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Transporte multimodal - história

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Por:   •  4/11/2014  •  Tese  •  1.455 Palavras (6 Páginas)  •  1.298 Visualizações

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Transporte Multimodal - História

Multimodal surgiu na Velha Roma

As mercadorias destinadas a Roma eram então muitas vezes colocadas em caixotes, sem maiores problemas de transporte. Porém, o transporte de feras para as arenas romanas exigia mais cuidados. Nos navios, foram adaptados paus-de-carga, guinchos e cabos para o transporte das jaulas do navio para o porto, para que não houvesse contato humano, e foram colocadas rodas nas jaulas para o transporte terrestre. Assim, apareceu em Roma o sistema de transporte intermodal de carga porta-a-porta. "Neste século (N.E.: século XX), com as guerras mundiais, mas principalmente após a Segunda Guerra, houve um estudo mais apurado sobre formas de transporte de cargas, e surgiram os contêineres, então ainda pequenos e quadrados, com oito pés de altura por oito pés de largura; eram destinados a cargas de valor e enviados por navio, sendo esvaziados sob fiscalização aduaneira no cais e voltavam para o navio. "O sistema se desenvolveu, surgiram normas como a ISO, que o Brasil adotou, e cada vez mais se busca a simplificação de métodos, que entretanto às vezes se esbate em normas e leis que impedem um fluxo mais rápido. Nossa legislação sobre contêineres já é extensa, e está se superando. E nota-se sobretudo o interesse do governo em incrementar esse tipo de transporte".

Multimodalidade: integração total da cadeia de transporte, de modo a permitir um gerenciameto integrado dos modais utilizados, bem como das operações de transferência, com a aplicação de um único documento.

É denominado Operador de Transporte Multimodal (OTM), o responsável em realizar a multimodalidade utilizando um único contrato, desde que o operador tenha os ativos necessário à execução do transporte.

O transporte multimodal é o nome dado à utilização de diversos meios de transporte com o objetivo de diminuir custos, tempo e o impacto ambiental causado pelos deslocamentos. Em logística discutimos muito esse assunto no transporte de cargas, especialmente para longas distâncias.

Sabemos que no Brasil as rodovias são utilizadas para todo tipo de transporte, seja de curta ou longa distância. No entanto, já sabemos que esta não é a opção ideal, pois o transporte rodoviário deixa de ser economicamente atrativo para médias e longas distâncias.

As ferrovias brasileiras poderiam ser melhor exploradas, não fosse o problema de terem bitolas de tamanhos diferentes em diferentes regiões. Assim, vemos a possibilidade de uma primeira integração, que não chega a ser multi modal, mas “multi trem”. Além disso, a maioria das ferrovias brasileiras tem o litoral como destino, e poderiam servir como fonte de carga para os portos trabalharem com o transporte por cabotagem. Aí sim começamos a falar em multimodalidade.

O transporte ferroviário é indicado quando o volume de cargas é grande, baixo valor e grande densidade (baratos e pesados, como minérios, por exemplo) e é um meio de transporte menos poluidor que os caminhões. Estes, por sua vez, em altíssima adaptabilidade com relação ao tipo de carga a ser transportada, tem ampla cobertura geográfica e exige menos custos em termos de embalagens.

Mas podemos também olhar para o litoral e avaliar a possibilidade de utilizar a cabotagem como meio de transporte de cargas: é muito competitivo para produtos baratos (ferro, cimento, químicos) mas é pouco flexível e exige um tempo de transporte maior.

Se pensarmos em plataformas multimodais completas, é preciso haver a integração efetiva de pelo menos dois meios de transporte, sendo os três citados acima os mais usuais. Mas outras opções ainda existem. Confira abaixo.

No modo aéreo, apesar do alto custo, temos um tempo de transporte baixo, boa confiabilidade e é indicado para produtos de alto valor agregado. No entanto sofre, assim como nos portos, da lentidão no desembaraço da carga, devido à saturação da capacidade dos aeroportos nacionais.

Por fim, temos o transporte por dutos, ou dutoviário. Estes têm uma vida útil bastante longa, requerem pouca manutenção ou mão-de-obra para o funcionamento e é bastante rápido. É usado para líquidos e gases (gás natural, químicos, dentre outros). No entanto a adaptabilidade para outros tipos de produto é quase nula e necessita de investimento inicial elevado.

DIFICULDADES DO TRANSPORTE MULTIMODAL NO BRASIL

Atualmente, uma das principais barreiras enfrentadas pela multimodalidade no Brasil é a incidência do ICMS. A lei nº 9.611, de 1998, determina uma tributação única do imposto para esse tipo de transporte. Mas o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) não reconhece esse direito.

Além desse fator, encontramos também as barreiras infra-estruturais, uma vez que as vantagens da multimodalidade só podem ser aproveitadas a medida que a infra-estrutura do País o permita. Entre os problemas nesse campo, é destacada a saturação de boa parte dos portos, hidrovias pouco exploradas, cabotagem pouco competitiva, rodovias mal conservadas e pequena presença de ferrovias nos fluxos interestaduais.

6. VANTAGENS DO TRANSPORTE MULTIMODAL

Considerando-se o regime de responsabilidade unificada característico do transporte multimodal e a presença do Operador de Transporte Multimodal (OTM) que, ao emitir um único documento, assume a responsabilidade “porta a porta” da carga, o transporte multimodal exerce o papel de facilitador logístico, contribuindo para agilizar a distribuição da carga e reduzir os custos.

Em economias mais desenvolvidas onde a multimodalidade se encontra em estágio mais avançado, a atividade do OTM tem proporcionado diversas outras vantagens. Entre elas, podem-se citar:

* Redução dos custos de transportes, com maior poder de negociação junto aos prestadores de serviços de transporte devido a ganhos de escala, gerando assim frete e tarifas mais competitivas;

* Redução do “transit time”.

* Aumento da confiabilidade dos prazos de transportes e melhor rastreabilidade das informações em todas as etapas do

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