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O Desenvolvimento De Recursos Multimídia Para A Transposição Didática De Vida E Obra De Lideranças Indígenas No Ensino Médio

Por:   •  28/9/2023  •  Relatório de pesquisa  •  1.934 Palavras (8 Páginas)  •  46 Visualizações

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RELATÓRIO FINAL - IFSP

Desenvolvimento de recursos multimídia para a transposição didática de vida e obra de lideranças indígenas no ensino médio

Glenda Aparecida Araujo do Amaral

(11) 968950495

Email: glenda.araujo@aluno.ifsp.edu.br

Instituto Federal de Educação, ciências e tecnologia de São Paulo – campus avançado São Miguel Paulista - IFSP

Rua Tenente Miguel Délia, 105 – São Miguel Paulista – SP

CEP: 08021 – 090

(11) 2032-5416

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Enoque Marques Portes

Telefone: (11) 963461190

Email: portes.enoque@ifsp.edu.br 

RESUMO

Visando o seguimento da Lei 11.645/2008 a pesquisa ampliará o conhecimento sobre a questão indígena no país – ainda que pouco pautado nos currículos escolares do ensino básico – é necessário debater e entender a importância dos povos originários e propagar a imensa relevância dos mesmos, ainda que sejam invisibilizados. Por isso, buscamos aprender sobre os temas norteados pelos pensamentos de duas lideranças: Ailton Krenak e Davi Kopenawa. Dessa forma, investigam-se textos e experiências fundamentais para as reflexões precisas. Consequentemente, evidenciamos as medidas imprescindíveis para mudar o contexto atual por meio da transmissão em forma de produtos audiovisuais.

APRESENTAÇÃO (INTRODUÇÃO, JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS)

Introdução:

O trabalho a seguir é voltado à pesquisa sobre os povos indígenas e a cultura dos povos Krenak e Yanomami. A partir do pensamento filosófico dessas lideranças desenvolvemos recursos multimídia para divulgar esse conhecimento. Corrobora-se questões sociais e ambientais para entendermos a suas vivências, cuja perspectiva é vista como “um outro olhar”, a fim de radicalizar os estigmas da atualidade. Posto isso, a partir de estudos sobre o livro do Davi Kopenawa a qual exibe as lutas do povo Yanomami desde a corrida do ouro notou-se a urgência de medidas que auxiliem na minimização desses problemas e para conscientizar a população esse projeto foi realizado.

Justificativa:

Os povos indígenas fazem parte de uma minoria social, por esse viés torna-se indispensável a disseminação da história e das lutas sofridas desde o período colonial. Por essa maléfica herança, até a atualidade sofrem com estigmas taxados pela colonização portuguesa e sem o devido apoio governamental são desgastados e até mortos por sustentarem seus direitos previstos na Constituinte. Por essa razão, enaltecer a grandiosidade do empecilho e com o intuito de mudar positivamente o pensamento da sociedade, o projeto desenvolveu ações midiáticas.

Objetivos: 

Objetivos gerais: Pesquisar e relacionar os pensamentos políticos e culturais das lideranças estudadas, Ailton Krenak e Davi Kopenawa, com o intuito de promover didaticamente ações multimídia voltadas ao ensino médio, seguindo o decreto 11.645/08.

Objetivos específicos:

  • Contextualizar a biografia das duas personalidades, focando principalmente nos reflexos e ativismo para entendermos a luta indígena no Brasil.
  • Informar sobre assuntos abordados pelos autores em suas obras, expondo a sua devida dimensão.
  • Reforçar a lei em regência e efetuar Podcasts informando sobre a bibliografia dos autores e o histórico de seus respectivos povos em uma linguagem fácil.
  • Usar o canal comunicativo desmistificar a ideia de “índio” repassada na atualidade.
  • Facilitar a educação sobre os povos originários em plataformas acessadas pelos jovens do ensino médio, mais precisamente em Podcasts via Spotify.

DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA E ANÁLISE)

O desdobramento da pesquisa se deu por partes separadas por tempos específicos, se iniciou por meio das análises detalhadas dos livros estudados e pesquisas exteriores. Pode-se perceber a riqueza cultural dentro dos agrupamentos indígenas e ainda que alocados perante a sociedade como um mesmo grupo, o ideal de cada povo tornou-se evidente durante o desenvolvimento do trabalho.

Assim, os Krenak possuem uma triste história em que foram atacados inúmeras vezes e escorraçados e suas terras durante o Regime militar, ou seja, a invasão territorial não acabou com a migração dos escravizados africanos e ainda mais pode se afirmar:

Com o governo aliado aos latifundiários, foi criado um campo de trabalho forçado onde qualquer indígena era torturado sob a premissa de vadiagem, alcoolismo e crime. Devido a artifícios jurídicos do governo, os índios presos em Krenak não tinham direito a julgamentos ou apoio da Justiça. Tampouco havia previsão para a liberação dos contidos. As condições do Reformatório eram dignas do período colonial: celas de solitária, equipamentos de tortura e condições insalubres de higiene. A tortura e o trabalho forçado eram comuns, além de chibatadas, castigos, e outras formas de punição. (FREIME, Jânio. “KRENAK: ÍNDIOS ERAM TORTURADOS NA DITADURA MILITAR BRASILEIRA”)

Após voltarem para suas terras a paz não foi empregue, ao modo que em 2015 ocorreu o famoso caso da “Tragédia de Mariana”, onde após o rompimento da barragem devastou o Rio Doce e Ailton diz:

“O evento mais dramático que o povo da Bacia do Rio Doce vive, segue vivendo, é essa derrama de veneno na cabeceira do rio. Aquela gosma da Samarco e da Vale, aquele material tóxico, recobriu as lajes de pedra com uma coisa plástica, que não deixa nem que o lodo, o líquen, que novos materiais orgânicos se constituam ali para criar um ambiente de vida aquática. A ictiofauna, as espécies de água, foram todas eliminadas.

Não foi um acidente. Quando eu ouço perguntarem sobre ‘o acidente’ de Mariana, eu reajo dizendo que não foi um acidente. Foi um incidente, no sentido da omissão e da negligência do sistema de licenciamento, supervisão, controle, renovação das licenças, autorização de exploração. O Estado e as corporações constituíram um ambiente promíscuo e delinquente, em que ninguém controla ninguém e no qual os engenheiros e os chefes de segurança, que informam os relatórios, também sabem que não tem consequência nenhuma se eles matarem um patrimônio inteiro, uma vila inteira ou, eventualmente, se matarem uma comunidade inteira. [...]” (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. ““Não foi um acidente”, diz Ailton Krenak sobre a tragédia de Mariana”)

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