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História da Educação no Piauí

Por:   •  26/6/2017  •  Resenha  •  3.091 Palavras (13 Páginas)  •  1.017 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
DISCIPLINA:
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
RAILSON DE CARVALHO GOMES

LUSTOSA, Karithiane Haffizza Mill Medeiros. A Educação no Piauí no Projeto de Consolidação do Estado Nação Brasileiro/ Teresina: UFPI, 2016.

MENDES, Francisco Iweltman Vasconcelos. História da Educação Piauiense/ Sobral: EGUS, 2012.

1) PERÍODO COLONIAL

No período colonial brasileiro, do século XVI até meados do século XVIII em 1822, em relação à política, éramos dominados por Portugal, já em relação a Educação, tínhamos os jesuítas como principais representantes. Nossa economia se baseava na monocultura de diversas culturas, predominante a cana de açúcar.

No Piauí, segue a mesma linha política, continua uma capitania da colônia, já em relação a autonomia política temos Pereira Caldas como primeiro Governador do Piaui, que tenta trazer uma series de mudanças para o Piauí, mas infelizmente não teve ajuda da coroa.

No contexto econômico, século XVI ao século XVIII, temos a pecuária como a principal atividade econômica do piaui. A agricultura vai se desenvolver para subsistência, e não para a exportação.

As principais dificuldades do Piauí nesse período, é a falta do investimento do poder público nesse vazio demográfico, pois o Piauí vai passar por um estado de rarefação da sua população, que se dar por conta da nossa atividade econômica. E isso vai dificultar a aplicação do governo em investimento, o que torna a educação desse período ainda mais precária. Outra dificuldade encontrada era o desinteresse dos habitantes, a população não via sentido em ser educada, por motivos econômicos. Já os filhos dos fazendeiros queriam ser educados, então para que eles fossem educados, os fazendeiros enviavam seus filhos a outras capitanias que já tinha o desenvolvimento educacional, capitanias essas que já estavam mais povoadas. Outro fator extremamente importante para entendermos o fracasso da educação no Piauí nesse período , é a ocupação tardia dos jesuítas, já que eles chegam no brasil em 1549, e em1753 eles são expulsos, eles chegam no piaui em 1711, por não encarar o Piauí como território rico para seus trabalhos, depois de fugirem de outras capitanias que eles realmente chegam aqui, pois à priori  era utilizado apenas como “corredor de passagem”, pois estava numa posição estratégica, por estar no meio de duas capitanias extremamente importantes.

Os jesuítas que já estavam aqui no Piauí, ficaram na região norte, e não desceram para a região centro sul, mas a coroa foi cobrada, Pereira caldas mandou recado para a coroa, pedindo que a coroa se manifestasse e fornecesse a educação principalmente para os filhos dos colonos. Já a coroa cobra dos jesuítas, enviando-os para a capital, Vila da Moche, que ao invés de colocar uma escola primaria e uma secundaria, eles fundam um seminário, que e considerado a primeira instituição educacional do Piauí, mas em 02 anos a instituição e fechada, e é enviada para Aldeias Altas no Maranhão, atual cidade de Caxias.

Os jesuítas ganham 39 fazendas de Domingos Afonso mafrense, e isso despertou interesses pecuniários no Piauí, eles administravam essas fazendas com o trabalho indígenas. O dinheiro recebido da administração dessas fazendas não eram investidos no Piauí, e sim desviados para outras capitanias. Quando eles são expulsos, o Piauí ganha muito mais do que perdem, mas dentro da educação, a capitania ainda estava fragmentada.

Em 1757, dois anos antes da expulsão dos jesuítas, a coroa recém cobrada pelos administradores do Piauí, fundam escolas para atender a população, duas escolas: uma para meninos, na qual devia aprender a doutrina cristã, ler, escrever e contar; outra para meninas, que deveria aprender, além da doutrina cristã, a ler, a escrever, a contar, e também cozer, fiar e fazes rendas. Por falta de incentivos e por falta da manutenção das escolas, durante quinze anos, elas vão abrir e fechar, por um motivo comum; a falta de investimentos e matriculas.

Em 1815, a população estava crescendo, e as maiores vilas e mais importantes economicamente, é que vão desfrutar de alguma escola. O Alvará de 1813, estabelece que só existiriam escolas nas maiores vilas, para atender a população.

Com expulsão dos jesuítas em 1759, a educação teve que começar do zero, pois toda estrutura existente era de propriedade dos jesuítas. Quando Pombal assume como Primeiro Ministro da colônia, ele interrompe toda ligação com a religião, já que era um líder liberal, e acreditava que tudo deveria ser voltada para economia. Na Educação, a língua indígena e extremamente proíba, as pessoas deveriam estudar latim, retorica, e um pouco da língua portuguesa, que não há nenhum sentido. Os professores não têm preparo nenhum para exercer a docência, principalmente no Piauí, onde não havia pessoas com notório saber. Havia porem carência de professores, por falta também do estimulo salarial, muitas vezes pagos com panos de farinha.

Em novembro de 1772, o Marquês de Pombal criou o “Subsídio Literário”, que consistia no imposto sobre alguns produtos, revestidos na remuneração dos professores e na manutenção das escolas (nas colônias); compra de livros para biblioteca pública, organização de museus, construção de um gabinete de física experimental (na metrópole), etc. Se houvesse excedente de receita deveria ser remetido a Portugal. Com esse imposto, foi possível fixar um salário anual para os mestres. O subsídio foi um imposto que nunca foi cobrado com regularidade e seriedade necessárias, onde ocorreu desvios e corrupções. Já em 1759 o subsidio literário do Piauí é transferido para a fazenda real do maranhão.

Então percebemos que a Educação nesse período era extremamente frágil, não tinha professores, não tinha escolas, não tinha como atender a população, um total descaso com o setor educacional. Essa se constituiu a realidade educacional do Piauí Colônia. Pode-se afirmar que neste período o ensino público não se estruturou formalmente e que quase a totalidade da população piauiense era analfabeta. Então a educação nesse período tenta seguir a fronteira do espaço, não podemos dizer que neste cenário, o Piauí tenha tido minimamente um sistema educacional, já que tivemos apenas poucas iniciativas, que não partiram dos jesuítas, que se tornaram ineficazes aqui.

2) PERÍODO IMPERIAL

D. Pedro, chega aos 10 anos aqui no Brasil, permanece praticamente quase toda sua vida no Brasil, é um homem que recebeu uma educação extremamente preciosa, viajou muito para a Europa e teve contato com as ideias liberais, e é considerado hoje como um líder liberalista. D. Pedro era um homem que se preocupava muito com os brasileiros, só que quando a coroa parte daqui, por conta da revolução do porto, D. João deixa bem claro, “filho não solte o povo, se um Brasil um dia se torne independente, que seja pelas tuas mãos, e para ti”, que como a revolução estava acontecendo em Portugal, poderia também ocorrer no Brasil, eles não queriam dar o Brasil para os brasileiros, mas que ficasse com D. Pedro,  pois acima de tudo ele era filho da coroa portuguesa, e tinha que atender os anseios reais, porem as relações brasil e Portugal continuaram. Com a saída da corte, o medo dos brasileiros era voltar a relação colônia-metrópole, então o apoio da independência também parte dos brasileiros. Por outro lado, as elites estavam insatisfeitas, elas queriam poder, e viam na figura de Dom Pedro, alguém que limitava o poder. Cada capitania tinha elites que dominavam a política e queriam se expandir, que não conseguia pelo freio dado pela coroa. No Piauí nós tinha duas grandes forças políticas e econômicas, uma no centro sul, na figura da família do Barão da Parnaíba; e no norte, Dias da Silva, Na região de Parnaíba. Vários revolucionários piauienses, que assumiram ideais da Europa, começam as conspirações em prol da independência, que pressiona D. Pedro a dar a independência, o Piauí é quem vai inflamar a crise política, “joga álcool na ferida”.  D. Pedro portanto, não é bonzinho, e a independência não vem pensada nos brasileiros, e sim por uma questão de pressão, pelas elites que queriam mais espaço no cenário econômico e político. Então em 1822, o Brasil se torna independente.

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