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Resumo - Eros E Civilização.

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Por:   •  20/5/2014  •  1.387 Palavras (6 Páginas)  •  401 Visualizações

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Eros e Civilização: Uma interpretação filosófica do pensamento de Freud, livro escrito pelo sociólogo e filósofo alemão Herbert Marcuse, em 1955, com o título original "Eros and Civilization - a philosophical inquiry into Freud", e traduzido por Álvaro Cabral trás uma visão filosófica e sociológica com base nas teorias freudianas e psicanalíticas.

Segundo o autor, o título da obra é otimista e indica como a sociedade industrializada avançada e os homens conseguiriam evitar a destruição e repressão, por exemplo, e conseguiriam sustentar os instintos vitais e lutar contra a morte. Todavia, outras formas de controle social foram implementadas para reprimir a necessidade de libertação dos indivíduos.

Entre as características da sociedade atual estão as pessoas que se adaptarem a contínua produção e consumo, a criação de novos inventos, as ações que tornam os produtos obsoletos, aos meios de destruição e a necessidade que as pessoas sentem de comprarem e renovarem seus produtos.

"O povo, eficientemente manipulado e organizado, é livre; a ignorância e a impotência, a heteronomia introjetada, é o preço de sua liberdade", através deste trecho escrito por Herbert Marcuse é possível entender sua opinião a respeito da vida em sociedade atual em que as necessidades instintivas se transformaram. De acordo com Herbert Marcuse, as mercadorias são os novos objetos da libido. O ódio pelo inimigo nacional ajuda a satisfazer a necessidade de agressividade do inconsciente e a democracia permite as pessoas a escolherem seus governantes e a participarem.

Para Herbert Marcuse, apesar de sermos cada vez mais livres, principalmente no quesito de liberdade sexual, também estamos cada vez mais presos a um sistema que prática crimes contra a humanidade para conseguir o que deseja. A liberdade econômica é comentada pelo autor que explica que os produtos dela são a pobreza e a exploração. Os escravos são parte do passado e as pessoas servem ao sistema, em nome do progresso, em uma espécie de servidão voluntária.

Quando o autor escreveu a tese de Eros e Civilização, ele argumentou que o seu propósito foi retratar como o homem conseguiria reconstruir o sistema produtivo, se libertar e se desenvolver, todavia o que se observou foi somente uma mudança do conflito. "As pessoas livres não necessitam de libertação e as oprimidas não são suficientemente fortes para libertarem-se", descreve Herbert Marcuse.

Ainda segundo Herbert Marcuse, todo o desenvolvimento técnico e científico ao mesmo tempo em que trouxe benefícios, também criou uma espécie de guerra em sociedade, na qual os cidadãos podem não perceber seus efeitos, mas as vítimas sentem. O sistema de exploração e repressão abrigam o desenvolvimento e seus produtos que possibilitam a destruição em massa.

De acordo com Marcuse, ao interromper o excesso de produção de bens supérfluos e destrutivos, o autor acredita que o homem deixaria de sofrer fisicamente e mentalmente. O autor ainda explica que toda a repressão e exploração gera uma produtividade agressiva e faz com que aconteçam guerras, nas quais mesmo sem saber exatamente como funciona a sociedade, os rebeldes sentem uma necessidade de libertação.

Ao mesmo tempo em que o sistema reprime os indivíduos, esta sociedade protege a vida, mas Herbert Marcuse acredita que a agressão retida é pior do que a agressividade natural em defesa da vida. Se o progresso continuar sendo valorizado desta forma, o sistema pode passar pela auto desintegração. Herbert Marcuse cita fatores como a necessidade cada vez maior de trabalho, o crescente desperdício de recursos, a criação de empregos desnecessários e o crescimento do setor militar ou destrutivo.

Em meio a essa guerra não tão invisível, o filósofo explica que os jovens estão na linha da frente, pois eles desejam viver e lutar contra a morte. Por mais que a vida seja prolongada através de recursos, a sociedade busca cada vez mais o "atalho para a morte", um sistema que só pensa no desenvolvimento econômico e se esquece do ser humano.

Herbert Marcuse explicou as fronteiras entre filosofia, política e psicologia já não existem e que os três estão relacionados. O filósofo explicou que através de sua tese ele buscou analisar a filosofia da psicanálise de Freud (suas implicações filosóficas e sociológicas), não ela em si. Freud acreditava que a história da civilização está atrelada à repressão do homem, condição prévia do progresso. Ainda de acordo com o Pai da Psicanálise, sem a repressão, o homem seria livre para fazer tudo o que o trouxesse prazer. "O Eros incontrolado é tão funesto quanto a sua réplica falta, o instinto de morte", acrescente Herbert Marcuse.

Sacrifício da libido, repressão e ausência de liberdade são alguns dos reflexos da civilização. O homem teve que aprender a controlar o seu instinto (impulsos primários) e diferenciou-se dos outros animais, transformando os seus instintos e princípios. O princípio do prazer transformou em princípio de realidade: a busca pela satisfação imediata é substituída pela satisfação adiada, o prazer torna-se restrito, as atividades lúdicas perdem espaço para o esforço laboral, a produtividade é cada vez mais incentivada e a segurança ganha destaque. Freud considerava esta transformação de princípios um grande acontecimento traumático no desenvolvimento do homem.

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