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Documentação para seminário de Christian Dior e a marca

Por:   •  1/6/2017  •  Seminário  •  1.751 Palavras (8 Páginas)  •  379 Visualizações

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Christian Dior

A Moda é uma manifestação de FÉ. Neste mundo que se empenha em destruir um por todos os seus segredos, que se alimenta de falsas confidências e de revelações forjadas, ele é a própria encarnação do mistério, e a melhor prova de seu sortilégio é que nunca se falou tanto dela como agora.

                                       Christian Dior et moi por Christian Dior, ed. Librairie Amiot Dumont, 1956

 

 Nasceu em Granville na França, no dia 21 de janeiro de 1905. Sua família que encarna, em sua excelência, a boa burguesia da época: um tio ministro, Lucien Dior; um pai, Maurice Dior, comerciante de fertilizantes; uma Mãe elegante, Madeleine, que procura converter essa fortuna em atrativos diversos. Dior, com seu destino já traçado, seguindo de uma família de cinco filhos, criados dentro dos princípios impecáveis e cercado de governantas, ele demonstra, no entanto, disposições singulares. Se sentia atraído pelas plantas e flores cultivadas no jardim de madame Dior, e que se tornará sua grande obra-prima. E, sobretudo, um dom precoce pelo desenho que se manifesta por ocasião do carnaval. O pequeno Christian, revela-se um inventor de máscaras e fantasias.

Ainda jovem começou a frequentar ateliês de pintura e de desenho, chegando mesmo a pintar alguns quadros.

 Apesar de seu interesse em artes, especialmente o desenho, Dior acabou estudando ciências políticas, por influência de seu pai, com a intenção de seguir a carreira diplomática. 

 Entretanto, após terminar o curso, viajou pela Europa, até que, em 1928, abriu uma galeria de artes, em sociedade com o amigo Jacques Bonjean. Onde, vendiam desenhos de Picasso e alguns trabalhos de Christian Bérard. Mas, foram forçados a interromper os negócios.

 Em 1931, sua família vai a falência, devido à crise econômica que assolava o mundo. E em 1934, Dior enfrenta uma grave doença, o que se torna preocupante por não poder contar com o dinheiro de sua família. Dior, enfrenta momentos difíceis. Desempregado, sem ter onde morar, buscando abrigo na casa de amigos, comendo um dia sim um dia não, e, finalmente, contraindo tuberculose. Mas, que surge o reencontro de seu talento perdido.

 Em 1935, já recuperado, começa desenhar seus croquis para o Figaro Illustre, jornal parisiense que os publicava semanalmente na seção de alta costura. Começa a vender uma coleção de modelos de desenhos de chapéus. Dior se aplica, toma aulas, começa elaborar croquis de roupas e acessórios para várias Maisons de Paris. Seus croquis tem a particularidade de evocar a vida, com seus movimentos permitindo imaginar a mulher que usa seus vestidos.

 Passados dois anos, em 1938, Dior é contratado como modelista pelo ateliê Piguet. Vem a Segunda Guerra Mundial, e Dior vestia desde as esposas dos generais do império Nazista às mulheres francesas. Nova provação que o força a refugiar-se em Callian, no Var, junto a família.

 Em 1941, trabalhando na Maison do estilista francês Lucien Legond, conheceu o francês Pierre Balmain, que mais tarde se tornaria um grande influente estilista francês.

 Já com seus 40 anos, consegue realizar seu sonho de ter sua própria Maison, com uma ajuda financeira do então magnata e empresário dos tecidos, Marcel Boussac, no dia 16 de dezembro de 1946 com a fundação da The House of Dior. Em paris, Avenida Montaigne, número 30, é o mesmo até os dias de hoje.

 Em 1947, juntamente com sua equipe, que incluía Pierre Cardin, lança sua primeira coleção feminina, um nome que se aplica as flores, Corolle (Corola). Que o levou a muitos elogios, devido a sua revolução e um maravilhoso New Look. Colocando fim não apenas ao perfil pouco gracioso da moda do período de guerra, saias curtas, ombros maciços, solas de plataforma e chapéus “couve-flor”. Dior rompe com a herança da alta-costura de antes da guerra, cuja evolução, depois de ter absorvido o modernismo dos anos 20, se orientava para uma linha de moda simplificada e funcional. Gabrielle Chanel influenciaria esse rumo ao seus tailleurs convertidos à moda masculina, que conferiram um tom minimalista à elegância. Dior, se recusa e busca inspirações mais longe, no passado. Decotes peito de pomba, capelinhas tombadas sobre os olhos, saias farfalhantes. É a Belle Époque reflorescendo, acompanhada das imagens de um passado que retorna as matizes vaporosos de um Watteau ou de um Winterhalter. Contendo inúmeras variações e novidades para a época, a coleção se tornou um sucesso imediato, pelos ombros arredondados, cinturas acentuadas, saias rodadas, vestidos suntuosos, fartos, com cintura bem fininha e ombros a mostra. O símbolo de “New Look” foi o Tailleur Bar, um casaquinho de seda bege cinturado, ombros naturais e ampla saia preta plissada, que vinha até quase a altura dos tornozelos.

 Além de causar, o conceito do New Look vinha carregado de extravagância e exagero: vestidos tradicionalmente feitos com 5 metros de tecido, agora usavam até 40 metros. Dior conquistou o mundo da alta costura pela ousadia e impacto com suas roupas. Afinal, para ele, “as peças, eram feitas não somente para serem bonitas, mas também para chocar”.

 Ainda em 1947, lançou uma linha de perfumes, conhecida como Parfums Christian Dior, que iniciou suas atividades com o lançamento da fragrância “Miss Dior”, um verdadeiro clássico até os dias de hoje. A Maison não se deterá aí, criando Poison em 1958, Dune em 1991, e o mais recente, Dolce Vita, em 1995. “Um perfume é uma porta aberta para um universo redescoberto. Esse é o motivo por que me tornei perfumista, a fim de que o simples destampar de um frasco seja suficiente para fazer ver todos os meus vestidos e a fim de que cada mulher vestida por mim deixe atrás de si um rastro de desejos. O perfume é o complemento indispensável da personalidade feminina, é o toque final de um vestido, é a rosa com que Lancret assinava suas telas” (Christian Dior, 1950).

 Dois anos após a inauguração, a Maison Dior já era responsável por mais de 5% das exportações francesas. Dior, já tinha uma boutique de luxo em Nova York, além de estar bem estabelecido para assinar contratos de licenças com empresas americanas.

 Em 1954, Dior inovou mais uma vez ao estilo com vestidos tubulares que escondiam a forma. O vestido-saco revolucionou de forma surpreendente cabeças e corpos. Também criou modelos luxuosos, com muita seda e tule bordado, além de tecidos transparentes, com saias sobrepostas e comprimentos variados.

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