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As Consequencias Da Modernidade. Giddens, Anthony.

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Por:   •  11/11/2013  •  9.040 Palavras (37 Páginas)  •  1.658 Visualizações

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FICHAMENTO DE CITAÇÕES.

GIDDENS, Antony. As consequências da modernidade. São Paulo: UNESP, 1993.

08

Tipo de análise

Modernidade (...) desenvolver uma análise institucional da modernidade com ênfases cultural e epistemológica. (...) "modernidade" refere-se a estilo, costume de vida ou organização social que emergiram na Europa a partir do século XVII e que ulteriormente se tornaram mais ou menos mundiais em sua influência. Isto associa a modernidade a um período de tempo e a uma localização geográfica inicial (...)

09

Modernidade ou pós-modernidade?

Interpretação "descontinuísta" (...) temos que olhar novamente para a natureza da própria modernidade. (...) Em vez de estarmos entrando num período de pós-modernidade, estamos alcançando um período em que as consequências da modernidade estão se tornando mais radicalizadas e universalizadas do que antes. Além da modernidade, devo argumentar, podemos perceber os contornos de uma ordem nova e diferente, que é "pós-moderna"; mas isto é bem diferente do que é atualmente chamado por muitos de "pós-modernidade".

(...) uma interpretação "descontinuísta" do desenvolvimento social moderno. Com isto quero dizer que as instituições sociais modernas são, sob alguns aspectos, únicas — diferentes em forma de todos os tipos de ordem tradicional. Capturar a natureza das descontinuidades em questão, devo dizer, é uma preliminar necessária para a análise do que a modernidade realmente é, bem como para o diagnóstico de suas consequências, para nós, no presente.

10

As Descontinuidades da Modernidade (...) Uma interpretação preocupada principalmente com análise institucional.

Os modos de vida produzidos pela modernidade nos desvencilharam de todos os tipos tradicionais de ordem social, de uma maneira que não têm precedentes. Tanto em sua extensionalidade quanto em sua intensionalidade, as transformações envolvidas na modernidade são mais profundas que a maioria dos tipos de mudança característicos dos períodos precedentes. Sobre o plano extensional, elas serviram para estabelecer formas de interconexão social que cobrem o globo; em termos intensionais, elas vieram a alterar algumas das mais íntimas e pessoais características de nossa existência cotidiana. Existem, obviamente, continuidades entre o tradicional e o moderno, e nem um nem outro formam um todo à parte; (...).

12 Como deveríamos identificar as descontinuidades (...). Uma é o ritmo de mudança nítido (...) a rapidez da mudança em condições de modernidade é extrema. (...) Uma segunda descontinuidade é o escopo da mudança. Conforme diferentes áreas do globo são postas em interconexão, ondas de transformação social penetram através de virtualmente toda a superfície da Terra. Uma terceira característica diz respeito à natureza intrínseca das instituições modernas. Algumas formas sociais modernas simplesmente não se encontram em períodos históricos precedentes.

13

Segurança versus perigo e confiança versus risco. A modernidade, como qualquer um que vive no final do século XX pode ver, é um fenômeno de dois gumes. O desenvolvimento das instituições sociais modernas e sua difusão em escala mundial criaram oportunidades bem maiores para os seres humanos gozarem de uma existência segura e gratificante que qualquer tipo de sistema pré-moderno. Mas a modernidade tem também um lado sombrio, que se tornou muito aparente no século atual.

No todo, "o lado da oportunidade" da modernidade foi mais fortemente enfatizada pelos fundadores clássicos da sociologia. (...)

(...) Preocupações ecológicas nunca tiveram muito espaço nas tradições de pensamento incorporadas na sociologia (...).

Um segundo exemplo é o uso consolidado do poder político, particularmente como demonstrado em episódios de totalitarismo.

14 (...) Nenhum dos fundadores clássicos da sociologia deu atenção sistemática ao fenômeno da "industrialização da guerra".

16

Sociologia e Modernidade (...) três concepções amplamente defendidas (...). A primeira diz respeito ao diagnóstico institucional da modernidade; a segunda tem a ver com o foco principal da análise sociológica, a "sociedade"; a terceira se relaciona às conexões entre conhecimento sociológico e as características da modernidade às quais se refere este conhecimento.

17 (...) A modernidade, sugiro, é multidimensional no âmbito das instituições, e cada um dos elementos especificados por estas várias tradições representam algum papel.

(...) conceito de "sociedade" ocupa uma posição focal no discurso sociológico. (...) um sistema específico de relações sociais.

18 (...) distanciamento tempo-espaço — as condições nas quais o tempo e o espaço são organizados de forma a vincular presença e ausência. (...)

19 Em condições de modernidade, o distanciamento tempo-espaço é muito maior, mesmo nas mais desenvolvidas civilizações agrárias. Mas, há mais do que uma simples expansão na capacidade dos sistemas sociais de abarcar tempo e espaço. Devemos olhar com alguma profundidade como as instituições modernas tornaram-se "situadas" no tempo e no espaço para identificar alguns dos traços distintivos da modernidade como um todo.

(...) A relação entre a sociologia e seu objeto — as ações dos seres humanos em condições de modernidade — deve, pelo contrário, ser entendida em termos de "hermenêutica dupla”. (...)

20 Mas este conhecimento não leva de maneira direta a um mundo social transparente. O conhecimento sociológico espirala dentro e fora do universo da vida social, reconstituindo tanto este universo como a si mesmo como uma parte integral deste processo.

Se formos compreender adequadamente a natureza da modernidade, (...). Temos que dar conta do extremo dinamismo e do escopo globalizante das instituições modernas e explicar a natureza de suas descontinuidades em relação às culturas tradicionais. Devo chegar a uma caracterização destas instituições colocando em primeiro lugar a questão: quais são as fontes da natureza

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