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Repensando e renovando a economia política da informação

Por:   •  22/5/2017  •  Resenha  •  739 Palavras (3 Páginas)  •  193 Visualizações

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        Repensando e renovando a economia política da informação é um artigo escrito por Vincent Mosco publicado na Revista Perspectiva em Ciência da Informação (jul./dez. 1998) que apresenta uma análise sobre economia política relacionada aos estudos da informação. Porém, antes de falar especificamente sobre economia política da informação o autor apresenta definições do conceito de economia política e também as características de sua abordagem, além de apresentar as escolas de pensamento dessa disciplina, com o intuito de contextualizar o leitor com o tema a ser desenvolvido de fato no artigo.

        Mosco inicia o artigo apresentando dois conceitos de economia política, sendo o primeiro, segundo ele, mais restrito, e que apresenta economia política como sendo “o estudo das relações sociais, particularmente as relações de poder, que mutuamente constituem a produção, distribuição e consumo de recursos, incluindo recursos informacionais”, e o segundo, mais genérico e ambicioso, que apresenta a economia política com “o estudo do controle e da sobrevivência”, sendo os processos de controle principalmente políticos e os processos de sobrevivência econômicos.

        Em seguida, o autor apresenta o que caracteriza a abordagem da economia política, apresentando quatro conceitos: história e mudança social; a totalidade social; filosofia moral; e praxis social. Percebe-se que ao definir esses quatro conceitos, Mosco procura sempre fazer um comparativo deles em fases diferentes da história, utilizando para isso os pensamentos de Adam Smith, Karl Marx e dos economistas-políticos da contemporaneidade, o que proporciona ao leitor o contato com perspectivas diferentes a respeito de um mesmo conceito.

No tópico a seguir, Vincent Mosco contextualiza a economia política historicamente apresentando suas escolas de pensamento. Primeiro a economia política clássica de Adam Smith, que posteriormente deu origem, segundo o autor, a uma divisão argumentativa. Sendo uma delas a ciência econômica, onde foram eliminados os interesses pela história, pela totalidade social, pela filosofia moral e pela práxis, e um segundo conjunto de estudos que reteve a preocupação com essas questões, de acordo com Mosco “esse conjunto constitui uma ampla variedade de abordagens acerca da economia política”, sendo importante destacar a escola de economia política gerada pelos movimentos sociais, em especial a vertente feminista e a ambientalista.

Após essa contextualização sobre economia política, o autor começa de fato a abordar a economia política da informação, e para isso ele divide sua abordagem em três diferentes perspectivas de análise político-econômica, a partir de um enfoque regional, a saber, enfoques norte-americanos, europeus e terceiro-mundistas. Na América do Norte, os estudos se desenvolvem tanto na tradição institucional quanto na marxista, pois há um interesse no crescimento, em tamanho e poder dos negócios transacionais de informação, mas também interesse pelas classes sociais e imperialismo da mídia. Já na Europa, o interesse está em inserir a pesquisa sobre informação na tradição da economia política, enfatizando o poder a partir de uma perspectiva de classe. E por último, no Terceiro Mundo, a corrente mais importante cresce em reposta ao modelo desenvolvimentista, que sustentava a tese de ser a mídia um recurso que estimularia a modernização econômica, social cultural, que foca na análise do poder das novas tecnologias em integrar a divisão global do trabalho.

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