História e relações de classe

HISTÓRIA E RELAÇÕES DE CLASSE

Na concepção do autor Alain Touraine (1925), um dos principais autores no que diz respeito à democracia e cidadania, a temática analisada acerca do assunto, discursa sobre a cidadania como uma luta alicerçada na liberdade contra a lógica dos sistemas.

O autor reflete ainda sobre a democracia e a modernidade, sobretudo no contexto latino-americano.

As características capitais para os movimentos sociais englobam o princípio da identidade, sendo que o mesmo deve ter consciência de seu papel como agente transformador. Também os princípios da oposição e da totalidade estão envolvidos na luta dos movimentos sociais.

Na sociedade moderna essas questões sempre cercarão o individuo de questionamentos e diversidade. Não podemos justificar as ações em torno das classes sociais com superficialidade, pois assim entraremos num julgamento muitas vezes sem conhecimento apurado.

Os movimentos sociais organizam-se e vão muito além de teses particulares, existindo de um lado a questão da instrumentalidade e de outro a objetividade, que produzirão alterações num contexto social mais amplo.

No pensamento do autor francês, reina as questões dos movimentos sociais, do projeto e do conflito, sendo o litígio da ação coletiva diretamente embasada a serviço de uma nova imagem do sujeito.

Observa-se claramente, que a meta do sujeito deve ser a luta contra os poderes que dominam o universo da instrumentalidade e da identidade, não havendo em hipótese alguma a presença da individualidade como foco de comando.

Os elos que estabelecem a mudança são as relações entre o mercado e a sociedade, com mudanças culturais impregnadas na soberania da sociedade.

A noção exata do verdadeiro espaço do indivíduo como protagonista de seu tempo, torna o sujeito agente direto de uma ruptura com conceitos vividos por uma sociedade obsoleta, com capacidade de exercer um abrupto recomeço de era.

A importância da classe social é peça chave no aspecto inerente às mudanças, tendo a democracia como princípio histórico e abrangente na constituição do próprio sujeito, levando-se sempre em conta o contexto social e histórico.

O dilema acerca da sociedade e do indivíduo como ator principal referente às transformações no campo social é permanente, ilustrando invariavelmente as interpelações dos movimentos sociais baseados numa ampla reestruturação política, social e cultural.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NERY, Maria Clara. Sociologia. Curitiba: IESDE Brasil S.A. 2010.