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Analise Critica Sobre O Serviço Social Nas Ultimas Decadas

Trabalho Escolar: Analise Critica Sobre O Serviço Social Nas Ultimas Decadas. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/11/2014  •  2.749 Palavras (11 Páginas)  •  2.516 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

No presente trabalho, aborda-se a evolução do Serviço Social nas últimas décadas, uma análise crítica sobre o serviço social sua evolução, suas mudanças e contribuição para nossa sociedade. Destacam-se o protagonismo e o papel da sociedade civil no processo de democratização da sociedade brasileira e da luta pela ampliação dos direitos sociais consagrados na Constituição Federal de 1988. No Brasil, nas últimas décadas, têm ocorrido várias mudanças, principalmente quando falamos em participação popular democrática, a sociedade civil está assistindo e contribuindo ativamente para que grandes movimentos mudem a nossa história e cada vez mais esses vem conquistando espaços importantes em instâncias de deliberações relacionadas a condução das políticas públicas, e o serviço social está interligado a todos os acontecimentos, por ser considerado instrumento de transformação social.

A assistência social no Brasil constitui, hoje, um campo em transformação. Tranzita de um período em que o foco de compreensão da assistência social era dado pela benemerência, à filantropia e o assistencialismo com conotação de clientelismo político para a condição de um direito social inscrito no âmbito da seguridade social. Posto desta maneira até podemos imaginar estar ocorrendo uma verdadeira revolução nesse campo. No entanto, entre o momento da inscrição da assistência social na Constituição Federal (1988), como um direito social, e o uso efetivo do direito pelo cidadão, uma profunda mudança política e comportamental deve ocorrer;trata-se de colocar em questão uma "cultura" nacional das relações entre a burocracia assistencial estatal, a rede de ONGs que atuam na área e, especialmente, os usuários indivíduos, grupos, famílias ou comunidades do sistema.

A transformação no campo da assistência social não se limita a essa importante mudança política e jurídica. Quis a sociedade, motivada pelo ideário democrático e descentralizador, incluir na Constituição Federal, como diretrizes de organização dessa área, a descentralização político-administrativa e a participação da população. Dessas diretrizes resultou uma ampla reorganização institucional da assistência social no país com base na Lei federal n° 8.742, de dezembro de 1993 – Lei Orgânica da Assistência Social (Loas).

No processo de ruptura com o conservadorismo, o Serviço Social passou a tratar o campo das políticas sociais, não mais no campo relacionado à demanda da população carente e oferta do sistema capitalista, mas acima de tudo como meio de acesso aos direitos sociais e à defesa da democracia. Dessa forma, não se trata apenas de operacionalizar as políticas sociais, embora importante, mas faz-se necessário conhecer as contradições da sociedade capitalista, da questão social e suas expressões que desafiam cotidianamente os assistentes sociais, pensar as políticas sociais como resposta a situações indignas de vida da população pobre e com isso compreender a mediação que as políticas sociais representam no processo de trabalho do profissional, ao deparar-se com as demandas da população.

Para uma reflexão do Serviço Social na atualidade, com suas demandas e perspectivas nesse momento histórico, é necessário situá-lo em sua trajetória histórica e revelar o legado desse momento com seus rebatimentos no contexto do século da globalização. Tempos, portanto em que crescem as demandas por políticas sociais, de um modo geral e, particularmente, por políticas de proteção social, e educação campo privilegiado e desafiador para o exercício profissional.

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2 DESENVOLVIMENT0

O serviço social surge no final do século XIX, época em que a sociedade burguesa estava em ascensão, considerada a classe dominante necessitava de um profissional que cuidasse da área social da classe menos favorecida as dos proletariados, de forma a prestar assistência, tinha a igreja católica como aliada, mas seu principal objetivo ao prestar esta assistência, era dominar e exercer um controle sobre eles, sanando suas necessidades básicas. Durante este período a profissão de assistente social não tinha uma metodologia ou teoria, era voltada apenas para amenizar as questões sociais, as desigualdades existentes.

O surgimento do Serviço Social está intrinsecamente relacionado com as transformações sociais, econômicas e políticas do Brasil nas décadas de 1930 e 1940, marcadas por uma sociedade exclusivamente capitalista industrial e urbana no qual utilizava um modelo de modernização conservadora pois era favorecida por um Estado autoritário e dominador que visava o crescimento econômico do país.

Assim, a burguesia buscava apoio principalmente no Estado para encontrar novas formas de enfrentamento da chamada “questão social”. No entanto, devido aos acontecimentos históricos em que o pais nos anos de 1930 a 1945 vivenciaram como a Segunda Guerra Mundial e o Estado Novo, o serviço social que foi copiado de outros países e implantado aqui não se enquadrava nas necessidades da realidade da época pois atuava apenas de forma beneficiente, curadora, assistencial e missionária. A necessidade de implantar a profissão seria uma estratégia para atender as demandas das questões sociais, estando relacionada também a articulação dos poderes dominantes: a igreja católica, empresários e Estado tendo como objetivo controlar as insatisfações populares criadas pela relação do capital e trabalho.

As questões sociais são consideradas como problemas relacionados as desigualdades sociais, econômicas, culturais, criados por uma sociedade capitalista onde de O surgimento do Serviço Social no Brasil nas décadas de 1930 e 1940, são marcadas por uma sociedade exclusivamente capitalista era favorecida por um Estado autoritário e dominador que visava o crescimento econômico do país. De um lado está o capital representado pelos empresários e o Estado e do outro lado o trabalho representado pelos operários sem seus direitos devidos.

Nesta perspectiva de enfrentamento e da regulação da chamada questão social que a partir da década de 30 (séc. XX), surge as primeiras escolas de serviço social no Rio e em São Paulo, porém a formação dos profissionais era de caráter técnico operativo voltado mais para o assistencialismo sem aprofundar no conhecimento na causa. Na busca pela expansão econômica, onde o país precisava prosperar, o social passa a ser pouco valorizado enquanto que

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