Relatório de Leitura de Natureza e Cultura
Por: Janete Tintiliano Teixeira • 19/5/2016 • Seminário • 714 Palavras (3 Páginas) • 289 Visualizações
Relatório de Leitura de Natureza e Cultura
Levi Strauss trata em As Estruturas elementares do Parentesco, Capitulo 1: Natureza e Cultura, a preocupação em compreender e diferenciar o que ele chama de Estado de Natureza e Cultura. Assim, ele inicia seus estudos partindo do pressuposto de que o homem é um ser biológico e social. Utiliza-se de casos de crianças que ao nascer foram separadas da sociedade e observadas, para explicar que o homem não possui um Estado de Natureza que na ausência da sociedade, se manifeste.
Um grande exemplo de tal fato foi o caso dos “meninos lobos” encontrados na Índia, que tiveram a oportunidade de se desenvolver fora de toda a influência social. E o resultado foi que se tornaram anormais congênitos e nunca conseguiram atingir o estado normal. Caso em que “não” houve um desenvolvimento do cérebro de ambos.
Além disso, exemplos como este foram afastados por questão de principio, levando-nos direto ao ponto da questão: “se o homem é um animal doméstico é o único que se domesticou a si próprio” (pag.43).
Assim, é possível observar que se animais como gato, cachorro, ave entre outros, forem afastados do meio doméstico, eles retornam ao seu estado natural, mas este fato não foi observado no homem, portanto, chega-se a conclusão de que o homem não possui seu estado natural.
“É impossível esperar no homem a ilustração de tipos de comportamento de caráter pré-cultural” (pag. 43). Logo, se existe uma passagem do homem de seu estado de natureza para o cultural, não poderiam ser procuradas nas supostas etapas das sociedades animais.
Mais tarde, compararam-se então o estado do homem ao dos chimpanzés, que são os mamíferos mais evoluídos e novamente não se obteve resultados que comprovassem tal estado inicial do homem.
Mesmo que as diferentes visões e pesquisa sobre a questão tragam grandes contribuições para um “futuro avanço”, elas não dão conta de solucionar o problema.
Crítica
Lévi-Strauss demonstra uma profunda preocupação ao não encontrar no homem, seu estado natural. Porém autores como Hobbes e Locke defendem o estado de natureza, como o estado selvagem do homem.
Hobbes dizia que o homem se utilizava de todos os meios para conseguir aquilo que desejavam. Na frase “o homem é o lobo do próprio homem”, o autor diz que os homens são maus por natureza. Que até mesmo a violência é usada para alcançarem seus objetivos. Impondo-se sobre outro homem através da força.
John Locke que é posterior a Hobbes, confirma sua teoria ao dizer que os homens em seu estado de natureza, eram inimigos uns dos outros e viviam em guerra.
Para Hobbes e Locke, o estado de natureza era um estado em que o ser humano precisava passar e superar para que pudessem estabelecer uma forma de convivência mais adequada para os conjuntos dos indivíduos. Passagem essa que implicava perdas no quesito limitação da liberdade.
Rousseau já defende o oposto, pois o ambiente natural é extremamente acolhedor, abundante e equilibrado a ponto de estar na medida certa para criar o homem, aponta o filosofo. Mesmo que haja um isolamento quase que completo dos indivíduos.
Para ele, o homem em seu estado de natureza, não tinha necessidade alguma um do outro. Portanto era autossuficiente
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