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SOCRATES: ÉTICA, EDUCAÇÃO, VIRTUDE e obediência

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Por:   •  28/2/2014  •  Resenha  •  2.864 Palavras (12 Páginas)  •  2.910 Visualizações

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SOCRATES: ÉTICA, EDUCAÇÃO, VIRTUDE E OBEDIENCIA.

Uma das figuras mais emblemáticas da filosofia ocidental, Sócrates é um divisor de águas para a filosofia antiga. Isto porque situava o seu pensamento e especulações na natureza humana e suas implicações ético-sociais e não na cosmovisão das coisas e da natureza. Sócrates não deixou obras escritas, razão pela qual tudo o que sabemos a seu respeito tem origem no trabalho dos outros. Estima-se que tenha nascido em Atenas por volta do ano 469 A.C., tendo sido condenado à morte pelos juízes desta cidade no ano de 399 A.C. Mas, o que faz o seu pensamento um importante marco na história da ética?

Pois bem, Sócrates erigiu uma linha de pensamento autônoma e originária que se voltava contra o despotismo das palavras, interagindo e reagindo ao movimento dos sofistas, muito em voga nesse período da história grega. Seu método maiêutico era baseado na ironia e no diálogo, tendo como finalidade uma parturição de idéias. Logo, para Sócrates, todo erro é fruto da ignorância e toda virtude é conhecimento. Daí a importância de reconhecer que a maior luta humana deve ser pela educação e que a maior das virtudes é a de saber que nada se sabe.

A ética socrática reside no conhecimento e em vislumbrar na felicidade o fim da ação. Essa ética tem por objetivo preparar o homem para conhecer-se, tendo em vista que o conhecimento é a base do agir ético. Ao contrário de fomentar a desordem e o caos, a filosofia de Sócrates prima pela submissão, ou seja, pelo primado da ética do coletivo sobre a ética do individual. Neste sentido, para esse pensador, a obediência à lei era o limite entre a civilização e a barbárie. Segundo ele, onde residem as ideias de ordem e coesão, pode-se dizer garantida a existência e manutenção do corpo social. Trata-se da ética do respeito às leis,e, portanto, à coletividade.

A abnegação pela causa da educação dos homens e pelo bem da coletividade, levou Sócrates a se curvar ante o desvario decisório dos homens de seu tempo. Acusado de estar corrompendo a juventude e de cultuar outros deuses, foi condenado a beber cicuta pelo tribunal ateniense. Sócrates resignou-se à injustiça de seus acusadores, em respeito à lei a que todos regiam em Atenas.

Para esse proeminente filósofo grego, o homem enquanto integrado ao modo político de vida deve zelar pelo respeito absoluto às leis comuns a todos, mesmo em detrimento da própria vida. O ato de descumprimento da sentença imposta pela cidade representava para Sócrates a derrogação de um princípio básico do governo das leis, qual seja, a eficácia. Segundo Sócrates, com a eficácia das leis comprometida, a desordem social reinaria como princípio.

Assim, são muitas as lições trazidas pela ética socrática: o conhecimento como virtude; a educação como forma de conhecer a si mesmo e, por consequência, conhecer melhor o mundo para alcançar a felicidade; a primazia do coletivo sobre o individual e, a obediência às leis para garantir a ordem e a vida em sociedade. Sábias ideias. Se os agentes políticos e a sociedade em geral pensassem assim, teríamos, com certeza, um país mais justo e solidário.

Sócrates: ética, educação, virtude e obediência

A filosofia socrática e o testemunho ético.

Muito já se discutiu a respeito de Sócrates (469-399 a.C.) e de sua filosofia. Sua vivência foi sua obra, e seu testemunho, grande contribuição ética e filosófica. Sócrates conviveu com o povo ateniense do século V a.C. (século de Péricles), que inscreveu seu método e suas preocupações em plena glória da civilização grega, e nas praças públicas e no solo da cidade.

Sócrates é, sem dúvida alguma, divisor de águas para a filosofia antiga, sobretudo pelo fato de situar seu campo de especulações não na cosmovisão das coisas e da natureza, mas na natureza humana e em suas implicações ético-sociais. É, de fato, interagindo e reagindo ao movimento dos sofistas, que faz seu pensamento um marco na história da ética, levando uma linha de pensamento autônoma e originária que se voltasse contra o poder absoluto nesse período da história grega.

Seu método maiêutico, baseado na ironia e no diálogo, possui como finalidade a parturição de idéias, sendo sua tarefa primordial, a fim de despertar nas almas o conhecimento, Isso porque todo erro é fruto da ignorância, e toda virtude é conhecimento. Tendo como importância o reconhecimento que a maior luta humana deve ser pela educação (Paidéia), e que a maior das virtudes (areté) é a de se saber que nada se sabe.

A abnegação pela causa da educação das almas, bem como pelo bem da cidade, representou, como testemunho de vida, ao menos um dos maiores exemplos históricos de autoconfiança e de certeza no que se dizia; condenado a beber cicuta (planta venenosa) pelo tribunal ateniense, não se desviou da sentença e curvou-se ante o desvario decisório dos homens de seu tempo. A acusação que prendia sobre sua cabeça era de que estaria corrompendo a juventude e cultuando outros deuses e, apesar de ter-se dedicado a vida inteira a pregar o contrário disso, aceitou a injustiça de seus acusadores, em nome do respeito à lei que a todos regia em Atenas.

A partir dessas noções primordiais pode-se discutir qual o significado da ética para Sócrates.

A ética socrática

O pensamento socrático é profundamente ético. Reveste-se, em todas aas suas latitudes, de preocupações ético-sociais, envolvendo-se em seu método maiêutico todo tipo de especulação temática impassível de solução (que é a justiça? que é o bem? que é a coragem?...). O que se conhece de Sócrates é, portanto, mais fruto de leitura dos diálogos platônicos, que de uma obra por ele escrita, extraindo muito menos respostas e muito mais perguntas, e, assim mesmo, seu valor é inestimável para a história da ética, sobretudo tendo-se vista que com Sócrates a filosofia se converteu em éthos.

Isso porque a filosofia socrática possuiu um método, e esse método faz o filósofo, como homem, fixar-se por meio de laços morais aos homens em meio à cidade (polis). É do convívio, da moralidade, dos hábitos e práticas coletivas, das atitudes do legislador, da linguagem poética... que surgem os temas da filosofia socrática.

Sócrates, em verdade, pode ser dito o iniciador da filosofia moral e inspirador de toda uma corrente de pensamento. Sua contribuição surge como uma forma de rivalidade:

a) Aos sofistas,

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