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O impacto da ofensiva neoliberal no processo de trabalho do profissional de serviço social

Por:   •  26/11/2015  •  Projeto de pesquisa  •  2.862 Palavras (12 Páginas)  •  310 Visualizações

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FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO MARANHÃO- FACEMA

BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

O IMPACTO DA OFENSIVA NEOLIBERAL NO PROCESSO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL

                                                           

                                                         

                                                                                                                               

CAXIAS – MA

NOVEMBRO/2015

Acrísio Alves Correia Neto

O IMPACTO DA OFENSIVA NEOLIBERAL NO PROCESSO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL

Projeto de pesquisa apresentado à Prof. Elaine Ferreira para aquisição de nota na disciplina de Pesquisa social III do Curso de Bacharelado em Serviço Social 7º Período.                        

Orientadora Dra.: Elaine do Nascimento Ferreira

CAXIAS - MA

NOVEMBRO/2015

Sumário

1.        Problema de investigação        4

2.        Justificativa:        6

3.        Objetivo Geral:        8

3.1.        Objetivos específicos:        8

4.        Marco conceitual:        9

5.        Metodologia:        11

6.        Cronograma:        12

7.        Orçamento de recursos materiais:        12

8.        Orçamento de recursos humanos:        12

9.    Referencias........................................................................................................ 13


Problema de investigação

     Na contemporaneidade, o assistente social teve a sua autonomia profissional relativizada com o tempo, uma vez que, este é um trabalhador assalariado e, portanto, depende do seu empregador em fornecer os instrumentais que necessita para realizar a sua atuação profissional. Por conta disso o profissional tem no seu cotidiano de trabalho demandas institucionais de interesse (na maioria das vezes) de seu empregador, causando assim, na seletividade de usuários que vão ser atendidos, precarização da sua atuação profissional, bem como, acaba se tornando um mero cumpridor de atividades institucionais, ferindo os princípios do Código de ética, que prega a autonomia do assistente social possibilitando ao mesmo a capacidade de planejar, elaborar, avaliar e monitorar as políticas sociais e não apenas executá-las, como explica Netto:

[...] no quadro das transformações societárias típicas do capitalismo tardio, das demandas do mercado de trabalho e da cultura profissional, coloca-se a necessidade de se elaborar respostas mais qualificadas (do ponto de vista operativo) e mais legitimadas (do ponto de vista sociopolítico) para as questões que caem no seu âmbito de intervenção institucional (NETTO, 1996, p. 124).

     Um profissional apenas executor de atendimentos de demandas institucionais se insere num processo capitalista que objetiva cada vez mais resultados quantitativos por base do lucro, no sentido de, quantos mais demandas institucionais atendidas pelo profissional em menos tempo, menos dinheiro será gasto pela instituição nos instrumentais do profissional e mais lucro será gerado (se levarmos em consideração o número de atendimentos institucionais em um determinado tempo sem muitos gastos financeiros) no ponto de vista do capital, onde, mais produção com menos é mais. Então, o que fazer para que a autonomia do assistente social seja recuperada, haja vista que, como já foi dito, antes de ser assistente social, este é um trabalhador assalariado e assim reconhece-lo, de fato, como um profissional transformador da sociedade?

     Na contemporaneidade, novas demandas originaram-se através da implantação do modelo de governo neoliberal brasileiro a partir dos anos de 1990, demandas essas de trabalhadores que perderam os seus empregos devido ás suas não adequações as novas formas de trabalhos flexíveis e a falta de capacitação profissional destes, como afirma Iamamoto:

"[...] uma flexibilização no mercado de trabalho, que vem acompanhada da desregulamentação dos direitos do trabalho, de estratégias de informatização da contratação dos trabalhadores uma flexibilização dos produtos [...]" (IAMAMOTO, 2007, p. 31)

 

     Causando na sua gradativa desfiliação social, perdendo renda, família, dignidade e, assim, sendo excluído da sociedade, em outras palavras, são expressões da questão social. Essas novas demandas passaram ser de responsabilidade do assistente social em intervi-las, e, portanto, exige do mesmo um alto de grau de capacidade e intelecto profissional para tais intervenções:

“O processo de trabalho do Serviço Social é determinado pelas configurações estruturais e conjunturais da questão social e pelas formas históricas de seu enfrentamento, permeadas pela ação dos trabalhadores, do capital e do Estado, através das políticas e lutas sociais.” (CRESS, 2007, p.29).

     Para que isso aconteça, é necessário que se tenha um reconhecimento em todos os níveis aos profissionais de serviço social, para que estes tenham perfeitas condições de atuar com qualidade na realidade ao qual seus usuários estão inseridos e, assim, minimizar as expressões da questão social melhorando a vida socioeconômica dos mesmos mediante acesso de direitos já garantidos legalmente pela Constituição Federal de 1988.

     Importante ressaltar que esse reconhecimento deve ser feito, primeiramente, pelos empregadores (públicos, privados ou da sociedade civil) dando mais autonomia aos assistentes sociais, melhores condições de trabalho e salários dignos compatíveis à profissão, deste modo, o profissional terá uma atuação mais eficaz e consequentemente vai contribuir para melhorar a vida dos usuários no âmbito social, econômico e cultural. Portanto, o reconhecimento vira também da sociedade que é atendida, pois, irá reconhecer que o profissional de fato ajudou na melhora de determinados entes sociais e seus ligamentos sociais.

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