Ética, Felicidade e Liberdade

Ética, felicidade e liberdade?

O que essas três palavras têm em comum? Elas podem significar a busca de objetivos para se sentir completo, ou são meios para alcançar o bem que para a sociedade é o certo?

Devemos refletir o que é ser ético em tempos de falta de moral na busca do poder. O que é ser feliz em tempos de “facebook”, onde todos são alegres e demonstram riqueza e poder. E o que é liberdade em que às vezes temos de abdicar de sonhos em vez de correr atrás do que nos faz feliz realmente?

Desde tempos remotos, o homem e principalmente a mulher, não podiam escolher o que lhes fazia feliz. Precisavam “optar” obrigatoriamente por casar, ter filhos, assumir negócios da família, etc. Havia muitas alianças em que os “pequenos” príncipes e princesas eram prometidos a alguém em virtude de manter um determinado poder.

Ser humano não é fácil. De um lado estão a moral e os bons costumes perante à sociedade, de outro lado, está sua própria intuição, seu eu, seu emocional e suas próprias crenças. Somos criados para sermos boas pessoas com grandes responsabilidades, ouvimos o tempo inteiro que precisamos “ser alguém”, ser bem-sucedido, casar, constituir família, ter uma casa, ter conta no banco e trabalhar, trabalhar, trabalhar.

Mas, e o próprio eu, será que em meio à vida corrida temos tempo para olharmos para nós mesmos? Infelizmente este ser é esquecido ao longo do tempo, ou talvez nem é conhecido.

Começa assim a trajetória de um ser humano sem liberdade, quando começa a criar consciência e tomar suas próprias decisões, somos ditos de rebeldes, antissociais, criando um ambiente de desarmonia entre o seu eu e a sociedade. E então precisamos atuar para vivermos em harmonia, começamos a estudar um curso que seja “rentável”, depois temos que ter um trabalho “bem visto”, logo somos pressionados a “namorar” e por aí vai. Externamente a moral é empregada, e internamente está nossa própria felicidade.

Acredito que para ter liberdade, precisa fazer parte da sociedade, para que esta possa confiar e aos poucos, você mostra que é possível viver com novos pensamentos, mostra novos modos de vida, aí então conseguimos nossa própria liberdade.

Assim, podemos planejar uma nova vida, aquela que cada ser, pela aquisição de consciência, gostaria realmente de viver. E consequentemente ser feliz, porque na verdade, existem pessoas que realmente são felizes. Podemos pensar que a felicidade, a ética e a liberdade sempre estiveram condicionadas a outros interesses, bens maiores e pelo poder de outros.

Então a questão é: conseguimos abandonar o nosso ego e ser felizes ou buscar a nossa liberdade interior sem esperar o julgamento de outros? Ou vamos continuar como máquinas, fazendo tudo automaticamente buscando uma esperança de felicidade que não está no mundo exterior?

Portanto, a verdadeira felicidade, liberdade e os valores morais que carregamos conosco ao longo da vida, está justamente no autoconhecimento.