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O LEVITSKY E AS DITADURAS DOS SÉCULOS XX E XXI

Por:   •  4/7/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.427 Palavras (10 Páginas)  •  171 Visualizações

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Olívia Borges Salustiano   760515        

Lucas Tadeu Sá de Souza  769625

Gabriel Furtado Guarnieri 779803

LEVITSKY E AS DITADURAS DOS SÉCULOS XX E XXI

São Carlos - SP, julho de 2019.            

 INTRODUÇÃO

      O autor objetiva mostrar com fatos reais antepassados como as democracias morrem, seja ela como o Chile em 11 de setembro de 1973 com um golpe militar, Venezuela com o fascismo de Hugo Chávez, que usou de meios legais para subir ao poder e ainda sim o usurpou ou então com alianças não bem planejadas, como o caso de Hitler, que foi nomeado chanceler e era previsto que, futuramente seria colocado contra a parede, porém o mesmo foi mais eficaz e antes do determinado, se apoderou do poder.

      Levitsky discorre sobre as ameaças do século 21 às democracias modernas, em especial à sólida democracia estado-unidense e à ameaça representada pela eleição democrática de Donald Trump em 2016, figura autoritária e inexperiente na vida pública. O autor explica como as ameaças atuais diferem dos golpes de Estado do passado, da tomada abrupta do poder, e se apresentam através de figuras autoritárias e com pouco compromisso com direitos constitucionais mas ainda assim legitimamente eleitos dentro dos regimes democráticos. A exemplo do primeiro caso, o golpe de Estado chileno de 1973 orquestrado pelo general Augusto Pinochet junto das forças armadas que culminou na morte do então presidente Allende. A exemplo do segundo, o presidente venezuelano Hugo Chávez eleito em 1998 que enquanto chefe do governo tomou uma série de medidas a fim de ampliar os poderes de seus aliados.

      O primeiro teste a se fazer para comprovar a solidez de uma democracia é se ao surgirem figuras autoritárias, tais quais D. Trump, os partidos e líderes políticos, especialmente da base aliada, trabalham para evitar que tais figurais acumulem poder e ascendam politicamente. Uma vez que extremistas ganham notoriedade política e se inserem nas correntes dominantes, o sinal de que a democracia está em risco é claro. O segundo teste é como as instituições democráticas irão subverter líderes extremistas ou se serão subvertidas por estes. Caso as instituições democráticas não tenham o poder necessário para subvertê-lo, numa evidente falha no sistema de freios e contrapesos de Montesquieu, elas se tornam armas utilizadas por aqueles que as controlam contra aqueles que não as controlam e servem de instrumento para

ceifar a própria democracia.

      Já que, as instituições serve para uma manutenção do poder, as instituições sozinhas não tem poder de tal feito, mas líderes políticos, de parlamentares e afins juntos em nome de uma causa, pode fazer com que esse movimento seja real. Porém para uma investida desse porte, é preciso que haja coragem política, já que, tendo em vista, a pressão de instituições feita em cima de um líder político, faz com que ele passe por um constrangimento e assim faz com que recue em seu ato. Porém para que isso seja palpável deve-se haver articulações, de oposições não corrompidas no meio

      A dúvida que restou, no caso dos Estados Unidos pós-eleições de 2016, é se a Constituição americana junto com o sistema de freios e contrapesos, que há dois séculos protegem a democracia estado-unidense, seriam suficientes para conter os impulsos autoritários de Trump. Além da legislação escrita, duas regras informais preservam o funcionamento dos artifícios anteriormente citados e têm sustentado a democracia dos Estados Unidos nos últimos séculos: a tolerância mútua, que entende que oposições são aceitas como rivais legítimas; e a contenção, a ideia de que figuras da vida pública devem ser comedidas no uso de suas prerrogativas institucionais. Porém, hoje tais normas encontram-se enfraquecidas e abandonadas por muitos, principalmente após os anos 2000 e com a eleição do ex-presidente Barack Obama,e a origem de tal colapso encontra-se principalmente na polarização extrema que configura a política atual não só americana como em escala global.

      Em preocupações com a democracia no Estados unidos, o autor Steven Levitsky, teme um ameaça contra a ordem já estabelecida, tendo em vista que o americano em outros parágrafos tenha citado regimes, diferente e com base no estudo tenta prevê o que acontecerá em seu país, com fatos ocorridos, semelhantes em outras nações há tempos atrás. Um risco grande que pode ser real é o fato de que o atual presidente da maior potência do mundo tenha atitudes autoritárias, opressivas quando se refere em minoria social e econômica, xenofóbica com seus países vizinhos (como a ideia de implantar um muro para que não tenha estrangeiros "porcos"), ou manter crianças em jaulas em meio a uma fronteira, pensamentos e ações essas que já vimos de tal maneira ou de modo semelhante a tempos atrás, no nazismo. Trump como Hitler, chegou ao poder de forma legal, e como o líder nazista, o presidente americano estabelece uma linha tênue entre ordem e guerra, de forma que se mal calculado o resultado seria catastrófico ao planeta, o fato dito é sobre a tensão entre o EUA com a Coréia do Norte em 2017. Não só é um risco para seus cidadãos, a democracia nunca esteve tão frágil como no momento atual, no Brasil por exemplo, com Jair M. Bolsonaro ocupado o cargo presidencial, vê-se que também existe uma ameaça, tanto para educação, segurança, lazer e esporte, isso para não dizer em todos os setores, já que, esse ano o brasileiro apoiou o contingenciamento porcentual em institutos federais em todo o território nacional. Sinal claro de autoritarismo, congelando as verbas para educação menos o país se desenvolve, menos se contribui e sem conhecimento, menos o povo pode ir a luta, logo, mais poder intelectual para as elites, o que para a classe alta, é algo que tem que ser conversado e não compartilhado com pessoas não possuem uma renda de capital a altura. De forma geral, quando líderes de nações agem de acordo com interesses próprios, visando um poder absoluto e duradouro, fazem a nação padecer e perder riquezas, tornando-se um país improdutivo e incapaz de criar laços e acordos com outros países.

ALIANÇAS FATÍDICAS

      O fatídico capítulo do livro de Levitsky começa entre uma conversação entre um cavalo, um javali e um caçador, que na história, o caçador que entra na história, precisa de um cavalo pra caçar o javali. Então, o caçador convence o cavalo que vai precisar de sua ajuda só pra caçar e depois vai soltá-lo, mas quando o caçador mata o javali com a ajuda do cavalo, o caçador prende o cavalo e o impede de ser livre, é como uma enganação.

      Mussolini e a ameaça fascista, no livro, segundo o autor, Mussolini tentou ascender de diversas maneiras e também houveram várias tentativa de neutralização de seu poder político em ascendência, depois que Mussolini tomou posse, o mercado alavancou e a ameaça do socialismo no país foi neutralizada, mas com os liberais apoiando Mussolini por ele ser útil, também se sentiu impedido assim como o cavalo se sentiu impedido pelo caçador. Muitas situações como essas aconteceram em torno de todo mundo com governantes de países como Adolf Hitler na Alemanha e Hugo Chávez na Venezuela. A situação é bem explicada sobre o autor, que cita: “Uma mistura letal de ambição, medo e cálculos equivocados conspirou para levá-las ao mesmo erro: entregar condescendentemente as chaves do poder a um autocrata em construção”.

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