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Análise do texto: Memória e História em livros didáticos de História

Por:   •  2/1/2017  •  Dissertação  •  871 Palavras (4 Páginas)  •  521 Visualizações

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Análise do texto: Memória e História em livros didáticos de História: PNLD in perspective Fabiana Rodrigues de Almeida, Sônia Regina Miranda.

O autor do texto traz uma reflexão sobre a memória e a contemporaneidade utilizando diversos autores. Para tanto, evidencia que a memória era entendida como a base para compreensão de fenômenos políticos e sociais, que vivenciamos na contemporaneidade. Entretanto elucida que a memória vai além desta definição, sendo a construção do saber histórico e dos sentidos de continuidade da vida.

Desta forma o autor afirma que a memória está interligada a todas as áreas da nossa vida e em múltiplas manifestações,  o que contribuiu para que a memória se convertesse em uma mercadoria na contemporaneidade, onde o autor citando Andreas Huyssen (2000) denomina como sedução pela memória. Para ele isso traduz o interesse das sociedades contemporânea Ocidental pela pelo registro e preservação das lembranças.

Nesse contexto, entende-se que as projeções do futuro estão vinculadas a um desejo de memória para isso o autor cita Nora (1993), que denomina o desejo dessa  produção excessiva como lugares de memórias. Assim, para uma sociedade que produz diariamente informação é preciso produzir diversos recursos de memória,  o que não permitirá que tudo seja esquecido. 

 Neste sentido são comuns os movimentos de determinados grupos sociais em busca de produzir suas memorias antes esquecidas, para que desta forma tenha seu lugar no mundo como sujeito na história como os movimentos negros que por meio de suas reinvindicações tiveram sua história inserida no currículo escolar, bem como a conquista de cotas nas universidades.  À instituição da “Comissão da Verdade” que não visa apenas punir os responsáveis pela tortura, mas também fazer conhecida esta parte da história. É certo, que existem diversos outros movimentos ao redor do mundo em que a mobilização da memória é um instrumento para a preservação dos mesmos.

Para o autor a escola é um lugar potencialmente atravessado por memórias. Desta forma o ensino de história nas escolas tem como desafio a própria memória no tempo presente, isso devido ao fato de se tratar de uma memória que busca espaço, aquece o mercado de consumo,  e determina o que deve ser preservado. Não se pode cometer o erro de pensar que história e memória são as mesmas coisas, a memória nos faz seres únicos nos remete a vida, e a história a usa como fonte para se compreender os fatos. 

Para o autor a memória corre grandes ricos, a história está liga a dúvidas e questionamentos, enquanto que a memória está relacionada com a produção de sentido, ou seja, certeza. Partindo deste pressuposto ao dissociar história de memória, dentro das salas de aula no ensino da história a memória perdeu o seu espaço discursivo. Portanto o maior desafio para o ensino de história nas salas de aula é promover um diálogo entre os dois campos do saber para o desenvolvimento de uma educação em que se perceba,  que a memória é o elemento essencial para formação do pensamento histórico. Esse diálogo possibilita a construção da identidade, onde a criação de sentido se forma por meio da evocação da Memória em uma relação temporal de experiência do passado e a expectativa de futuro.

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