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Resumo livro o simio de deus

Por:   •  18/10/2018  •  Resenha  •  1.343 Palavras (6 Páginas)  •  469 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU – UVA

CAMPUS DE CIENCIAS HUMANAS - CCH

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA – 6° PERIODO

DISCIPLINA: História da América I

DOCENTE: Mariana Dantas

DISCENTES: Francineuda  / Francisco Auristélio Costa Rocha / Mylena Kelly Domingos Ferro

Avaliação Parcial II: resumo em grupo do texto

 O SIMIO DE DEUS

ESTENSSORO, Juan Carlos. O símio de Deus. In: NOVAES, Adauto  (org.). A outra margem do ocidente.  São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 181-200

O texto mostra logo a princípio as noções eclesiásticas dos séculos XVI e XVII, sobre o trabalho missionário, com os povos andinos e a resistência indígena, o autor traz em seu texto a ideia de que os indígenas negaram o catolicismo, porém é necessário ressaltar que os mesmos demonstraram aos espanhóis uma aceitação da religião, dessa maneira ficaria mais fácil para praticarem suas idolatrias clandestinamente. Segundo o texto, os documentos que fazem essas afirmações são aceitos por boa parte da historiografia, a questão é simplificada; pelo o fato dos relatos terem sido os próprios eclesiásticos que os fizeram, os mesmos afirmaram o fracasso em relação a evangelização e nenhum momento buscaram fazer alguma defesa em relação as suas missões sem sucesso.

Alguns historiadores e antropólogos que seguiram essa linha de pensamento, passaram a interpretar toda essa questão, como se  houvesse uma grande rivalidade, entre a fé do colonizador e do colonizado, o autor acredita ser a interpretação correta, porém ela é etnocêntrica, é possível que esses pesquisadores tenham entendido o indígena como algo padrão, onde o índio deve ser isolado e os que aderirem uma outra forma de vida, como o urbanismo por exemplo,seria considerado uma deslealdade a nação indígena, sendo assim para o autor esses historiadores estão sendo etnocêntricos, repetindo-se assim uma atitude do poder colonial.

Sabe se que o termo índio foi inventado, diante de tal colocação vários povos, com culturas diferentes foram igualados, onde passou a existir apenas duas classes; os nativos e os espanhóis, diante da invasão os espanhóis precisavam dos súditos para que pudessem manter a sociedade colonial, diante do fato os índios foram o mais propicio, a serem servos, e passarem a pagar tributos a coroa.

         A igreja entra na colônia com finalidade de catequisar, sendo que apesar dos interesses próprio a igreja foi um braço para a colonização, diante desses fatos o autor nos traz a ideia que a igreja pode ser considerada não como uma instituição atemporal, mas que ela teria seus próprios interesses de criar “termos étnicos”. A igreja não admite que os índios estejam se tornando cristãos, pois isso se concluído acabaria com o sentido da colonização, e com suas razoes missionarias, o sentido de colonizar vai além de rivalidades na fé, mas também de uma imposição, uma superioridade sobre o outro, onde os espanhóis jugavam-se superior, maior culturalmente, dessa forma havia então a rejeição ao povo indígena.

A evangelização na América Espanhola iniciou-se a partir das ordens religiosas (dominicanos, franciscanos, etc.). No entanto essas ordens eram autônomas em relação ao clero diocesano, como isso o processo evangelizador acontecia de diferentes formas, sem um controle pelas autoridades eclesiásticas, variando conforme a metodologia própria de cada ordem. A estratégia utilizada pelos primeiros catequizadores tinha como método utilizar aspectos característicos da cultura nativa. A partir disso havia uma junção entre o rito católico e o nativo, essa busca por semelhanças entre esses dois mundos marcou os primeiros anos da evangelização dos índios na américa espanhola.

Uma linha de pensamento acreditava que teria havido uma evangelização pré-hispânica, ou seja, mesmo antes da chegada dos espanhóis, os nativos tinham conhecido a crença cristão. Contudo esse pensamento foi deixado de lado, pois as coincidências entres as crenças não permitiria afirmar que houve uma igreja na américa, sendo que a igreja católica era apostólica, romana e uma. Eventos ocorridos na Europa, como a reforma protestante, concilio de Trento e a contrarreforma católica. Trouxeram, a partir de meados do século XVI, mudanças no processo de evangelização do novo mundo. A catequização dos indígenas passou a ser de responsabilidade dos padres jesuítas. A companhia de Jesus traçaria uma nova metodologia de evangelização. A busca pela à similaridade entre as crenças nativa e europeia não interessava aos jesuítas. O objetivo era reafirmar a fé e o rito católico.

A Companhia de Jesus promove uma campanha de incentivo aos sacramentos da eucaristia e da confissão, pois só assim os nativos iriam conseguir uma conversão plena, pois o fato de serem batizados, não seria o suficiente dentro do processo catequético. Dentro do processo de catequese haveria a necessidade de transição no processo de conversão. Esse processo se iniciaria com uma mudança no rito, passando pela assimilação e findando com a reprodução dos rituais cristãos. Assim, os indígenas seriam verdadeiramente convertidos.Outras questões levantadas pelos clérigos estava ligada a práticas comuns no meio nativo, consideradas como idolatrias pelos padres católicos. A estratégia para extinguir essas práticas foi a intensificação dos elementos e rituais católicos, fazendo com que a atenção até então destinada ao ídolo indígena, fosse deslocada para um expressão de fé católica, por exemplo a hóstia consagrada. Assim “ o índio transforma-se a semelhança de Deus, em vez de deslocados (...)” pág. 191.

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