IDADE MÉDIA RESUMO

1. INTRODUÇÃO

2. A QUEDA DO IMPÉRIO

A Idade Média foi um longo período da história, que se estendeu do séc. V ao século XV. Seu marco inicial foi a queda do Império Romano do Ocidente, em 476.

O processo de declínio do Império começou em meados do século IV d.C., em razão da série de problemas que enfrentavam desde o século III, como as invasões bárbaras, a disputa dos militares pelo poder e a crise econômica gerada por conflitos entre os patrícios e os plebeus.

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3. “IDADE DAS TREVAS”

Os iluministas dos séculos XV e XVI denominavam essa época de “Idade das Trevas”. Alegavam que havia ocorrido na Europa um declínio cultural e artístico, em relação à Antiguidade Clássica. O responsável por isso, seria a Igreja Católica, que dominou econômica e politicamente a Europa nesse período. Essa dominação religiosa teria impedido o avanço da razão.

A partir do século XIX, esse conceito de Idade das Trevas foi sendo deixado de lado, e alterando os pensamentos e a forma de entendê-los, isso ocorreu principalmente pelo movimento artístico chamado Romantismo, que valorizava elementos medievais. Após isso, historiadores iniciaram estudos sobre esse período que mostravam conter durante a Idade Média um avanço tecnológico do artesanato e da arquitetura, e o estímulo ao avanço dos conhecimentos, com a criação de escolas e universidades. Nos estudos também perceberam o desenvolvimento da matemática e da astronomia pelos islâmicos, o que possibilitou a realização das grandes navegações europeias.

A Idade Média também ficou conhecida por esse termo devido as constantes invasões bárbaras, as epidemias e a Inquisição.

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4. CARACTERÍSTICAS DA IDADE MÉDIA

Nesse período, destacam-se os reinos germânicos, que eram povos árias instalados ao longo das fronteiras do Império Romano. Os romanos os denominavam “bárbaros” por serem estrangeiros e não falarem latim. Os germanos formaram vários reinos e invadiram o território romano aos poucos.

Destaca-se também o reino cristão dos francos, considerado o reino mais poderoso da Europa Ocidental, a Igreja e o Sacro Império, que tiveram importantes influências na sociedade, o sistema feudal, o Império Bizantino, estabelecido em Constantinopla e o Islamismo, que se expandiu e conquistou terras da Europa, Ásia e África.

5. RELIGIÃO NA IDADE MÉDIA

Comumente reconhecido como a “Idade da Fé”, o período medieval marca a consolidação do cristianismo no interior da Europa. Por volta de 325, membros da Igreja Cristã se reuniram na cidade de Niceia para discutir diversas questões organizacionais e espirituais.

A partir desse momento, a Igreja passou a ser portadora de uma doutrina oficial, que deveria ser doutrinada e difundida por um corpo de representantes espalhados por todo o continente. No século V, a hierarquia clerical seria sustentada pelos padres, que, por sua vez, seriam subordinados à autoridade dos bispos. Acima destes estavam os arcebispos e, logo em seguida, os patriarcas. No ano de 455, o bispo de Roma se tornou papa, passando a controlar a cristandade ocidental.

Historicamente, vários documentos e obras de membros do clero prestigiavam valores de caráter militante e subordinativo. Desvalorizando a vida terrena, reforçavam que as penúrias e condições da existência material deveriam servir de alento para a espera de uma vida espiritual abundante. Com isso, a Igreja defendeu a ordem social estabelecida argumentando que o mundo feudal refletia, de fato, os desígnios de Deus para com os seus devotos.

Paralelamente, podemos assinalar que outros dogmas, como o medo da morte, a pecaminosidade do sexo e o medo do inferno, eram de grande importância para o comportamento do homem medieval. A utilização de imagens sagradas também serviu como um importante instrumento didático para impor os valores de servilismo e temor ligados ao pensamento cristão. Tais ações sistemáticas foram importantes para que o número de fiéis abnegados atingisse números significativos.
A disseminação dos valores cristãos acabou não só interferindo no pensamento religioso medieval, mas também ampliou o papel da Igreja no momento em que esta passou a controlar terras e influenciar determinadas ações políticas. Com isso, o papel desempenhado pelo clero na Europa Feudal atingiu os campos político e econômico.

A Inquisição foi criada na Idade Média (século XIII) e era dirigida pela Igreja Católica Romana. Ela era composta por tribunais que julgavam todos aqueles considerados uma ameaça às doutrinas (conjunto de leis) desta instituição. Todos os suspeitos eram perseguidos e julgados, e aqueles que eram condenados, cumpriam as penas que podiam variar desde prisão temporária ou perpétua até a morte na fogueira, onde os condenados eram queimados vivos em plena praça pública.

Toda essa série de práticas, valores e ações foram determinantes na transformação da Igreja em uma instituição com amplos poderes. Desde sua gênese, percebemos que o cristianismo teve que negociar com os vários hábitos e crenças das civilizações pagãs, caso quisesse ampliar o seu número de convertidos.

Além disso, devemos mostrar que a hegemonia da Igreja esteve diversas vezes ameaçada pela organização de seitas e heresias que buscavam valores não abraçados pela doutrina oficial. No século XI, as dissidências com os líderes da Igreja Oriental culminaram no Cisma do Oriente, fato que deu origem à Igreja Católica e à Igreja Bizantina. Nos fins da Idade Média, movimentos heréticos fixaram as bases de outras tensões que marcaram a Reforma Protestante, no século XVI.

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6. ALTA IDADE MÉDIA

A Alta Idade Média foi o período inicial da Idade Média, que durou até o declínio do feudalismo no início do século XI.

Por volta do século V, o Império Romano do Ocidente enfrentava uma grande crise, a qual favoreceu a invasão do território por diversos povos, que formaram novos reinos dentro do território romano. A partir do século IV, se formaram reinos independentes. Os francos construíram o reino mais poderoso da região, e Carlos Magno foi o mais importante rei da dinastia Carolíngia.

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