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Resenha Heleice Rocha- Aula de História: Evento Ideia e Escrita

Por:   •  30/9/2019  •  Resenha  •  1.157 Palavras (5 Páginas)  •  1.047 Visualizações

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Resenha – ROCHA, Helenice Aparecida Bastos. Aula de História: Evento ideia e escrita. História & Ensino, Londrina, v. 21, n. 2, p. 83-103, jul./dez. 2015.

Alternativas para o ensino da História e uma sequencia didática problematizadora

O presente artigo Aula de História: Evento ideia e escrita (2015) é de autoria de Helenice Rocha e foi publicado na revista História & Ensino. Tal artigo se propõe a contribuir no debate relativo a pratica e planejamento de aulas na formação de professores de História. A autora – especializada na área de Educação – leciona no curso de licenciatura em História da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e Coordena projetos de pesquisa relativos ao currículo de História no Ensino Básico e os livros didáticos e também a problemática das identidades no ensino desta disciplina, na contemporaneidade.[1]

Durante o texto se pode ver o comum diálogo não só com a área historiográfica, mas também com campos da pedagogia. Tem-se como foco de pesquisa o ensino da História no Ensino Básico, mais especificamente dos atos de planejamento de aula, visto como a primeira escrita da aula de História em si. O artigo é dividido em quatro partes: a aula; o planejamento didático e especificidades do ensino de história; o planejamento em escala e a sequência didática problematizadora.

Partindo do primeiro ponto – a aula – a autora apresenta duas visões sobre esse evento: a singular e a rotineira. O aspecto singular parte da ideia de que cada dia de aula é único, contem suas especificidades e acontecimentos. Já o aspecto rotineiro pode ser visto como tudo o que fica em cada uma dessas aulas, por cada coisa que se repete e é incorporada aos costumes de alunos e professores em cerca de sessenta aulas de história num ano. É por meio dessas considerações que se insere a importância de um planejamento. Levanta-se aqui a questão inicial do artigo; “Que visibilidade temos conferido à aula como lugar do (im) previsível nas aulas?” (ROCHA, 2015, p. 86). Essa visibilidade é vista pela autora como em posição secundária. Usam-se duas evidencias: a bibliografia relativa ao tema e do papel secundário do “tema aula” que dão os professores aos licenciandos durante o período de estágio supervisionado. Partindo dessas duas fontes veem-se alunos da licenciatura alimentando cada vez mais essa visão de aula única, sem relação com um plano maior advindo anterior ou posteriormente.

O artigo entra então em seu segundo tópico proposto. Ao se pensar em um planejamento em que a aula está envolta, combate-se a problemática exposta acima; se pensa na finalidade do horizonte da disciplina, valoriza-se a trajetória do aluno. O artigo, mais do que expor os problemas atuais vistos nesse aspecto educacional, mostra-se atualizado aos debates recentes da área. Rocha cita autores do século XX que já tentam apresentar propostas para a transformação do ensino de História, tais como Knauss, Griberg e Cardona, além do próprio documento do PCN. A autora destaca propostas de “realização de oficinas, pesquisa e estudos do meio por parte dos alunos do ensino fundamental e médio, especialmente referidas a conteúdos de natureza procedimental” (ROCHA, 2015, p. 88).

 Novas questões são levantadas para reflexão e debate. Pensemos por exemplo na zona limítrofe entre maior proveito e simples tradicionalismo, que se colocam escolhas como o ensino dos conteúdos históricos por divisão lógica temporal, ou pela própria divisão do tempo do ano letivo em bimestres ou trimestres, por exemplo. Além disso, vai-se ao mais singular e específico, como o próprio tempo das aulas (50/100 min.) e a que atos elas compreendem em si, tratando do imprevisível do evento aula.

 Passamos então para o planejamento em escala. Neste tópico a autora começa dialogando em concordância com Ilmar de Mattos, onde é proposto que a escrita da aula seja considerada a partir do momento do planejamento. No entanto, essa questão de escrita é problematizada nos parágrafos posteriores em torno da questão: onde se inicia a escrita? É de se considerar que por muitas vezes o professor ou grupo de professores, já recebem conteúdos prontos a serem trabalhados em sala, como o currículo mínimo. Infere-se assim que em meio a toda a burocracia vigente, as diversas possibilidades de conteúdos a serem trabalhados e ainda as peculiaridades de aprendizagem de cada aluno, há importância no professor perguntar-se qual o objetivo da disciplina ministrada. É preciso se perguntar qual a função da história para assim saber onde cada conteúdo se encaixa no mundo cognitivo que esse aluno vem a construir continuamente. Como dito pela autora em proposta: “É nesse sentido que propondo a organização de sequências didáticas problematizadoras para o ensino da história”. (ROCHA, 2015, p. 91).

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