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História Da Loucura

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Por:   •  7/7/2013  •  791 Palavras (4 Páginas)  •  528 Visualizações

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Michel Foucault nasceu em Poitiers, no dia 15 de outubro de 1926 e veio a falecer em junho de 1984. Seguindo uma profissão diferente de seus pais médicos. Ele caminhou para a filosofia seu primeiro trabalho foi em 1954, com a publicação do livro, "Doença mental e personalidade”, mas foi só em 1961 que ele se firmou como filósofo com sua tese de doutorado "História da Loucura", e que por sinal é o que vamos relatar um pouco nesse trabalho.

Para Foucault o problema de toda uma sociedade começa quando um individuo tem uma incapacidade para o trabalho, uma incapacidade para interagir com os demais do grupo, quando o individuo deixa de ser “lucro” e passa a ser um “problema”. É nesse contexto que o chamado internato funcionava, ele retirava da cidade todos aqueles indivíduos “a-sociais”, colocando-os em prisões, casas de correção, hospitais psiquiátricos ou em gabinetes de psicanalistas. Foucault resaltava que nesses hospitais gerais do século XVll não havia um isolamento terapêutico, mas sim uma segregação dos loucos e dos doentes venéreos. Os médicos eram proibidos de reconhecer e curar os doentes. Nessa época, a loucura é relacionada ao pecado. E é por isso que será estabelecida, por séculos, uma aliança entre o desatino e a culpabilidade. Como consequência, os loucos são castigados nos hospitais para pagarem seus pecados; e só depois de terem acertado as contas com Deus o paciente é declarado curado e mandado embora. Depois de um processo de exclusão “despercebida”, a sociedade deu-se conta de que o internamento não representou somente um papel negativo de exclusão, mas sim um papel positivo de organização. Foi possível areorganização do mundo ético, novas linhas de divisão entre o bem e o mal em estabelecimento de novas normas na integração social. Esta oposição entre bons e maus vai levar a uma divisão da loucura, segundo esta dicotomia. A miséria perde o sentido místico porque ela não remete mais à presença de Deus. Enquanto o louco da Idade Média era considerado como sagrado, no século XVII ele foi dessacralizado,. Assim, a loucura, antes de natureza religiosa, passa a ser puramente moral, confrontando os costumes e ultrapassando os limites do que se considerava normal.

A loucura, até o final do século XVIII, teve existência relacionada com a razão. Elas estavam extremamente implicadas. Esta se integrava na razão podendo até ser uma forma de sua manifestação. A loucura levava à sabedoria, e a razão toma consciência da loucura.

Já a partir do século XVIII, a loucura está fora da interlocução com a razão. Por isso, o homem da contemporaneidade deixou de se comunicar com o louco. Assim, a ciência a transformou numa patologia. Para ela, quem percebia o verdadeiro, a essência das coisas, estava longe de ser um insensato. E o louco era desprovido destes atributos. A exclusão topográfica foi substituída pela exclusão lógica. Para exercer sua cidadania no seu território, só há duas alternativas ao louco: se perder pelos rios e mares ou ser confinado sobre grades. No fim do século XVIII há um total de cento e vinte e seis casas de correção na Inglaterra. Anos depois se espalham por toda a Europa. A própria população ajuda a isolar os insanos, segregando-os e atribuindo-os uma nova pátria. O internamento aparece como algo desumano, onde revela que os insanos não podiam responder por si mesmos

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