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Vida pós-moderna

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Por:   •  6/11/2013  •  529 Palavras (3 Páginas)  •  294 Visualizações

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Stuart Hall no capítulo I de seu livro “A Identidade Cultural na Pós Modernidade” pretende problematizar as mudanças que vem ocorrendo com as noções de sujeito e identidade. O mundo estaria passando por uma mudança estrutural e as “velhas” identidades que por um período grande de tempo conseguiram estabilizar o mundo social estariam em declínio. Os indivíduos passariam, assim, por uma “crise de identidade” ao se confrontarem com tantas opções de identidade: sexual, de classe, raça, etnia e nacionalidade. Partindo desse principio, Hall faz uma análise das mudanças que vem ocorrendo no mundo através da comparação de três concepções de identidade: a do sujeito do Iluminismo, Sociológico e Pós-Moderno.

A concepção de identidade do sujeito do Iluminismo estaria baseada na racionalidade, num ser humano unificado e centrado. O sujeito sociológico por sua vez seria um caminho ao pós-moderno. Refletindo a complexidade do mundo moderno, é no sociológico que a identidade passa a ser formada a partir da interação da sociedade com o “eu”. O indivíduo antes centrado e unificado passaria a ser fragmentado, composto por várias identidades que são transitórias e mutáveis. É a partir desse processo que para Hall, nasce o sujeito pós-moderno, desprovido de uma identidade fixa, a qual seria continuamente formada e transformada em diferentes períodos históricos. Hall coloca que as sociedades contemporâneas têm como característica a "diferença" que é interpelada por inúmeras divisões e contrastes sociais que traçam assim diferentes posições do sujeito e de sua identidade.

Wieviorka, por sua vez, trata da formação das identidades coletivas no mundo pós moderno. Coloca que o individualismo moderno aparece nesse cenário como um agente destruidor e ao mesmo tempo criador das mesmas. O fim dos Estados Nacionais pode ser assim visto como um agente produtor de identidades e a globalização como uma forma de pluralizar as formas de identidades coletivas. A globalização, para Wieviorka não enfraquece os Estados Nacionais, mas torna problemas internos e externos, além das fronteiras, muito mais fluídos do que eram antes e dessa forma conflitos de identidades coletivas podem tomar proporções deveras maior. Importante também é ressaltar que não somente a globalização e o fim dos Estados Nacionais são fatores de dispersão de conflitos identitários, mas também a questão da territorialidade, como no caso Europeu onde há grande diversidade cultural.

Tratando dos conflitos sociais provenientes desse mundo globalizado povoado por inúmeras identidades não só individuais mas também coletivas, Touraine trata dos movimentos sociais colocando que dentro de cada sociedade especifica exercem um papel de resistência ao sistema em vigência. Se os velhos movimentos sociais, na primeira fase da modernidade, eram mais focados em interesses econômicos ( movimentos sindicalistas, operários, camponês), hoje os novos movimentos sociais são muito mais focados em articular questões culturais que afetem as pessoas em geral como por exemplo os movimentos ecológicos, feministas e pacifistas. Touraine chama atenção para o fato de que os movimentos sociais modernos não estão voltados para construção de uma nova sociedade e sim na luta de integração de uma pluralidade de identidades. O movimento societal não é um movimento sólido ele é formado de debates,

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