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ATPS Ciencias Sociais

Por:   •  20/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.823 Palavras (12 Páginas)  •  156 Visualizações

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Com base em nossas pesquisas, entendemos que a sociologia do conhecimento é o estudo da construção social da realidade, sendo assim deve estudar todo tipo de conhecimento para alem do plano ideológico, o seu campo de estudo dever ser fundamentalmente o conhecimento do homem acerca da realidade do seu dia a dia.

A relação entre o individuo e o mundo social, depende da percepção que ele tem do seu mundo, seu conhecimento, sua história, o qual ele construiu influenciado pelo próprio mundo. O individuo sintetiza os fatos aplicam seus valores, e obtém seu conhecimento formando assim seus ideais e valores. Convivendo em grupo, suas ideias também ajudarão a formar as ideologias desse grupo, assim também nesse contexto sociológico, o conhecimento pode ser definido como a interpretação, que cada um faz da sua realidade, são os aspectos que pensamos que compõem nossa realidade, e aqueles que de algum modo não conseguem passar suas ideias para outro de uma forma que elas sejam aceitas integralmente, geralmente são taxados como alienados, revolucionários, loucos etc.

O mundo apresenta diversas realidades, e existem choques entre as percepções dessas realidades. Na realidade da vida cotidiana, nascendo o homem num determinado local, época, ou determinada família com determinadas influências políticas, religiosas ou culturais ele passa a incorporar esses aspectos. O homem constrói a realidade social, ao mesmo tempo em que é por ela influenciado, coexistem diversas realidades, mas a que atua com maior interagilidade é a realidade da vida cotidiana, que apresenta comportamentos diferentes entre o homem simples e o filósofo.

A realidade social é uma só e não se encontra compartimentada, ela é sempre a mesma, só que vista com perspectivas próprias. Na vida cotidiana admitimos como certas muitas coisas, mas ao analisarmos de uma forma mais ampla, irá nos parecer cheias de contradições, na busca de uma certeza, baseamo-nos pelas nossas próprias experiências pessoais, não há duvidas que nosso conhecimento deriva-se dela.

Segundo Karl Marx, a condição social do homem é eminente, portanto, o primeiro atributo da essência humana. Por essa razão não é possível compreender o sujeito fora da história, afirmação essa que revela uma concepção fundada no princípio da unidade dialética entre subjetividade e objetividade, entre o sujeito e o objeto, entre consciência e realidade, a essência humana só pode ser captada dentro do campo concreto das relações humanas.

Ao nascer o homem se depara com uma realidade que esta posta, mas não é imutável. A autoconstrução do homem pelo homem reconhece no próprio sujeito à capacidade de modificar a realidade posta. No período atual do capitalismo, um dos mecanismos ideológicos utilizados para ocultar a natureza destrutiva do sistema social é responsabilizar exclusivamente o indivíduo pelo seu fracasso ou pelo seu sucesso, ou seja, ele é medido pela capacidade de agir com sua própria essência, quanto mais individualista e egoísta ele for, mais sucesso obterá. O sucesso deve ser alcançado a partir do esforço individual.

O pobre é visto pelo capitalismo como um perdedor, um desvalorizado socialmente, desprovido de competências individuais, para alcançar um determinado patamar financeiro. Existe uma visão que é difundida largamente na sociedade, seja pela televisão, programas sociais, escolas, etc., que a pobreza gera a violência, pois o pobre é um ser essencialmente rude, bruto e violento, um ser incompetente, pois não consegue obter o mesmo padrão de vida que um rico, e ainda a sociedade justifica a pobreza por uma suposta deficiência moral.

A ideologia dominante contribui para difusão de uma imagem negativa do sujeito sobre si mesmo e os outros. Ela constitui um determinado padrão de relacionamento social que se estabelece com base em estereótipo, elaborados dentro de um determinado processo comunicativo cuja base é objetiva “a dominação política e econômica de uma classe sobre a outra”.

A ideologia de culpabilização do pobre não serve para explicar as limitações do modelo capitalista, mas para justificar a desigualdade social a partir de um suposto déficit individual, que não é necessariamente comum a todos os homens, mas sem dúvida, nessa perspectiva uma maioria desprivilegiada da população, o que contribui para reforçar a consciência de que o sistema social e as relações capitalistas são as únicas alternativas para o bem-estar da sociedade, portando são culpabilizados aqueles que não conseguem adaptar-se a ordem natural das coisas.

Contudo, a desigualdade social, não é expressa somente em termos da educação, moradia ou renda, ela também se manifesta pela ética. A desigualdade social ultrapassa os limites da materialidade e se expressa em todas as esferas da vida humana.

O contexto social na atualidade exige uma formação crítica de sujeitos relacionado a política e a problemas socioculturais diferente do pensamento tradicional. A sociedade evolui, porém a educação se encontra a alguns passos atrás. Portanto que a ação docente educativa rompa-se com os modelos tradicionais de conceber o ensino e aprendizagem e promova um ensino lúdico e inovador diante das possibilidades e limites do ensino escolar.

As discussões envolta aos assuntos referentes ao filme “A classe Operária vai ao paraíso”, foram cruciais para o desenvolvimento pedagógico do grupo, no que se diz respeito, sobre as questões da sociedade trabalhadora e consumidora em tempos passados e em tempos atuais.

O filme retrata o impulso libertário, superar todas as formas de poder que escravizavam a humanidade: capitalismo, stalinismo, farisaísmo, patriarcado, machismo, autoritarismo, academicismo, etc. Tentava-se mudar tudo ao mesmo tempo, e para isso, era aceitável buscar qualquer tipo de caminho. Tudo era permitido e nada era proibido. Era indiferente inclusive ficar desempregado. A vida pode ser vivida de qualquer maneira, não tem que ser obrigatoriamente da maneira determinada pela sociedade tradicional.

Naquele momento viveu-se um importante ascenso das lutas sociais no país, greves e mobilizações foram cruciais para elevar o nível de vida da classe trabalhadora italiana ao nível de seus vizinhos europeus. Mas a construção desse movimento não foi fácil, tranquila, linear ou uniforme. O filme toma partido a favor dos operários, mas não deixa de apontar as limitações e contradições do movimento.

Temos aqui um exame clínico da condição do operário sob o capitalismo. O operário-padrão sem consciência de classe acredita que o trabalho duro pode lhe dar os meios para melhorar de vida. Mas o dinheiro não satisfaz a todas as necessidades, o indivíduo se vê cercado de objetos sem utilidade e sem valor que

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