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Uso Do DEA

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Por:   •  23/10/2013  •  1.572 Palavras (7 Páginas)  •  422 Visualizações

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Qual a importância do Desfibrilador Externo Automático (DEA) em praias e

balneários e especialmente em casos de afogamento?

(versão datada de 10/02/2013)

Aprovado pela Diretoria da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático – 2012-16

Autor principal: Dr David Szpilman – Diretor Médico

Esta recomendação é o consenso entre especialistas na área de salvamento aquático, diretores da Sobrasa e será atualizado a cada novo aparecimento

de informações relevantes ao assunto. Mantenha-se atualizado acessando <www.sobrasa.org>.

Recomendação

O DEA não tem utilidade em casos de afogamento, pois a Parada Cárdio-

Respiratória(PCR) é de causa respiratória e, portanto ocorre em assistolia em

quase 100% dos casos onde não há indicação de desfibrilação. No entanto o DEA

é útil em situações de praias e balneário locais de grande ocorrência de parada

cardíaca em fibrilação ventricular (FV), por pessoas de idade em pratica de

diversas atividades e assim expostas ao risco de PCR por FV, onde seu uso pode

determinar o sucesso da ressuscitação. Cada serviço de saúde e salvamento

aquático deverá avaliar os benefícios de possuir um DEA disponível para uso

imediato nestes locais.

Definição de Parada Cardiorrespiratória (PCR)

A PCR é definida como a incapacidade total do coração de bombear sangue e é sempre

acompanhada pela parada imediata e subseqüente da respiração. Ela pode ter 2 causas.

Causas de PCR

Pode ocorrer por 2 causas principais.

1. Parada Respiratória – 30% - Leva a assistolia ou AESP em quase 100% dos casos(ver mais

adiante)

a - Obstrução das vias aéreas superiores - É a causa mais freqüente.

b - Lesão cerebral ou Lesão torácica.

d - Drogas - Diversas drogas reduzem ou param o estímulo a respiração.

e - Afogamento.

2. Parada Cardíaca - é a mais freqüente forma de PCR – 70% - produz a PCR em FV ou TV na

maioria dos casos.

a - Parada cardíaca primária - arritmia ou infarto do miocárdio.

b - Choque

c - Traumatismo

d - Drogas - Podem determinar a parada do coração.

e - Parada respiratória

Objetivo da RCP e uso do DEA

O objetivo em realizar a Reanimação Cárdio-Pulmonar (RCP) é prover oxigênio ao cérebro e

coração até que o tratamento adequado restaure os batimentos cardíacos normais, ou que permita o

tempo necessário para a chegada de uma equipe de socorro de Suporte Avançado de Vida (SAV).

Quando o início da RCP for retardado, a chance de sobrevida é prejudicada e o córtex cerebral (o

tecido mais susceptível à lesão por baixa de oxigênio no sangue) sofre danos irreversíveis,

resultando em morte ou seqüelas neurológica severa e permanente.

Suporte Básico de Vida - Conjunto de técnicas pouco complexas que devem ser ensinadas a toda

população e ainda ao pessoal de área de saúde e outros profissionais da área de segurança e resgate

que tenham a possibilidade de se deparar com situações de PCR. Consiste da associação das

técnicas de RCP e de desfibrilação automática(DEA).

Tipo de PCR

A PCR pode ocorrer de 2 formas:

1. Assistolia ou AESP(atividade elétrica sem pulso) – DEA não tem utilidade

2. Fibrilação ventricular ou TV (taquicardia ventricular) sem pulso – DEA é acionado e entra

em ação.

Fibrilação Ventricular (FV) - A causa principal de PCR em adultos é a fibrilação ventricular. A

FV é uma arritmia cardíaca causada geralmente por isquemia miocárdica relacionada à doença das

artérias coronárias. Durante a FV o coração perde a capacidade de se contrair eficazmente, pois

cada fibra miocárdica se contrai independente das outras. Não há bombeamento de sangue e,

portanto é considerada uma parada cardíaca. Após alguns minutos de FV com o consumo das

reservas de energia do coração o ritmo cardíaco se converte em assistolia que então geralmente é

irreversível. Quanto mais rápido se atua maiores são as chances de reverter a FV. O único

tratamento eficaz para esta arritmia é a desfibrilação. O principal obstáculo a desfibrilação precoce

é trazer o desfibrilador ao paciente em poucos minutos. Muitos adultos em FV podem sobreviver

sem danos neurológicos se a desfibrilação for realizada em até um máximo de 6 a 10 minutos após a

PCR, desde que a RCP tenha sido iniciada. A RCP básica pode não converter a fibrilação

ventricular ao ritmo normal, mas é essencial como suporte dentro do processo. A rapidez com que a

desfibrilação é realizada é o principal determinante do sucesso da reanimação. Em eventos de PCR

presenciados por equipe dotada de desfibrilador (DEA) a sobrevivência chega a 90% dos

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