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Resenha critica do livro macunaima

Por:   •  21/9/2015  •  Resenha  •  653 Palavras (3 Páginas)  •  2.043 Visualizações

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ANDRADE, Mário de. Macunaíma. O herói sem nenhum caráter. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2013.

A presente resenha aborda a visão modernista do autor Mário de Andrade, que lançou o livro em 1928, retratando as idéias do movimento modernista em sua obra “Macunaíma”.

O autor destaca a trajetória de um índio que nasceu na tribo dos Tapanhumas. A índia tapanhumas pariu um menino preto, feio e preguiçoso, este era Macunaíma considerado por eles “o herói da nossa gente”. O personagem principal é na verdade o contrário do que seria um herói considerado normal, suas características fogem totalmente da visão lógica que o leitor teria ao deparar-se com este status que Macunaíma tivera.

O referido herói fazia coisas estranhas, quando criança passou mais de seis anos não falando, e quando o estimulavam a falar ele apenas resmungava: “ai que preguiça”. Frase esta símbolo do herói da nossa gente. Na verdade, esta era a crítica que o autor vinha a retratar, pois Macunaíma era oposto aos heróis mostrados pelos autores romancistas.

Macunaíma vivia no mucambo com sua mãe e seus dois irmãos, Maanape e Jiguê, sujeitos estes que mais sofreram ao longo do livro com as traquinagens do herói. Jiguê tinha uma companheira de nome Sofará, no entanto Macunaíma por ser tão mulherengo trai seu próprio irmão por diversas vezes quando sua companheira o levava para passear no mato. Quando seu mano descobre leva a moça de volta para a casa de seu pai. Jiguê não fica sozinho e logo leva outra moça para morar com eles. Porém, Macunaíma não perde tempo e trai novamente seu irmão, Jiguê não briga e deixa Iriqui para seu mano.

A mãe de Macunaíma tem logo um fim trágico, é morta por engano pelo herói com uma fechada certeira, tinha sido uma peça do Anhangá. Cai à tristeza no brejo e Macunaíma, Iriqui e os irmãos partiram pelo Brasil a fora. Iriqui acaba ficando pelo caminho, momento este que Macunaíma encontra Ci, a mãe do mato virgem no qual seria o grande amor do herói. O protagonista da história vira agora Imperador do mato virgem e vai morar com ela no Capão de meu bem na Venezuela.

E foi com a mãe do mato que Macunaíma teve um filho, mas este logo morreu, a cobra preta chupou o único peito da mãe, depois disso deu um suspiro envenenado e morreu. Depois deste acontecimento a companheira de Macunaíma tirou do colar uma “Muiraquitã”, deu-a para o companheiro subiu pra o céu e virou uma estrela, Beta do Centauro.

Fugindo do monstro boiuna Macunaíma perde a muiraquitã, quando percebe fica desesperado, pois era a lembrança de Ci. Agora o objetivo do herói era encontrar sua muiraquitã. Ao chegar em São Paulo foi procurar Vencelau Pietro Pietra, conhecido como gigante Piaimã, este estava com seu tembetá. Não foi fácil conseguir de volta a muiraquitã, só depois de muitas tentativas é que Macunaíma consegue recuperá-la. Logo após encontrar a muiraquitã, o herói e seus irmãos voltam para a tribo, onde tudo começou. No caminho Macunaíma encontra uma princesa e faz dela sua mulher.

No final Jiguê contrai uma doença que o torna sombra e acaba matando Maanape e a princesa, o herói Macunaíma ao ir tomar banho em um rio quase é comido pela Iara, ele consegue escapar, mas fica muito machucado, então toma a decisão de ir morar no céu, tornando-se a constelação da Ursa Maior. E esta é a história de um herói cheio de características culturais permeada de suas aventuras na busca de um talismã mágico, onde temos contato muito forte com as idéias centrais do livro, as lendas. Um dos objetivos do autor era desconstruir a visão clássica de herói criada no romantismo.

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