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PLATÃO

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Por:   •  9/6/2013  •  687 Palavras (3 Páginas)  •  1.927 Visualizações

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PLATÃO: Idealismo, Virtude e Transcendência Ética

1. Virtuosismo platônico e socratismo

Platão (427-347 a.c.), discípulo mais notável de Sócrates e o fundador da Academia, por meio dos seus diálogos Fedros e República desenvolve os pressupostos elementares de pensamento socrático: a virtude é conhecimento e o vício existe em função da ignorância. Ao raciocínio socrático somam-se as influências egípcia e pitagórica o que torna o seu pensamento peculiar. Em sua exposição do problema ético está o entrelaçamento das preocupações gnosiológicas (teoria do conhecimento), psicológicas, metafísicas e éticas.

Todo o sistema filosófico platônico é decorrência de pressupostos transcendentes, quais a alma e a sua preexistência.

Platão, diferente de Sócrates, distancia-se da política. Enquanto Sócrates ensinava nas ruas da cidade, Platão decepcionado com o governo ensinava num lugar apartado, afastado das corrupções, a Academia.

Sócrates via na prudência a virtude de caráter fundamental para o alcance da harmonia social. Ela estava incorporada ao seu método de ensinar e ditar idéias, com vistas à realização de uma educação cidadã.

A ciência só é possível do que é certo, eterno e imutável. Somente as idéias são, para Platão, certas, eternas e imutáveis, tendo-se em vista que tudo o mais que se conhece é incerto, perecível e mutável. A alma, para Platão, deriva da contemplação das idéias perfeitas e imutáveis. Assim é que a opinião não é ciência, é algo entre o ser e o não ser, uma vez que não se estabelece, por meio desta, as bases de um conhecimento sólido e sustentável, permanecendo-se na inconstância da aparência, na fluidez insólita do relativo e particular.

2. Virtude e vício: ordem e desordem

Cada parte da alma humana exerce uma função, e estas funções delimitadas, sincronizadas e direcionadas para seus fins são a causa da ordem e da coordenação das atividades humanas. Assim, as diversas faculdades humanas estão dotadas de aptidão para a virtude, uma vez que a virtude é uma excelência, ou seja, um aperfeiçoamento de uma capacidade ou faculdade humana suscetível de ser desenvolvida e aprimorada.

O virtuosismo platônico tem a ver, portanto, com o domínio das tendências irascíveis e concupiscíveis humanas, tudo com vistas à supremacia da alam racional. Então, virtude significa controle, ordem, equilíbrio, proporcionalidade, sendo que a alma irascível e concupiscente submete-se aos comandos da alma racional, esta sim soberana. Desse modo, boa será a conduta que se afinar com os ditames da razão.

A harmonia, uma vez dominados os instintos ferozes o descontrole sexual, a fúria dos sentimentos, surge como conseqüência natural, permitindo à alma fruir de bem-aventurança dos prazeres espirituais e intelectuais. A ética que deflui da alma racional é exatamente a de estabelecer este controle e equilíbrio entre as partes da alma, de modo que o todo se administre por força racional e não irascível.

O vício, ao contrário da virtude, está onde reina o caos entre as partes da alma. De fato, onde predomina o levante das partes inferiores com relação à alma racional, aí está implantado o reino do desgoverno,

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