Resenha Sobre o Prefácio de “O capital”, de Karl Marx, 1867

Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF

Professor: David Maciel

Por: Pedro Lucas E. Lima

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Resenha sobre o prefácio de “O capital”, de Karl Marx, 1867.

  No prefácio de “O capital”, Marx reitera a ordem em que as sequências das edições encontram-se, e sobre a economia na sociedade burguesa. Explica que subdividiu as edições com a intenção de não antecipar os resultados, e “trançar” o pensamento do leitor.

  Diz de onde saiu o desejo ou como ele redige “embaraçosa obrigação de opinar sobre os interesses materiais”. Após ler Hegel, suas investigações o levaram as relações jurídicas, bem como a forma de o Estado não explicar a si, esses tem como condição de existência seu alicerce nas condições materiais. No mesmo parágrafo, frisa a conclusão de que a anatomia da sociedade burguesa deve ser procurada na economia política.

  Estabeleceu em Paris, um estudo sobre tal conclusão, continuou em Bruxelas pois seguidamente foi expulso da França. Nesse estudo conclui que para criar sua própria existência, o homem entra em relações determinadas, necessárias e independentes de sua vontade, e isso corresponde ao grau de desenvolvimento de suas forças produtivas materiais. E o conjunto disto forma a estrutura econômica da sociedade, a base a qual se eleva a superestrutura. O materialismo de Marx é evidente na passagem “o modo de produção da vida material condiciona o processo de vida social, política e intelectual.”(pp. 47). Assim, o ser social determina a consciência do homem.

 

  De forma não explícita toca na Revolução Industrial (não explícita pois ele não cita o nome, mas sim discorre sobre o fenômeno), sobre a contradição que há nas relações produtivas clássicas e as em ascensão. Explica que é preciso explicar a consciência da contradição da vida material através do conflito entre as forças produtivas sociais e as relações de produção. Há uma divergência  nas relações de produção burguesas que nasce a partir das condições de existência sociais dos indivíduos, mas esse antagonismo é resolvido por condições materiais desenvolvidas pela classe dominante.

  A relação entre Marx e Engels começa através de correspondência, trocando ideias e obtendo resultados semelhantes. Engels muda-se para Bruxelas e resolvem trabalhar em conjunto. No texto, Marx diz que o manuscrito “Ideologia Alemã” encontrou dificuldades pra ser publicado, que foi pela primeira vez exposto em 1847. Logo se dedicando a outra obra, Marx novamente teve de se retirar, indo da Bélgica para a Inglaterra, mais especificamente Londres.

  Recomeçou ele então, seus estudos econômicos, em 1850. Afinal, há um lugar melhor que a Inglaterra para a observação da vida burguesa ? Outras temáticas entraram em pauta para Marx, e a necessidade de uma atividade remunerada enxugou seu tempo de estudo.

 Com esse esboço do prefácio, em seguida é apresentado o primeiro capitulo da obra: A mercadoria.