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O Papel Da Música Na Formação Escolar Da Criança.

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Por:   •  17/3/2014  •  742 Palavras (3 Páginas)  •  388 Visualizações

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O papel da música na formação escolar da criança

A função cultural, social e de expressão de sentimentos da música é inquestionável. A música está sempre presente em todas as sociedades e faz parte de ritos e cerimônias, como nascimento, casamento e até a morte. Desde 2008, a iniciação ao aprendizado de música tornou-se obrigatória na disciplina de artes em todas as escolas do País. A música permite uma forma de linguagem acessível a todos, contribuindo para o desenvolvimento de um nível de escuta mais crítico e prazeroso.

A música contribui para o desenvolvimento integral da criança nas suas dimensões afetiva, cognitiva, motora e social. Ela provoca sentimentos de bem-estar, organiza os movimentos, promove uma melhor interação, desenvolve a atenção e a concentração. O repertório musical de escuta, de uma pessoa, é desenvolvido ao longo da sua vida, de acordo com o meio social em que está inserida e pelas experiências significativas que teve com a música ou a partir da música.

No meio acadêmico, a música pode e deve ser utilizada como um recurso didático. Trata-se de uma forma de conhecimento e linguagem que pode ajudar as pessoas a desenvolver um outro nível de escuta, pelo qual a música deixaria de ser apenas um "pano de fundo" para outras atividades, passando a ter significado próprio.

Por outro lado, a música é por natureza interdisciplinar. Podemos classificá-la como uma linguagem ao mesmo tempo matemática e afetiva, que possibilita transpor limites geográficos e temporais, sempre inserida em um contexto social. A música na escola deve ser integrada como um conteúdo específico, mas sem perder de vista as possibilidades inter e transdisciplinares que ela oferece.

Por ter essas características, muitos professores costumam utilizar letras de músicas nas aulas de português e história, com o objetivo de facilitar o aprendizado dessas disciplinas. Há poucos dias, um aluno me contou que o professor de história, falando do período da ditadura militar no Brasil, levou canções de Chico Buarque e Caetano Veloso (ambos representantes da nossa cena e história nacional) para eles escutarem. Ele e alguns colegas, que conheciam as músicas e estudam ou estudaram música, ficaram emocionados porque conseguiram entender o que escutavam. E esse entendimento, essa compreensão requer a "ativação" de um nível de escuta que se torna possível a partir de uma educação musical sistemática.

Podemos ver exemplos semelhantes com pessoas que conseguem identificar o som de apenas um instrumento em uma banda, um concerto ou um grande espetáculo. A partir disso ocorre uma ampliação desse nível de escuta que permite fazer escolhas conscientes do que se quer ou gosta de ouvir. A escuta consciente não é só no nível da cognição, mas envolve necessariamente os aspectos afetivos e sociais. Geralmente, gostamos mais de músicas que escutávamos na nossa adolescência, justamente porque é uma fase predominantemente afetiva, de descobertas, de paixões ou de conflitos. Também lembramos mais das músicas da nossa infância, principalmente por nos remeter a um tempo em que tínhamos nossos pais e avós por perto.

Além das questões sociais e afetivas, a música traz benefícios no desenvolvimento do raciocínio de crianças com

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