UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
Por: lorenasilv2 • 30/5/2019 • Resenha • 680 Palavras (3 Páginas) • 302 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
Fichamento de América I
Aluna: Lorena Souza da Silva
Texto: HARTOG, François. O Espelho de Heródoto: ensaio sobre a
representação do outro. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999 (Parte II, Capítulo 1, p. 229-271)
O texto começa falando de como o ser e o não ser podem ser interessantes e em qual momento notamos a diferença entre os dois. E o primeiro objetivo é traduzir a diferença, e para isso se usa a alteridade, ou seja, falar o inverso. E como no princípio heurístico, a inversão
ajuda a compreender algo e é fundamental para compreensão do mundo.
O texto mostra um exemplo de Jean de Lery, onde mostra que o novo pode ser uma inversão, se você é acostumado com um modo de vida, quando você descobre outro, de outros povos, se torna o inverso, ou seja, algo novo. Porém o conhecimento etnográfico de Heródoto não se
dá completamente a inversão, as histórias ajudaram o mesmo. Uma parte do texto importante e que não pode ser ignorada, é onde diz "a inversão revela-se uma operação de tradução:
trata-se de uma operação de um procedimento que permitem passar do mundo que se conta ao mundo em que se conta" (pág. 232).
Uma preocupação citada no texto, é com os traços não considerados pela inversão, e talvez a impossibilidade de traduzi-los. Esses traços e sua "impossibilidade de capturar seu sentido" (pág. 232), resultam a sua alteridade. O texto segue e usa um exemplo, falando do casamento e da guerra e como seria a ideia de inversão, usando um homem grego e uma mulher amazona e fala que se houvesse essa inversão, duas possibilidades poderiam acontecer, uma dita por Sicílio e a outra de Estrabão. Porém, num texto de Heródoto, há mais personagens, diferente dos dois últimos citados, além das amazonas e dos gregos, haveriam os citas. E haveria relação entre amazonas e gregos, amazonas e citas, e citas e gregos.
Logo depois, o texto fala das guerras das amazonas com os citas, quando as mesmas invadirem seu território, e diz que quando os citas viram que o "inimigo" se tratava na verdade de mulheres, pararam a guerra, porque para eles, mulheres não fazem guerra, mulheres geram
crianças. E seu objetivo era enviar mais mulheres para elas. Então eles arrumaram uma estratégia para se aproximar delas, mandando os efebos, pois eram os que mais se pareciam com elas, pois para se aproximar delas, apenas seria possível através da imitação. E a inversão se aplica ai, quando os gregos deixam de agir como gregos.
O texto fala também da comparação, a mesma tem um peso no processor de tradução, alterando a sua qualidade e ela também ajuda na compreensão do texto por etapas. E ele usa o exemplo dos mensageiros e dos gregos, e a comparação foi utilizada para buscar pontos em
comum, uma comparação por aproximação. A mesma também pode ser vista de outros paralelos, ou seja, ajuda a quem "não ve bem, ver as coisas de um novo ângulo".
Outro objetivo do texto é explicar o Descrever, do ver e do fazer ver, onde um complementa o outro. Em Heródoto o descrever tem uma grande importância. Um ponto dito logo em seguida é: A tradução. A tradução está ligada ao ato de dar nome ao que nunca foi nomeado, e quem faz isso é o viajante, pois o mesmo é aquele que sabe os nomes. Ele usa exemplo do hipopótamo, ao descreve-lo se usa características de diversos animais, porém o hipopótamo não deixa de ser ele mesmo.
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