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HUNT, Lynn. Formas simbólicas da prática política. fichamento

Por:   •  11/4/2018  •  Resenha  •  2.798 Palavras (12 Páginas)  •  349 Visualizações

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Da queda da Bastilha, até a ascensão de Napoleão. “Cada evento requereu proclamações, pronunciamentos, relatórios e por fim festivais e revisões de festivais”.

“Muitas interpretações diferentes são encontradas nessas intermináveis produções de palavras”.

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As roupas (indumentária) tinham associação com à restauração do realismo francês.

Segundo La Harpe: “O significado político estava fortemente entremeado a uma variedade de expressões simbólicas, nas quais as palavras eram apenas o ‘principal instrumento’”.

“Durante a Revolução, até os mais ordinários objetos e costumes tornaram-se emblemas políticos e potenciais fontes de conflito político e social. Cores, adornos, vestes, louças, dinheiro, calendários e cartas de baralho tornaram-se ‘sinais de filiação’ a um lado ou a outro”.

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“Esses símbolos não expressavam simplesmente posições políticas, eram meios pelos quais as pessoas se apercebiam de suas posições. Tornando clara uma posição política, possibilitavam a adesão, a oposição e a indiferença. Dessa maneira, constituíam um campo de luta política”.

“Na retórica revolucionaria, o poder provinha da nação (ou do povo) ...No avanço impetuoso dos eventos revolucionários, era difícil localizar a legitimidade de qualquer governo. Ter poder, nessa situação, significava ter algum tipo de controle, ainda que breve, sobre a articulação e o emprego de manifestações exteriores da nova nação”.

Os símbolos e rituais da revolução eram mais duradouros por serem mais coletivos e reproduzíveis. (Árvore e barretes de liberdade, figuras femininas da liberdade, etc.)

“Os símbolos e rituais políticos não eram metáforas do poder; eram seus próprios meios e afins”.

Segundo o autor: “O exercício do poder sempre requer praticas simbólicas”.

“Não é possível governar sem histórias, sinais e símbolos que, de inúmeros modos tácitos, transmitam e reafirmem a legitimidade de governar. Em certo sentido, legitimidade é a concordância geral sobre sinais e símbolos”.

“Quando um movimento revolucionário contesta a legitimidade do governo tradicional, tem necessariamente de contestar também seus adornos tradicionais. Depois precisa inventar símbolos políticos que expressem acuradamente os ideais e princípios da nova ordem”.

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“A Revolução Francesa deu um destaque extraordinário ao processo de criação de símbolos”.

“Os franceses não começaram com um partido organizado ou um movimento coerente; não tinham emblemas, apenas alguns lemas simples. Inventaram seus símbolos e rituais à medida que avançaram”.

“A monarquia francesa havia demonstrado o poder dos símbolos”.

O poder praticamente coincidia com o aparato simbólico da monarquia, em especial, em volta do monarca.

“Para tomar o poder para si, os franceses tiveram de eliminar todas aquelas ligações simbólicas com a monarquia e o corpo do rei. Isso finalmente assumiu a forma de levar o rei a julgamento e executá-lo em público”.

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“Novos símbolos e cerimonias tornaram-se o meio mais aceitável para por em pratica atitudes políticas”.

“Na arena simbólica, era possível participar de conflitos políticos sem invocar nominalmente algum partido ou político”.

A paixão dos revolucionários pelo alegórico, o teatral e o estilizado era um elemento essencial do esforço para moldar homens livres.

“No longo prazo, as formas simbólicas ofereceram continuidade psico-política à experiencia revolucionaria”.

Em certos aspectos, os revolucionários simplesmente expandiram as praticas politicas do Antigo Regime, por exemplo, melhorar a burocracia e os poderes administrativos.

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“O que diferenciava os franceses, o que os fazia parecer, a seus próprios olhos e aos observadores, ‘essa nova raça’, era a profunda convicção de que estavam estabelecendo uma nova comunidade humana em um presente que não tinha precedente nem paralelo”.

A retorica revolucionária exigia total ruptura com os costumes, tradições e modos de vida do passado.

“Um novo homem e novos hábitos; era preciso reformar o povo no molde republicano. Por isso, cada detalhe da vida cotidiana tinha de ser examinado (Em busca da corrupção) e limpo (Preparação para o novo)”.

“Outro lado da moeda na recusa retórica da política foi o impulso de aplicar política em tudo. Uma vez que a política não acontecia numa esfera definida, tendia a invadir a vida cotidiana”.

“Politizando o cotidiano, a Revolução aumentou imensamente os pontos de onde o poder podia ser exercido e multiplicou as táticas e estratégias para exerce-lo”.

“A política não invadiu o cotidiano de repente, mas desde o principio tanto participantes como observadores perceberam que algo incômodo estava acontecendo na França, e vivenciaram e explicaram essas ocorrências por meio de símbolos”.

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“O potencial para o conflito político e social evidenciou-se assim que os primeiros símbolos foram inventados”.

A mudança das cores da cocarda (do verde para o tricolor) teve grande significado político.

“Quando o ‘sagrado sinal da liberdade francesa’ foi pisoteado, a própria nação foi insultada”.

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Outros símbolos, além da cocarda eram: O barrete da liberdade, o altar patriótico e a árvore da liberdade. Todos eles surgiram nos primeiros meses da Revolução.

“Cada símbolo possuía genealogia própria, mas todos eles ganharam grande aceitação”.

“Oponentes da Revolução arrancavam árvores da liberdade ou as vandalizavam, por exemplo, e os governos locais as replantavam. Os símbolos do poder eram envolvidos não só nas lutas politicas do momento, mas também nas tensões mais subterrâneas entre as autoridades e a massa

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