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A Identidade Cultural na Pós-Modernidade

Por:   •  28/6/2016  •  Resenha  •  406 Palavras (2 Páginas)  •  500 Visualizações

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Na obra Simulacro e Poder, a autora Marilena Chauí analisa e critica a mídia e o modo como ela interfere na sociedade. No primeiro capitulo, chamado de “Destruição da esfera da opinião pública”, Chauí fala sobre programas de televisão em que o objeto principal do espetáculo é a intimadade das pessoas, ela usa como exemplo prático o programa “Big Brother”.

Chauí critica também a maneira como são elaboradas as perguntas relacionadas à reportagem cujas perguntas são realizadas sobre o que o entrevistado sente, fugindo de perguntas que questionem ou julguem o fato. Assim, de acordo com Chauí, esse padrão de perguntas obedecem a uma lógica de mercado na qual pretende atrair o público que se identifica com o assunto ou opinião em questão.

Esse tipo de lógica de mercado faz com que jornais e revistas procurem “personalidades” em alta com a população para tratar de perguntas com apelo à intimidade dando as informações credibilidade e tornando-as confiáveis.

“Também tornou-se um hábito nacional jornais e revistas especializarem-se cada vez mais em telefonemas a 'personalidades', indagando-lhes o que estão lendo no momento, que filme foram ver na última semana, que roupa usam para dormir, qual a lembrança infantil mais querida que guardam na memória, que música preferiam aos 15 anos de idade, oque sentiram diante de uma catastrofe nuclear ou ecológica, ou diante de um genocídio ou de um resultado eleitoral, qual o sabor de sorvete preferido, qual o restaurante predileto, o perfume desejado. Os assuntos se equivalem, todos são questão de gosto ou preferência, todos se reduzem à igual banalidade do 'gosto ou 'não gosto', do 'achei ótimo' ou 'achei horrível'' (página 9).

No segundo capítulo, a autora aborda “Encenação: a produção do simulacro” é abordada a cultura produzida pelos meios de massa com algo sensível e imagético, mas que carrega a problemática no momento posterior ao espetáculo. Um exemplo prático para este capítulo é o ritual de consagração presente na missa católica, que é repleto de ritos e serenidade, mas que pode ser atrapalhado por ruídos e movimentações de profissionais de revista, rádio ou tv, trazendo uma problemática para o espetáculo.

“A ubiquidade das cameras, competindo com a onividencia do olhar de Deus produziu uma missa inexistente, e esta foi o objeto 'transmitido'. É este, cremos, o ponto que merece atenção, isto é, a passagem do espetáculo ao simulacro, a nulificação do real e dos símbolos pelas imagens e pelos sons enviados pelo espectador” (p. 16).

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