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Política, Redes Sociais e Fake News: A Luta Pela Democracia em Período Eleitoral

Por:   •  3/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.214 Palavras (5 Páginas)  •  77 Visualizações

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Política, redes sociais e Fake News: A luta pela democracia em período eleitoral

Novo ano de eleições presidenciais desperta fantasma do passado

Recentemente circulou nas redes sociais e em alguns sites de notícia, uma publicação afirmando que o ex-ministro e ex-deputado federal Geddel Vieira Lima (MDB), teria assumido um cargo na Secretaria Penitenciária da Bahia. De acordo com título da reportagem, Lima teria sido apontado como secretário no mesmo órgão que coordena as penitenciárias em que ele havia sido preso no passado. No entanto, através do projeto de checagem de informações, a Agência Lupa analisou a notícia e a declarou como falsa. O ex-ministro Geddel Vieira Lima não assumiu nenhum cargo na Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) da Bahia.

Na verdade, quem assumiu como secretário da pasta no último dia 2 de abril foi José Antônio Maia Gonçalves, conforme registra o Diário Oficial da Bahia. Está cada vez mais comum os debates sobre os impactos causados pelas Fake News na política, no jornalismo e na sociedade, isto porque, durante o período da pandemia houve uma infinidade de notícias falsas compartilhadas, o que faz lembrar o período eleitoral de 2018. E agora, com pouco mais de cinco meses para as eleições, a preocupação com as redes criminosas que propagam desinformações, está de volta.

Em contextos em que a democracia eleitoral esteja funcionado, as notícias falsas podem influenciar no resultado de votações, sobretudo em disputas muito concorridas. Essas desinformações passaram a ser consideradas fenômenos dos nossos tempos por serem pensadas intencionalmente para as novas tecnologias da comunicação como as redes sociais. Como explica a jornalista, especialista em marketing político e Fake News, Glês Nascimento, “As notícias falsas têm um grande poder viral, e por isso espalham-se rapidamente. As informações falsas apelam para o emocional do leitor ou do espectador, fazendo com que as pessoas consumam o material noticioso sem confirmar se é verdade, e na política esse uso tem sido cada vez mais frequente”.  Esse tipo de texto tem veiculação muito comum nas redes sociais como o whatsapp, facebook e instagram.

As eleições realizadas em 2014, são um exemplo da importância do uso das mídias sociais como um espaço de comunicação e de debate político. Até 2010, a estratégia dos candidatos era estar presente nas ferramentas mais populares e, normalmente, agir na rede como ação complementar de divulgação dos conteúdos das mídias tradicionais. Mas hoje, as agências que realizam as campanhas políticas estão cada vez mais engajadas dentro do marketing digital, utilizando as redes sociais para disseminar propostas e biografias dos candidatos. E como o meio digital é extremamente imediatista, elas se aventuram em um campo minado, um terreno cada vez mais fértil para as Fake News.

Notícias falsas em período eleitoral sempre existiram, é o que afirma o CEO da Agência Public, Marcelo Silva, “A forma como se disseminavam as mentiras só mudou, mas sempre existiu, panfletos sem assinaturas que soltavam na rua de madrugada são um exemplo disso, então a Fake News faz parte da política desde que a política é política”, relata. Nas últimas eleições, uma campanha política, de fato, foi realizada nas redes sociais por candidatos, eleitores e militâncias. “Nunca vi tanta gente discutindo política como na timeline do meu Facebook em 2018”, afirma Silva.

Trazer um político para as redes sociais tem o poder de aproximar e criar um relacionamento mais próximo entre ele e o eleitor, utilizando um canal de comunicação mais rápido, eficiente, que alcance milhares de pessoas, esse canal servirá para o candidato defender suas ideias e conversar com os seus eleitores e vice e versa. Para comunicar com um público mais jovem, redes são uma boa solução, onde o político consegue atingir o alvo em questão.

Votar não é uma tarefa simples, e quando se faz pela primeira vez, a ansiedade para que a escolha seja certa gera preocupação em alguns jovens, como é o caso do Dan Nasser de 16, “ É muita responsabilidade, confiar a alguém o seu futuro e de todas as outras pessoas que você conhece, ou não, precisa ser uma escolha muito bem pensada, eu estou ansioso para fazer isso, mas ao mesmo tempo apreensivo, vou precisar estudar bem os candidatos, conhecer mais um pouco sobre cada um e aí tomar uma decisão, o bom é que muitos estão usando as redes para propagar suas intenções, e isso já facilita”, comenta o estudante.

Em ano eleitoral as expectativas para os próximos dias são de muita movimentação nos veículos midiáticos, tanto para campanha política, quanto para disseminação de desinformação. Segundo a organização de pesquisa e petições online Avaaz em um levantamento sobre as Fake News, 7 em cada 10 brasileiros acreditam em notícias falsas. Ainda de acordo com o estudo, o WhatsApp é o principal vetor de notícias falsas, já o facebook aparece em segundo lugar no ranking, com 5 entre 10 internautas do país recebendo e repassando conteúdos mentirosos. O publicitário Luiz Fernando Alves afirma que entre a população mais velha a veiculação é muito recorrente, “O pessoal mais velho e, principalmente, menos escolarizado são os que mais recebem e compartilham notícias falsas, e esse fluxo aumentou muito durante a pandemia, primeiro por ser algo novo e ter muitas especulações, e segundo pela questão do conhecimento popular, que fez muita gente deixar de ir no médico e ficar em casa tomando chá de cravo com limão e acabar falecendo por falta de tratamento adequado”, conclui.

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