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Metamorfoses No Mundo Do Trabalho

Artigo: Metamorfoses No Mundo Do Trabalho. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/2/2014  •  1.037 Palavras (5 Páginas)  •  353 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O processo de trabalho passou por grandes transformações da década de 80, iniciadas pela crise na produção e manutenção da forma de acumulação capitalista, que por sua vez, foram apegadas aos avanços tecnológicos.

Neste cenário temos a saída de dois modos de produção o Fordismo e o Taylorismo que eram embasados no modo de produção em série e de massa, para entrada do Toyotismo, que tem como característica uma produção mais variada e flexível.

Foi neste período de metamorfoses no mundo do trabalho, que ocorreu o aumento da vulnerabilidade social, desregulamentação de direitos trabalhista, flexibilização do trabalho e maior evidência da precarização das condições de trabalho. Toda essa flexibilização deixava os trabalhadores à mercê da própria sorte, que ficou mais evidente com o advento do sistema neoliberal, que deixava o Estado neutro frente as demandas das questões sociais.

É nesse ambiente, marcado pelos avanços e retrocessos oriundos de um regime de produção pautado na exploração de classes e acumulação de propriedade, que encontramos demandas que foram favoráveis para a metamorfose da questão social. Assim, ao decorrer deste trabalho será apresentado algumas reflexões sobre as transformações no mundo do trabalho e o redimensionamento da profissão do assistente social.

2. DA BASE DE ACUMULAÇÃO A BASE FLEXÍVEL

A década de 1980 foi o período mais árduo da crise capitalista, foi quando a exaustão do padrão de acumulação capitalista do pós-guerra, o fordismo, teve grande evidência internacionalmente.

O fordismo era um modelo de gerenciamento que visava à organização da produção do trabalho, tinha a finalidade de atender as debilidades do sistema artesanal de produção, promovendo o aumento da produtividade na indústria. Este processo é enfatizado nas tarefas, e também, na eliminação de desperdício de tempo e matéria-prima. No modelo fordista o homem, ou melhor, o operário tinha sua força explorada acima do limite de sua capacidade física e humana, todos eles eram controlados por cronômetros.

Quando o padrão de acumulação fordista iniciou seu processo de falência, deixou espaço para a consolidação de um novo modo de produção apegado em uma base mais flexível, o Toyotismo. Sendo contrário ao fordismo, o modelo oriental é conduzido pela demanda, e apresenta um produção flexível e diversificada, onde a qualidade é um fator primordial e possui um predomínio tecnológico. Antunes (2008) diz que:

O toyotismo caracteriza-se pela flexibilidade e pela inovação em aproveitar da subjetividade do trabalhador para ajudar na produção. “O toyotismo apropria -se intensamente da dimensão intelectual do trabalho que emerge do chão da fábrica que o fordismo desprezava.” (ANTUNES,2008, p. 206).

Com esse modelo de produção, os trabalhadores foram aos poucos perdendo seus direitos que já haviam conquistados. Como não havia mais produção acumulativa, operários foram demitidos, o que veio a diminuir o número de trabalhadores e consequentemente o aumento da carga horaria dos que continuavam a trabalhar. Isso ocasionou o começo de pequenos movimentos dos operários, que começaram a perceber a exploração que estavam vivendo.

Tendo em vista que o Toyotismo produzia de acordo com a demanda dos consumidores, os trabalhadores começaram a trabalhar por meio da terceirização, que tinham contratos com condições precárias, e sem nenhum tipo de segurança trabalhista.

Diante deste contexto instaurou-se o neoliberalismo. Com o sistema neoliberal, o estado ficava neutro, deixando sob tutela da sociedade civil as questões sociais.

3. A CONSEQUENCIA DO SISTEMA NEOLIBERAL

O neoliberalismo provocou um total desequilíbrio dos direitos conquistados, desemprego, trabalho precário, perdas salariais, violação da liberdade dos sindicatos. Desses podemos destacar o desemprego estrutural, que foi uma consequência do sistema neoliberal acompanhado da reestruturação produtiva. Nesta perspectiva, Antunes diz que:

O neoliberalismo e a reestruturação produtiva da era da acumulação flexível, dotadas de forte caráter destrutivo, têm acarretado, entre tantos aspectos nefastos, um monumental desemprego, uma enorme precarização do

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