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Questão Social

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Por:   •  28/5/2014  •  1.150 Palavras (5 Páginas)  •  600 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como escopo analisar sobre o desenvolvimento histórico do Brasil entre os anos de 1960 a 1980, com ênfase para os desdobramentos das políticas sociais, aprimoramento do serviço social e a incorporação de novos elementos na profissão.

Diante do exposto, o presente estudo irá proporcionar ao aluno do Curso de Serviço Social da UNOPAR refletir criticamente sobre as refrações entre o serviço social e a política social.

Assim, a partir desse estudo apontamos a real necessidade de compreendermos o cotidiano na sua profundidade, de saírmos do mundo das aparências, pois é no cotidiano que se revelam todas as problemáticas sociais. É a partir do cotidiano, daquilo que é vivido e sentido pelo usuário que o assistente social estabelece sua intervenção profissional.

Para a execução dos objetivos propostos, o desenvolvimento desse trabalho consistiu na leitura de autores que realizaram pesquisas que perpassam a temática em estudo, tais como: Ianamoto (2003), Faleiros (2005), dentre outros.

2 DESENVOLVIMENTO

Para aprender o sentido histórico do Serviço Social, torna-se necessário analisar, ante o problema social e seu aguçamento, o posicionamento e ações assumidos e desenvolvidos pelos diferentes grupos e frações dominantes e pelas instituições que mediatizam seus interesses ante a sociedade; ações e posicionamentos determinados no quadro mais amplo das contradições geradas pelas formas específicas através das quais se aprofunda internamente o capitalismo e a vinculação da economia ao mercado mundial.

O serviço social atua junto às políticas sociais, junto as indivíduos que a experimentam no trabalho, na família, na saúde, no acesso aos serviços públicos ou na forma de sociabilidade.

Desse modo, subtende-se que:

A política social é indissociável da forma de organização da sociedade capi¬talista, que promove o desenvolvimento das forças produtivas do trabalho social e, na contrapartida, expande e aprofunda as relações de desigualdade, a miséria e a pobreza. Esta é uma lei estrutural do processo de acumulação capitalista. A política social diz respeito ao conjunto das expressões das desi¬gualdades sociais engendradas na sociedade capitalista madura, impensáveis sem a intermediação do Estado. Tem sua gênese no caráter coletivo da pro¬dução, contraposto à apropriação privada da própria atividade humana — o trabalho -, das condições necessárias à sua realização, assim como de seus frutos (LANAMOTO, 2003, p. 117).

Diante da explanação acima, percebe-se que a política social está vinculada às desigualdades econômicas, políti¬cas e culturais das classes sociais, que são inerentes ao modo de produção capitalista no qual estamos inseridos. Atingindo de uma forma global, a questão social diz respeito a todos os integrantes da sociedade, na busca incessante pelos direitos humanos (YAZBEK, 2001).

Vale ressaltar que esse processo foi mediatizado pelas lutas sociais que ocorreram ao longo do tempo, justamente pela relação capital/trabalho, atingindo assim o segmento da esfera pública e a interferência do Estado para a resolução das desigualdades sócio-econômicas e, portanto, agindo no reconhecimento dos deveres e direitos coletivos envolvidos nesse processo (PEREIRA, 2012).

Após longas décadas consubstanciadas nas políticas sociais, atualmente, a questão social, assume a seguinte identidade:

Atualmente, a política social passa a ser objeto de um violento processo de criminalização que atinge as classes subalternas. Recicla-se a noção de "classes perigosas" - não mais laboriosas -, sujeitas à repressão e extinção. Verifica-se a tendência de naturalizar as múltiplas desi¬gualdades, que condensam as relações sociais desiguais e contraditórias des¬sa sociedade. Elas têm sido enfrentadas, seja por meio de programas focais de "combate à pobreza", seja pela violência dirigida aos pobres, articulando re-pressão e assistência focalizada (LANAMOTO, 2003, p. 120).

Percebe-se, então, diante da explanação acima que a política social, enquanto expressão das desigualdades sociais acumuladas e manifestas nas mais variadas formas de pobreza, miséria, desemprego e exclusão social, não é fenômeno novo no Brasil. Na visão de Faleiros (2005, p. 27):

Desde os primeiros anos da República, para não voltarmos ao Brasil colônia, a desigualdade social se expressa nas condições de trabalho das pequenas oficinas, órgãos públicos, numa industrialização acelerada (1930-80), mas de relativamente poucos empregos, longas jornadas de trabalho, trabalho infantil e escravo, salários reais reduzidos, escassez de alimentos, acesso restrito às poucas escolas públicas primárias e técnicas, epidemias, mão de obra abundante nas cidades.

Na década de 70, tornou-se comum encontrar na realidade brasileira referência a uma questão social, caracterizada por uma série de novos problemas, novas formas de pobreza ou exclusão social, como, por exemplo, aumento da vulnerabilidade social. Assim, a visão do serviço

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