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Capoeira Matéria

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Por:   •  17/11/2013  •  496 Palavras (2 Páginas)  •  322 Visualizações

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HISTÓRIA – A lavagem das escadarias da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim e o toque das águas de Oxalá já fazem parte do calendário cultural de Olinda. O evento é realizado pelo Afoxé Povo de Odé, com o apoio da Secretaria de Patrimônio e Cultura da Cidade, e acontece sempre no primeiro domingo após a Queima da Lapinha que simboliza o fim do Ciclo natalino.

A lavagem das escadarias é um exemplo do sincretismo religioso do nosso país, conta-se que os negros escravizados no Brasil eram obrigados a lavar a Igreja para festividades católicas, assim como eram obrigados a converterem-se para o catolicismo. No entanto, para manter suas crenças tradicionais, associaram a cada santo um orixá e ...

Apesar de aparentar uma certa fusão respeitosa, podemos identificar que é um evento cultural muitas vezes tolerado, mas não aceito com respeito. Em Campinas...

Na quinta-feira anterior à festa de encerramento, os senhores portugueses faziam seus escravos prepararem o templo juntamente com os fiéis, limpando e enfeitando a igreja por dentro e por fora. Vindos da África, os escravos eram obrigados a aderir ao catolicismo, a despeito de sua crença de origem, segundo Josildete Consorte, antropóloga e pesquisadora de sincretismo afro-católico. Para manter suas tradições religiosas, eles faziam associações entre divindades cristãs e entidades do candomblé. Assim, a preparação da igreja foi transformada em ato de louvor à principal entidade do candomblé: Oxalá, o orixá associado ao Nosso Senhor do Bonfim.

Até o fim dos anos 1950, a tradição tinha uma característica popular, e a igreja era efetivamente lavada pelos participantes. A partir da década de 60, quando a Bahia se transformou em pólo turístico e o ritual começou a reunir multidões, por razões de segurança, a lavagem passou a ser simbólica e a acontecer apenas do lado de fora da igreja, que mantém suas portas fechadas no dia, deixando acessível apenas a escada de acesso.

Além dos fiéis, participam bandas, grupos de manifestação folclórica, turistas e curiosos. Muitos se vestem de branco para a ocasião, que é a cor de Oxalá. Mulheres trajadas de baianas, com vestidos brancos, turbantes e braceletes, lideram o cortejo, que sai da Igreja da Conceição da Praia, no bairro Dois de Julho em Salvador (BA), por volta das 10 horas da manhã, após o término de uma missa. Elas seguem carregando vasos com a água perfumada que é derramada nos degraus da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim.

A lavagem da Igreja teve início em 1773, quando os integrantes da "irmandade dos devotos leigos" obrigaram os escravos a lavarem a Igreja como parte dos preparativos para a festa do Senhor do Bonfim. Com o tempo, adeptos do candomblé passaram a identificar o Senhor do Bonfim com Oxalá. A Arquidiocese de Salvador, então, proibiu a lavagem na parte interna do templo e transferiu o ritual para as escadarias e o adro. Durante a tradicional lavagem as portas da Igreja permanecem fechadas e as baianas despejam água nos degraus e no adro, ao som de toques e cânticos africanos.

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