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Resenha obra de Platão “A República”

Resenha: Resenha obra de Platão “A República”. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/9/2013  •  Resenha  •  6.758 Palavras (28 Páginas)  •  686 Visualizações

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RESENHA DO LIVRO:

A REPÚBLICA

PLATÃO

“A REPÚBLICA”

Esta obra de Platão “A República”, discute a questão do conhecimento. Qual a visão que as pessoas tem sobre as coisas. Seu mestre maior é Sócrates e sua obra é toda em diálogos. Platão através da comunicação tenta mostrar para os que pensavam que eram muito sábios, que ainda tinham muito a aprender. Dentre muitos assuntos, discute-se sobre a velhice, o amadurecimento, a mudança de caráter, a justiça, o conhecimento, a verdade, o Bom e o Belo, etc., e procura discutir se as opiniões são verdadeiras ou não. Ele se diz ignorante a procura de conhecimento e faz várias perguntas mostrando que aquele que se dizia mestre no assunto realmente não sabe nada. Essa é uma das grandes lições desse livro, nunca uma pessoa conseguirá ter conhecimento suficiente para não precisar aprender mais nada. A vida é um eterno aprender.

Este livro se constitui em diálogos como já foi dito anteriormente e é desta forma que Platão nos convida a fazer uma reflexão sobre vários pontos da conduta humana, sempre mostrando que nunca chegaremos ao ponto final do conhecimento, pois ele não existe. Temos diariamente a necessidade de aprender e sempre precisamos estar em busca de mais informações, pois elas nunca se esgotam.

Outro ponto importante enfocado por Platão é a justiça, pois esta deve se o bem de todos e não o bem do mais esperto e aproveitador ou do mais forte, como queria Trasímaco, em um de seus diálogos. O bem deve ser visto para todos em beneficio de todos e este só se conquista através de ações justas, racionais e universais.

Platão também discute a questão da racionalidade. Para ele as pessoas devem se guiar pelo pensamento racional, pois só assim o homem poderá diferenciar o caminho no qual deverá seguir, se afastando dos caminhos incorretos. Desta forma, não será a conveniência do mais forte que deverá prevalecer e sim a justiça e é através dessa justiça que as coisas devem se constituir. A justiça a ser seguida deve ser a mais ampla e não apenas a justiça individual, pois essa poderia levar a interesses egoístas. Ele utiliza a expressão “a semelhança do maior na forma do menor”, isto é, a investigação da justiça numa escala mais ampla para poder reduzir de maneira mais justa aos indivíduos, só assim não cairá nos interesses individuais, podendo desta forma, ocorrer a injustiça.

Ele também admite que as pessoas são diferentes e assim devem ocupar lugares e funções diversas na sociedade. Na sua utopia, imagina que todas as crianças devem ser criadas pelo Estado e até vinte anos todos merecem a mesma educação. Então ocorre o primeiro corte, e definem-se as pessoas que, por possuírem “alma de bronze”, têm uma sensibilidade grosseira e por isso devem se dedicar à agricultura, ao artesanato e ao comércio. Cuidarão da subsistência da cidade.

Outros continuam os estudos por mais dez anos, quando ocorrerá um segundo corte. Aqueles que têm “alma de prata” e a virtude da coragem essencial aos guerreiros deverão constituir a guarda do Estado, os soldados, que cuidarão da defesa da cidade.

Os mais notáveis, que sobraram desses cortes, pois têm a “alma de ouro”, serão instruídos na arte de pensar a dois, ou seja, na arte de dialogar. Conhecerão a filosofia, que eleva a alma até o conhecimento mais puro e é a fonte de toda verdade.

Aos cinqüenta anos, aqueles que passaram com sucesso por essa série de provas estarão aptos a serem admitidos no corpo supremo dos magistrados. Caberá a eles o exercício do poder, pois apenas eles têm ciência da política. Como são os mais sábios, também serão os mais justos, uma vez que o mais justo é aquele que conhece a justiça. A justiça constitui a principal virtude, a própria condição das outras virtudes. Sua função é manter a cidade coesa. E justamente depois de terem adquirido tanto conhecimento através da experiência e dos estudos é que poderão ocupar essas funções de tamanha importância dentro da polis. Eles serão os mestres a serem seguidos pelos demais, por isso é que poucos chegam à esses lugares.

A proposta de Platão leva a um modelo aristocrático de poder. Mas não se trata de uma aristocracia da riqueza, mas da inteligência, em que o poder é confiado aos melhores. Só serão considerados os melhores os que também forem os mais sábios e assim mais justos.

Esse estado de coisas pode degenerar, e de sua decadência aparecem outras formas de governo: a timocracia, quando o culto da virtude é substituído pela norma guerreira; a oligarquia, quando prevalece o gosto pelas riquezas, e o censo é a medida de capacidade para o exercício do poder; a democracia, quando o poder pertence ao povo, que, sendo incapaz de conhecer a ciência política, facilita, através da demagogia, o aparecimento da tirania; esta é a pior forma de governo, exercido por um só homem através da força. Existe uma preocupação quanto a constituição do estado.

É também necessário diferenciar o belo em si e o Belo como conhecimento verdadeiro. Para ele existe o Belo em si e o Bom em si, e, do mesmo modo relativamente a todas as coisas que então postulamos como múltiplas e inversamente postulamos que a cada uma corresponde a uma idéia, que é única e chamamo-la a sua essência: o espírito humano precisa saber discernir e amar o belo em si e não apenas a aparência. Platão prioriza muito essa questão do visível e do intelegível. Só o homem que consegue ter essa visão possui realmente o conhecimento, pois o que contempla as aparências são levados pela opinião e isto não deve acontecer.

O se humano deve seguir o caminho da razão, pois sem esta não há desenvolvimento moral nem estético ou qualquer outro possível. Esses elementos racionais só podem ser encontrados na alma ou na psique do Homem, assim o conhecimento é sempre a vitória da ordem sobre o caos, o Homem nunca deve deixar se disvirtuar, mesmo sendo uma tarefa árdua.

A tarefa também deve ocorrer a partir de uma República bem organizada, onde cada um faz sua parte em benefício de todos, e cada pessoa deve ocupar uma função dentro da pólis, aquela a qual a sua natureza é mais adequada, como já foi explicado a cima no texto. A pessoa deve se pautar sempre pela justiça só assim executará de maneira responsável sua tarefa.

Platão ilustra bem a questão do conhecimento através do “mito da caverna”. Imagina uma caverna onde estão acorrentados os homens,

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