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Vila Maria

Por:   •  11/11/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.389 Palavras (18 Páginas)  •  240 Visualizações

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Introdução

Este trabalho, tem por objetivo mostrar o contexto político, social, econômico e geográfico da cidade de São Paulo no XlX para o século XX ,onde vemos uma transformação muito grande em um período muito curto, onde São Paulo teve que se adaptar a uma mudança radical no seu estado natural, para abranger tais mudanças e situações, dentre elas, a proposta de fabricas construírem vilas operarias, para poderem abrigar de uma forma melhor e funcional seus operários.

A vila estudada para esse contexto, foi a Vila Maria Zélia, projetada pelo arquiteto Paul Pedraurriex, sendo baseada em vilas europeias, e idealizada pelo Jorge Street, dono de uma fábrica de tecelagem de juta, que chefiou pessoalmente a execução da vila, com o objetivo de querer mais que uma vila, querer justiça e direito social, sendo assim, a vila representou um avanço político industrial na época, considerada até mesmo, uma mini cidade, por possuir tudo o que um cidadão necessitava.

A forma das construções e organizações da Vila Maria Zélia, será o destaque desse trabalho, podendo ser verificado ao longo da leitura, a compreensão da forma urbana e estrutural de moradia dos operários, além dos cortiços, que são um péssimo exemplo de moradia.

1.Contexto político social, econômico e geográfico (virada séc XLX para XX, inicio do séc XX)

Com a expansão do café vieram às estradas de ferro, que ligava Santos a Jundiaí, e a chegada de inúmeros imigrantes europeus que foram: italianos, portugueses, espanhóis, japoneses, alemães, judeus, sírios entre outros.  Os imigrantes espalharam-se pela cidade. Bairros industriais como: Mooca, Brás, Água Branca, Belenzinho, Ipiranga, Cambuci, Bom Retiro e Vila Mariana havia muitos moradores operários italianos, espanhóis, portugueses e ex-escravos. No bairro da liberdade concentram-se japoneses; os húngaros, na Mooca, no Brás e na Vila Anastácio; os judeus, no Bom-Retiro; e a região da Sé e Santa Efigênia teve a presença dos sírio-libaneses.

Nesse período surgem também as linhas de bondes, reservatórios de água, iluminação a gás na cidade.

No início do século XX na cidade de São Paulo havia dois tipos de habitações onde os imigrantes se estabeleciam para operarem nas indústrias. Os cortiços, que eram loteamentos populares, onde se localizam distantes do centro em terrenos acidentados ou várzeas. Nascendo os primeiros bairros operários que são: Brás, Bexiga, Barra Funda, Belenzinho, Mooca, Lapa, Luz, Bom Retiro, Vila Mariana e Ipiranga. E vilas operárias, construídas nas proximidades das grandes indústrias, que havia equipamentos complementares como igrejas ou creches e armazéns. As vilas mais conhecidas situavam-se nos bairros do Brás e Mooca, construídas pela Fábrica Santana, Álvares Penteado, Francisco Matarazzo e Crespi. 

O aumento da população e das riquezas é acompanhado pela degradação das condições de vida dos operários que sofrem com salários baixos, jornadas de trabalho longas e doenças. A gripe espanhola que foi uma pandemia trazendo a fragilidade de resistência de uma cidade de imigrantes, tomada por um medo, mas também por iniciativas centradas na solidariedade coletiva e no socorro mútuo.

Fonte: Rolnik, [pic 1][pic 2]Perímetro urbano da Cidade de São Paulo, 1997.

Centro, o crescimento urbano e começo da industrialização.

[pic 3]

Regras gerais para a conformação das ruas e os espaços públicos.

Chácaras e os cortiços dentro do limite da área urbano

Imigração para o Brasil, por nacionalidade, por décadas de 1884-1893, 1924-1933

 

Década

Nacionalidade

1884-1893

1894-1903

1904-1913

1914-1923

1924-1933

Alemães

22,778

6,698

33,859

29,339

61,723

Espanhóis

113,116

102,142

224,672

94,779

52,405

Italianos

510,533

537,784

196,521

86,320

70,177

Japoneses

-

-

11,868

20,398

110,191

Portugueses

170,621

155,542

384,672

201,252

233,650

Sírios e Turcos

96

7,124

45,803

20,400

20,400

Outros

66,524

42,820

109,222

51,493

164,586

Total

883,668

852,110

1,006,617

503,981

717,223

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

2.Quadro de habitação social em São Paulo no inicio do século XX

No final do século XIX, iniciou o processo de formação de bairros nobres residenciais no Centro de São Paulo, como por exemplo, na Av. Paulista, Av. Higienópolis, (região mais elevada, arborizadas e arejadas da cidade) onde encontrávamos grandes palacetes que pertencia à elite da cidade, que eram os fazendeiros de café e a alta burguesia de comerciantes, industriais e profissionais liberais.

Com as grandes quantidades de pessoas vindas para cidade, por volta do século XX, houve então uma falta de moradias em São Paulo. Com isso criou-se o conceito de vila, (casinhas isoladas, germinadas, duas a duas, em blocos de quatro ou mesmo enfileirado e sempre próximo as fabricas), casas de cômodos, cortiços, hotéis cortiço, em loteamentos populares, acidentados ou várzeas, longe do centro, pois quanto mais próximo ao centro, maiores eram as residências e lotes e conseqüentemente maior seu valor monetário. Estes operários não possuíam muitos bens nem dinheiro, então acabaram que por recorrer à tais moradias baratas mesmo que precárias Desse modo nasceram os primeiros bairros operários, como por exemplo: Brás, Bexiga, Barra Funda, Belenzinho, Mooca, Lapa, Luz, Bom Retiro, Vila Mariana e Ipiranga. Vale ressaltar que na região do Bexiga, a predominância de habitantes era os imigrantes Italianos.

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