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EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

Por:   •  13/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.797 Palavras (8 Páginas)  •  169 Visualizações

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Expansão Marítima

Rayssa Teixeira Chaves Dulovschi | 2ºEnsino médio regular | 12/05/2021


EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA  

Portugal foi pioneiro na expansão marítima por conjugar alguns fatores políticos, sociais, econômicos e técnicos que possibilitaram a procura por novas rotas de comércio com os mercados orientais. Essa burguesia estava se consolidando no comércio da região desde a terceira cruzada, sendo que Lisboa havia se transformado em um importante entreposto comercial entre o mar mediterrâneo e o mar do Norte, gerando um fluxo muito grande de recursos financeiros à burguesia local. A burguesia estava ainda mais interessada no comércio de especiarias com o Oriente, devido aos enormes lucros que esse comércio proporcionava. O resultado foi a elaboração de mapas que iriam orientar as viagens, a criação de novas embarcações, como as caravelas, e o aperfeiçoamento de instrumentos de navegação como a bússola e o astrolábio.

Uma das dificuldades era ultrapassar o Cabo Bojador, próximo ao trópico de capricórnio, o que foi realizado após 15 tentativas, por Gil Eanes, em 1434. Como eram lugares desconhecidos dos europeus, havia o mito de se tratar de uma zona inabitável devido ao calor e aos monstros lá existentes. Com a passagem por esse cabo foi possível continuar a empreitada. Outra dificuldade era ultrapassar o Cabo das Tormentas, no extremo sul da África, feito conseguido por Bartolomeu Dias, em 1488.

Dez anos após a passagem pelo Cabo da Boa Esperança, foi possível a Vasco da Gama chegar às Índias, em 1498, realizando o périplo africano e abrindo uma nova rota marítima para o Oriente. Os lucros foram fabulosos, o que estimulou novas expedições.

Expansão Marítima Europeia

A partir do século XV, sob a liderança de portugueses e espanhóis, os europeus começam um grande processo de globalização, a Expansão Marítima que também ficou conhecida como as Grandes Navegações e tinha como principais objetivos: obter riquezas tanto pela exploração da terra quanto pelo trabalho escravo, pela pretensão de expansão territorial, pela difusão do cristianismo para outras civilizações e também pelo desejo de aventura e pela tentativa de superar os perigos do mar.
Na Expansão Marítima Europeia é comum encontrarmos referências aos perigos dos mares, a inexperiência dos navegadores, dão a impressão de que os europeus não tinham nenhum aparato técnico e tecnológico para a época, e parece-nos que quando iriam lançar-se ao mar, estariam caminhando na escuridão, sem visão e sem destino. Devemos pensar como essas ideias foram surgindo no pensamento dos europeus no século XV. Desde a Idade Média a Igreja Católica era detentora de enormes poderes políticos e espirituais. Portanto, a Igreja disseminava teorias sobre as coisas naturais, humanas e espirituais para exercer o seu poder. Geralmente, aqueles que contrariavam as teorias Teocêntricas da Igreja sofriam sérias perseguições. Além disso, o catolicismo exercia a proibição e a censura de certos livros, principalmente dos filósofos da antiguidade clássica (Platão, Aristóteles, Sócrates). O português D. Henrique iniciou em Sagres um local de estudos que reuniu navegadores, cartógrafos, cosmógrafos e outras pessoas curiosas pelas viagens marítimas.
Este local de estudos ficou conhecido como Escola de Sagres, nesta escola desenvolveram novos estudos sobre técnicas de navegação, aperfeiçoaram a bússola, o astrolábio, produziram constantes mapas das rotas pelos oceanos e criaram  categorias de embarcações, por exemplo, as caravelas, mais leves e movidas por velas latinas de formato triangular, que facilitavam as manobras em alto mar e propiciavam percorrer maiores distâncias.
Acreditamos que a presença dos medos imaginários existiu, mas as inovações técnicas e tecnológicas deram outro olhar para as navegações, permitindo a Expansão Marítima Europeia.
A difusão da ideia da chegada ao continente americano por parte dos portugueses não passa de um possível enaltecimento dos feitos lusitanos, que teriam enfrentado o mar tenebroso e heroicamente encontrou o “Novo Mundo”. Sobre a desconstrução do acaso, existem relatos que comprovam que outros navegadores chegaram antes de Pedro Álvares Cabral, forma eles: o italiano Américo Vespúcio, o espanhol Vicente Pinzón, e Diego de Lepe, mas não tomaram posse da terra.
Portanto, se outros navegantes passaram pelo litoral do atual Brasil antes da esquadra de Cabral, possivelmente eles saberiam o trajeto para chegar.
 Nos relatos dos tripulantes, não há referência a tempestades e turbulências no mar; pois mesmo se estivessem perdidos no mar a bússola e o astrolábio orientariam os navegadores geograficamente, e com certeza saberiam a posição que se encontravam.

Grandes navegações portuguesas

Quando o assunto são as Grandes Navegações, o pioneirismo português sempre se destaca. Foi a partir do exemplo dado por Portugal que outros países da Europa, como Espanha e França, lançaram-se à navegação e exploração do Oceano Atlântico. O pioneirismo português foi resultado de uma série de condições que permitiram a esse pequeno país da Península Ibérica lançar-se nessa empreitada.

Na época, Portugal reunia condições políticas, econômicas, comerciais e geográficas que tornaram possível seu papel pioneiro. O resultado disso foi a “descoberta” de diversos locais desconhecidos pelos europeus, além da abertura de novas rotas e o surgimento de novas possibilidades de comércio. Para os portugueses, todo esse processo culminou na chegada da expedição de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, em 1500.

Alguns fatores explicam esse pioneirismo de Portugal:

  • Monarquia consolidada;
  • Território unificado;
  • Investimento no desenvolvimento de conhecimento náutico;
  • Interesse da sociedade na expansão do comércio;
  • Investimentos estrangeiros no comércio;
  • Posição geográfica.

No século XV, Portugal era uma nação politicamente estável. Essa estabilidade foi garantida pela Revolução de Avis, realizada entre 1383 e 1385. Com isso, Portugal teve melhores condições para investir no desenvolvimento do comércio e da tecnologia náutica. Em comparação, as nações vizinhas (Espanha, França e Inglaterra) ainda procuravam estabilidade política nesse mesmo período.

Outro fator era a questão territorial, uma vez que o território português já havia sido consolidado desde o século XIII, quando a região de Algarve foi reconquistada dos mouros (muçulmanos que invadiram a Península Ibérica no século VIII). Os vizinhos espanhóis, por exemplo, só garantiram certa unificação territorial no final do século XV.

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