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TRABALHO PROFISSIONAL: INSTRUMENTAÇÃO PARA A INTERVENÇÃO

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Por:   •  16/10/2014  •  2.739 Palavras (11 Páginas)  •  829 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

3 CONCLUSÃO...........................................................................................................9

REFERÊNCIAS..........................................................................................................10

1 INTRODUÇÃO

O serviço social é uma profissão que buscou legitimação ao longo do tempo, para deixar o seu caráter assistencial e caritativo e se formar como profissão. Na sua trajetória utilizou algumas correntes como base, seu método de atuação e os instrumentos variaram de acordo a cada uma delas e a seu momento histórico. O presente estudo visa analisar através do discurso de assistentes sociais que atuam nas sequelas da questão social, atentando para o lugar de onde fala, em busca identificar quais instrumentos e técnicas são utilizados na profissão atualmente e a relação com as novas demandas impostas pelo social levando em consideração que a instrumentalidade do Serviço social é a capacidade de articulação e mobilização dos instrumentos norteados pela técnica em um movimento dialético e as novas demandas como síntese de novas relações sociais inerentes aos desdobramentos do processo econômico que exige de criatividade e flexibilidade para neles intervir.

Nesse sentido o presente artigo tem como objetivos específicos: levantar quais instrumentos e técnicas são usados pelos assistentes sociais na contemporaneidade perante as “novas” expressões da questão social; indicar quais novas demandas são atendidas; identificar a posição assumida pelo profissional diante desse contexto. No tocante da justificativa ressalta-se a importância do domínio da instrumentalidade do Serviço Social, para além dos meandros dos referenciais teóricos oferecidos, a princípio, pela academia visto que é necessário para o profissional um domínio teórico/prático para além da capacidade de criação já que a profissão lida com pessoas singulares onde cada caso é específico e particular digno de uma instrumentalidade exclusiva onde não deve servir de molde para os demais casos. É imperativo para o Assistente Social uma criatividade e flexibilidade de conceitos que lhe capacitem a observar, formular, instituir e intervir nas diversas e íngremes sequelas da questão social, agindo diretamente na vida do

indivíduo.

2 DESENVOLVIMENTO

Para entendermos a histórica da instrumentalidade do Serviço Social e entendermos o movimento do vai-e-vem das peças que compõe a trajetória dos instrumentos e técnicas da profissão é cogente estabelecermos o conceito de instrumentalidade. O instrumental é percebido como um conjunto articulado de instrumentos e técnicas, não podendo serem vistos isoladamente, por si sós, de maneira autonomizada, mas como uma unidade dialética. Nesse sentido a instrumentalidade pode ser considerada como a capacidade de articulação e mobilização dos instrumentos norteados pela técnica não podendo ser vistos como algo isolado e sim inseridos dentro de um movimento como síntese de forças contraditórias que se inter-relacionam mutuamente. O instrumento é considerado como algo objetivo, inerente ao assistente social, antecedendo-o na formação profissional, “repetindo-se na história, sendo o elemento mais importante o significado que vão tomando em cada período histórico e nas posições teleológicas dos agentes profissionais” (TRINDADE,2001). Esse significado que vai assumindo na categoria tempo/espaço é resultado de um conhecimento, algo subjetivo, que emerge do capital cultural e da utencilagem mental que cerca o indivíduo. É a cultura, os valores, os princípios que regem a conduta pessoal e consequentemente profissional de cada assistente social que vão embasar a técnica. De acordo com Sarmento(1994).

é a manifestação do saber, de sua intencionalidade, portanto um ato político, ela não é neutra, dado que novas ações ou atos estão articulados e comprometidos com uma prática social (ou não) para a transformação social (ou funcionamento social), com práticas libertadoras (ou mantenedoras do poder e da dominação). (SARMENTO, 1994 p.247)

Portanto a tecnicidade parte do eu interior, o modo como cada profissional articula os instrumentos levando em consideração a sua prática profissional, contexto social inserido e as demandas que lhe são conferidas imprimindo sobre tais fatores a sua subjetividade que vai constantemente moldando os instrumentos. A técnica como a mobilização dos instrumentos e os instrumentos como a ação de por em prática a técnica remetendo uma análise conjunta dos aspectos que se completam: não há como lidar com os instrumentos sem um conhecimento prévio ou ao menos uma finalidade, um propósito, como poder escolher a entrevista como instrumento para lhe dar com o caso de um usuário se não tenho conhecimento sobre ela e muito menos sei mobilizá-la? O instrumento é uma ferramenta que como qualquer outra exige técnica para manuseá-la. O que seria de um médico que não soubesse lhe dar com um estetoscópio? Como também o que seria dele se soubesse manusear o estetoscópio mais não tivesse um? Ao mesmo tempo que é necessário o instrumento é imprescindível ao domínio deles. A essa ação conjunta denomina-se instrumentalidade entendida como:

A capacidade de mobilização e articulação dos instrumentos necessários à consecução das respostas às demandas postas pela sociedade, composta por um conjunto de referências teóricas metodológicas, valores e princípios, instrumentos, técnicas e estratégias que dêem conta da totalidade da profissão e da realidade social, mesmo de forma parcial, mas com sucessivas aproximações.(COSTA, 2008 p.43)

Casando a técnica aos instrumentos obtém-se um caráter histórico pois se levarmos em consideração que o Serviço social, em suas práticas e metodologias, é uma categoria profissional que segue as mudanças da sociedade e mais ainda que são os profissionais, indivíduos comuns, dotados de sentimentos e valores, podemos, afirmar que a criação e a utilização de instrumentos e técnicas configuram um processo histórico, que se coloca em determinadas condições econômicas e sociais, em diferentes momentos históricos. A interação entre momento histórico e exercício profissional trouxe mutações apenas para a operacionalização dos instrumentos do Serviço Social, aspecto este que é apresentado

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