Asa White Kenney Billings - para tirar a hidrelétrica do papel foi necessário redesenhar o mapa da Região Metropolitana de São Paulo e, até mesmo, mudar curso de rio.

Billings desafiou a natureza ao inverter o curso do rio Pinheiros para aumentar a vazão de água da Henry Borden, criar a represa com o nome dele e ainda evitar enchentes em épocas de chuva. Para isso, foram construídas as estações elevatórias de Traição, na Marginal Pinheiros, e Pedreiras, na região de Santo Amaro. Se estivesse vivo, certamente Billings seria desafeto de muitos ambientalistas.

Em Traição, a água é bombeada para uma represa seis metros acima do leito do Pinheiros. Quilômetros à frente, na de Pedreira, a água sobe mais 25 metros, empurrada pela força de oito bombas. Dali, escorre por gravidade até a Billings, de onde é conduzida à Serra do Mar. Desce por gravidade numa altura de 720 metros por oito dutos enormes, que de longe lembram uma escultura gigante gravada na Mata Atlântica. Morro abaixo, a força hidráulica movimenta oito geradores.

O que pouca gente sabe é que os gigantescos dutos cravados na serra, que todo mundo vê, são apenas metade da história. Na verdade existem duas usinas Henry Borden. A

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