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Ciencias Socias

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Por:   •  18/4/2013  •  853 Palavras (4 Páginas)  •  497 Visualizações

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Etapa I

Ler o livro ‘‘ construção social da realidade”

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Etapa II

A classe operária vai ao paraíso

Quais interações sociais são existentes no cotidiano da sociedade atual

No filme "A classe operária vai ao paraíso", de Elio Petri (Itália, 1971). Dentro do modelo industrial da época a fábrica adota um sistema de quotas (metas) que intensifica a produção. Lulu é um operário-padrão da fábrica. Após perder um dedo na máquina em que trabalhava, Lulu adota uma atitude critica ao modelo de exploração, confrontando a gerencia. Por conta de mobilizações dos operários, o sistema de cotas é revisto pela direção da fábrica. Podendo ser caracterizada como uma estrutura lógico-explicativa da análise critica a partir de dois importantes eixos: primeiro, produção de mais-valia relativa a inovação técnico-organizacional do capital, desvalorizando a força de trabalho caracterizando-a como mercadoria, degradação do trabalho vivo (saúde do trabalhador) e resistência contingente e necessária do proletariado. Segundo, o capital consome o trabalho vivo. Os dois eixos explicativos da estrutura narrativa do filme constituem os traços essenciais do que seria a precarização do trabalho no capitalismo global.

De nada serve uma casa mobiliada, de nada serve a televisão, que apenas aliena o cérebro, sem alimentá-lo com nada útil. Aliás, se tivesse algum interesse em cultura, Lulu não teria tempo nem forças para dedicar-se à atividade de apreciar qualquer forma de arte ou literatura. Nem sequer a satisfação sexual ele consegue devido à devastação física do trabalho. Ou seja, em todos os sentidos, o trabalhador é um ser mutilado, um homem pela metade, e triturado diariamente pela rotina massacrante. O trabalhador acaba se vendo com sentimentos de raiva, frustração, desânimo, sem saber como encontrar a solução para a existência auto- destrutiva em que vive.

A solução somente será descoberta ao custo de muita luta e sofrimento. Trata-se de uma solução que vai além da problemática de um único indivíduo, mas envolve a totalidade dos seres humanos submetidos ao capitalismo. Didaticamente, somos apresentados aos quatro momentos da alienação descritos na análise clássica de Marx:

1. O homem se aliena dos resultados do seu trabalho, dos objetos sob a forma de mercadoria, da materialidade circundante em geral. O status de vida sacrifica até a convivência no ambiente do lar. Na civilização burguesa é mais importante conservar os objetos do que satisfazer os seres humanos.

2. O homem se auto- aliena no processo de trabalho. O processo de trabalho não é a realização, mas a negação do homem. Aqui ele se sente objeto e não sujeito. O homem se torna um apêndice das máquinas. O trabalho é uma atividade torturante que não tem significado em si, mas é necessário como meio de sobrevivência. O homem se desumaniza quando trabalha, pois torna-se máquina, animal de carga. O trabalho é sua tortura e não sua realização. O trabalhador se sente humano quando está fora do trabalho e não dentro dele. E no entanto, este “sentir-se humano” é um mero intervalo escapista no qual não são permitidas outras atividades criativas, nem sequer o sexo, pois o intervalo se destina apenas a repor as forças do animal-trabalhador para a jornada seguinte.

3. O homem se aliena em relação à finalidade do seu trabalho. O resultado do dia de trabalho de um operário é uma porção de objetos que lhe são estranhos, indiferentes. O operário é considerado louco porque não consegue ver o sentido humano daquilo que faz, o que torna o seu trabalho desumano. Como continuar

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