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Exposição Sobre Questões Do Texto "Informação", De Anthony Wilden

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Por:   •  29/9/2014  •  423 Palavras (2 Páginas)  •  385 Visualizações

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Referência: WILDEN, Anthony. “Informação”, Enciclopédia Einaudi, vol. 34, Lisboa: Imprensa Nacional, 2001.

Anthony Wilden inicia o texto expondo dois modelos de informação. O primeiro deles é a informação no sentido métrico, quantificável, estando associada à Teoria Matemática da Informação, de Claude Shannon, entre outros estudos e autores. Tal tipo de informação está envolvida com o valor de troca da informação. Já o segundo modelo trata da informação qualitativa, que, embora também lide com a quantidade, extrapola essa dimensão e envolve, também, níveis e tipos de valores de troca, valores de uso nas comunicações. Questiona, por exemplo, os objetivos e intenções da informação. A amplitude desta segunda vertente aglomera conhecimentos de campos distintos do saber, tais como Sociologia, Química, Filosofia, Ciências da Economia, Ciência Política, Ética, Ecologia, entre outros.

Para Anthony Wilden, nós podemos estabelecer, basicamente, dois amplos segmentos dos estudos das teorias da informação. O segmento tecnológico, na qual encaixam-se os desenvolvimentos técnicos computacionais, e o segmento filosófico, surgido a partir de Gottfried Leibniz, em 1671. Independente da ótica, o autor afirma que inexiste valor intrínseco da informação, pois a significação, o sentido desta depende direta e necessariamente do contexto. Então, o contexto, a situação, a dinâmica em movimento é que indicará o que é informação e o que é ruído.

Aliás, o desenvolvimento dos estudos da informação vai destacar a importância do ruído como elemento determinante e possível para agir no aperfeiçoamento de determinado sistema. Ao contrário, nos primeiros anos e os primeiros pesquisadores sobre o tema limitavam a compreensão do ruído como mero defeito a ser superado nos processos de comunicação, enquanto que a informação seria fruto da redução de incertezas. Hoje, já se reconhece o fator criatividade do ruído.

A partir da desordem, é possível gerar estruturação, ou seja, ordem. Portanto, percebe-se movimentos e dinâmicas dialéticas entre informação e ruído. Elementos que ameaçam prejudicar a constituição e a manutenção de uma organização pode, também, ser incorporados e adaptados à ordem (identifica-se isso em situações diversas na história, como movimentos de resistência dos anos 1970, que foram aglutinados pelo capitalismo).

O comentário sobre o modo de produção capitalista é pertinente para explorar um conceito bastante importante na obra de Wilden, que é o de redundância. Este trata de exceder a emissão de sinais e eventos para garantir o adequado cumprimento da mensagem e da comunicação, sendo percebido, porém, apenas em momentos de falha desta comunicação. No entanto, embora seja importante para a estabilidade do sistema, a redundância é interpretada pelo capitalismo como barreira à eficiência e produtividade, como se realizasse desperdícios de matéria e energia.

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