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PRÁTICA DE ENSINO: TRAJETÓRIA DA PRÁXIS

Por:   •  25/8/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.179 Palavras (5 Páginas)  •  75 Visualizações

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LICENCIATURA EM HISTÓRIA

PRÁTICA DE ENSINO: TRAJETÓRIA DA PRÁXIS (PE:TP)

POSTAGEM 2

ATIVIDADE 2 – CARTA AO PROFESSOR ANDRÉ

Gerson Correa Bueno

RA 0532397

Itu

2021

Itu, 9 de março de 2021.

Caro professor André,

Gostaria de conversar com você a respeito do seu problema com o seu aluno, o Carlos que discutiu com você em sala de aula e depois de você denunciá-lo por ter matado aula e ter sido pego, fez ameaças contra a sua vida.

Entendo que esta é uma situação muito estressante e difícil para lidar, mas tendo em vista que você já é um professor mais experiente e tem um apreço muito grande pelo seu trabalho, e sendo um professor dedicado do jeito que é, gostaria de lhe ajudar, na medida do possível, comentando com você a minha visão e minha maneira de pensar em como você pode agir diante disso tudo.

André, a primeira coisa que você precisa fazer é evitar buscar ajuda em pessoas que podem acabar prejudicando uma avaliação mais exata da situação. Muitos conhecem as ações do Carlos ou aquilo que ouviram falar sobre o Carlos, mas pouco conhecem o Carlos de fato. Precisamos tomar muito cuidado para não criarmos ‘preconceitos falsos’ baseados em aparências e nos que todos estão dizendo sobre o Carlos, ao invés de elaborarmos ‘conceitos verdadeiros’ baseados em fatos e análises mais profundas da situação.

De fato, cada vez que ouvimos outras pessoas que estão tomadas por sentimentos de medo, pânico, raiva, fraqueza e insegurança; somos tomados pelos mesmos sentimentos que elas, e isso prejudica gravemente nossa percepção das coisas, criando lentes que distorcem a realidade, geralmente para pior. Estes sentimentos, André, geram em nós comportamentos pouco transformadores da realidade, e acabam sustentando o status quo. Nada muda, porque acreditamos que assim deve ser. Alguns dizem que ‘as coisas são como elas devem ser’; outros dizem que ‘pau que nasce torto morre torto’, ou que tal situação ‘não tem jeito, ninguém pode mudar’, e outros mais místicos acreditam que o ‘universo assim o quis’. Querido André, nada disso é verdade. Todos nós, seres humanos, estamos inseridos em uma realidade e acabamos por acreditar que esta realidade é a verdade, tanto os professores, quanto o próprio Carlos. Se todos nós acreditarmos nisso, o que mudará? Haverá até um certo medo em dizer que as coisas podem mudar. De certa forma muitos estão acomodados e acostumados com ela. O Carlos jamais deixará de ser agressivo se acreditarmos que ele não tem jeito mesmo. E o Carlos estará certo em pensar que ele não tem jeito mesmo, se todos que estão ao redor dele continuam alimentando isso nele.

André, o melhor a ser feito é você enfrentar os seus medos, e ir ao encontro do Carlos tentar estabelecer uma conexão com ele. Seja sincero, diga a ele que você está com medo dele. Talvez isso o deixe até sentindo-se ‘poderoso’, mas isto não é o problema. A principal é você conseguir estabelecer uma conexão com ele. Mas antes de ir falar com ele, busque dentro de você um real, verdadeiro e sincero sentimento de valorização da pessoa dele. Tente olhar para ele através do cabelo amarelo, e dos estigmas que colocaram sobre ele. Busque vê-lo por dentro. O avô dele disse que ele era um bom menino. O que será que aconteceu para ele mudar? Será que foi quando prenderam o irmão dele? Será que foi quando prenderam o pai dele? Será que foi quando ele percebeu que a mãe tinha problemas mentais e não poderia cuidar dele? Será que foi quando ele se envolveu com más companhias? Outros, com uma história tão problemática quanto a dele ou pior? Será que ele é uma pessoa má na sua essência mesmo? Um psicopata desiquilibrado que precisa de tratamento psiquiátrico pela sua violência gratuita? Ou será que ele está reagindo de maneira errada às dificuldades que a vida lhe impôs? Há uma possibilidade dele ser um psicopata social? Sim há! Mais quais são as chances dele ser um psicopata ou apenas um menino assustado reagindo às circunstancias da vida de maneira errada? Não é preciso ser um especialista e nem fazer estudos estatísticos mais aprofundados para saber que

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