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História Da Educação

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Por:   •  15/4/2014  •  8.862 Palavras (36 Páginas)  •  243 Visualizações

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Unidade III

5 EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E CULTURA NA IDADE MÉDIA E NO RENASCIMENTO

5.1 A Idade Média e o Feudalismo

A Idade Média foi um período da história europeia que durou aproximadamente mil anos. Este

espaço de tempo vigorou aproximadamente entre os séculos V e XV e compreende, em termos

históricos, a queda do Império Romano do Ocidente e a tomada de Constantinopla pelos turcos

otomanos em 1453. O final da Idade Média está associado a vários eventos e acontecimentos, como

os grandes descobrimentos marítimos e a ascensão do Renascimento, podendo ser assinalado como

um período de declínio das relações feudais de produção, que começam a ser substituídas pelo modo

de produção capitalista.

A Idade Média europeia divide-se em duas etapas bem distintas: a alta Idade Média (que vai da

formação dos reinos germânicos, a partir do século V, até a consolidação do feudalismo, entre os séculos

IX e XII); e a baixa Idade Média (que vai até o século XV, caracterizada pelo crescimento das cidades, a

expansão territorial e o florescimento do comércio). A sociedade medieval era dividida em estamentos.

Os três principais grupos eram:

• Clero.

• Nobreza.

• Servos.

A definição de estamentos contida nos dicionários nos informa que esta é uma maneira de

divisão social formada por camadas bem mais fechadas do que as classes sociais e um pouco mais

flexíveis do que as castas, presentes, por exemplo, na Índia. Usa-se o termo principalmente para se

referir às sociedades nas quais a posição social do indivíduo é determinada pela origem familiar,

pelo nascimento. Estamental, portanto, é uma forma de se referir à sociedade feudal.

Havia outros grupos sociais, como os poucos comerciantes existentes na alta Idade Média, mas foi

somente na baixa Idade Média que começou a surgiu a burguesia, rompendo com a característica da

sociedade apresentada acima.

Na sociedade medieval não havia ascensão social e quase inexistia mobilidade entre as camadas da

sociedade. Todos os poderes (jurídico, econômico e político) concentravam-se nas mãos dos senhores

feudais, donos de lotes de terras (feudos). Como o clero e a nobreza comandavam, era comum que se

criassem justificativas religiosas para que os servos não contestassem a sociedade.

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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

Assim, podemos afirmar que as principais características do feudalismo eram:

• Poder descentralizado (nas mãos de vários senhores feudais).

• Economia baseada na agricultura; utilização do trabalho dos servos.

• Quase nenhuma mobilidade social.

• Forte mentalidade religiosa.

• Intensa influência e poder de decisão do clero (Igreja) em todos os setores da vida humana.

Como podemos perceber, a sociedade feudal era estática e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores,

cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses.

O clero tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade e também

pela produção do conhecimento. Além disso, era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira

camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos, que deviam pagar

várias taxas e tributos aos senhores feudais.

A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam algumas moedas na Idade

Média, porém, elas eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns. O feudo

era a base econômica deste período, pois quem possuía a terra, desfrutava de mais poder. A produção

era baixa, uma vez que as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares. O arado

puxado por bois era muito utilizado na agricultura. O artesanato também era praticado na Idade Média,

inicialmente nas oficinas dos feudos, mais tarde nas chamadas Corporações de Ofício, depois nas

manufaturas e finalmente nas fábricas.

As Corporações de Ofício eram associações (existentes no final da Idade Média), que

reuniam trabalhadores (artesãos) de uma mesma profissão. Existiram corporações de ofícios

de diversos tipos como, por exemplo, dos carpinteiros, ferreiros, alfaiates, sapateiros, padeiros,

entre outros. Estas associações serviam para defender os interesses trabalhistas e econômicos

dos trabalhadores. Cada profissional contribuía com uma taxa para manter a associação em

funcionamento.

Durante a alta Idade Média, (entre o século V e o século XI), a economia feudal caracterizou-se

pela autossuficiência. Isto significa dizer que o feudo buscava produzir tudo que era necessário para a

manutenção da comunidade. A quase inexistência de comércio impedia que houvesse um abastecimento

externo ao feudo.

A

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