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VIOLENCIA CONTRA A MULHER

Por:   •  2/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.811 Palavras (12 Páginas)  •  245 Visualizações

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RESUMO 

Culturalmente, a nossa sociedade ainda presencia movimentos de desequilíbrio e dominação da moral tradicionalista onde o homem tem o poder e a verdade dentro de uma relação conjugal. A agressividade prevalece por mais que foram desenvolvidos tantos movimentos e revoltas em função de abolir essas condutas autoritárias que a maioria da população conscientemente despreza.   Desse modo, nesse paper procurei identificar e compreender melhor esse assunto entrevistando uma mulher que foi vitima de violência doméstica e familiar. Por conseguinte procurei identificar e   compreender  a relação do agressor para com a vitima, os tipos de violência, como aconteceram e que medidas foram tomadas, e por fim a visão geral sobre esse assunto. Foi constatado o quanto essa mulher sofreu, lembrando se de detalhes que não lhe permanece somente como sequelas físicas, mas também como marcas que abalam seu psicológico, trazendo sempre lembranças traumáticas.                                              

                                                                                                                                             

Palavras-chave:  Violência. Doméstica. Mulher.

1 INTRODUÇÃO 

Ao homem sempre coube o espaço público. A mulher foi confinada ao limite do lar, com o dever de cuidado do marido e dos filhos. Isso ensejou a formação de dois mundos, um de dominação, externo, produtor; outro de submissão, interno e reprodutor. A essa distinção estão associados os papéis ideais dos homens e das mulheres. Ele provendo a família e ela cuidando do lar, cada um desempenhando a sua função.  

Violência doméstica e familiar contra a mulher é um tema que existe há muito tempo e já deveria ter sido abolido da sociedade bem como do contexto familiar, porém, evidencia-se que este ato tem se repetido de forma expressiva. É preciso, lutar por uma sociedade mais igualitária, que defenda os direitos humanos, sem discriminação de raça, cor, posição social e gênero.  

Muito antes da revolução pelos direitos femininos aparecer, os atos de violência, que muitas vezes traziam excessiva brutalidade, era tratado como briga de marido e mulher onde ninguém deveria “meter a colher”, como dizia o ditado. Com o passar dos tempos, vieram as leis e punições trazidas por essas mulheres que queriam lutar pela sua liberdade de viver, mas, era necessário que elas passassem a denunciar os atos violentos. 

É compreensível que não seja fácil, por inúmeros motivos, a ação da denúncia. Esta carrega consigo o peso de uma vida compartilhada e muitas vezes de dependência, seja econômica e/ou afetiva, dos filhos por não entenderem o que realmente acontece e também à posição perante a sociedade que, de alguma forma, interfere nas decisões das pessoas por questões de valores culturais.  

Este paper  se justifica por se tratar de um assunto de grande relevância, posto que faça parte de lutas e enfrentamentos mundiais sobre a garantia de direitos. Porém, infelizmente ainda são constatadas ocorrências que envolvem este problema familiar e também social. Dessa forma, sempre que possível, é indispensável destinar vigilância absoluta para que se faça consciente a importância em não aceitar e, muito menos, tolerar a violência como se fosse a natural guerra entre sexos.  

Este tema exige fazer enfrentamentos e deve ser dialogado sempre que possível. O debate remete para a movimentação de informações para se romper com o silêncio e contribuir para a disponibilização de informações, para assim alertar as pessoas sobre esse tipo de crime.  

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 VIOLÊNCIA 

A violência é considerada um meio de violação da liberdade de uma pessoa ou de um grupo de pessoas. Segundo Teles (2003), quando levada em seu significado mais frequente a violência é um sinônimo de força física, psicológica ou intelectual, como obrigar alguém a fazer algo que não queira e/ou se sinta incomodada, através de constrangimento, onde a pessoa se vê incapaz de manifestar a sua vontade, por meio de submissão a ameaças e domínios que quebram a promessa dos direitos essenciais do ser humano.  

De acordo com a Anadep (2014) existem diferentes formas de agressão contra mulher como, por exemplo, a agressão física que se dá através de qualquer conduta que comprometa sua integridade física ou saúde corporal, tal como bater, estrangular, envenenar, enfim, ferir com qualquer tipo de arma que caracterizam os crimes de homicídio, indução ao suicídio, aborto ou lesão corporal.  

Outra forma de violência é a psicológica que ocorre quando existe uma ação ou omissão que venha causar dano a autoestima, a sua identificação ou ao seu desenvolvimento, podendo ser registrada por insultos, humilhação, chantagem e manipulação afetiva, exploração, negligência como omitir-se a cuidar e proteger de situações que poderiam ser evitadas, privação e domínio como impedir de trabalhar, estudar, cuidar da aparência e do seu dinheiro, enfim, tudo que envolvem questões emocionais (BRASIL, 2001).  

A violência sexual é:  

[...] entendida como qualquer conduta que constranja presenciar, manter ou participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, a gravidez, ao aborto ou a prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação, ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais ou reprodutivos. (SOUZA, 2008, p.82).  

A agressão patrimonial é aquela que indica subtração, “destruição parcial

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