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A FORMAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL

Por:   •  11/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.805 Palavras (8 Páginas)  •  257 Visualizações

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PRODUÇÃO INDIVIDUAL

A FORMAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL

ELINE RODRIGUES

INTRODUÇÃO

Sabe-se que a partir do auge das invasões europeias sofremos diversas transformações, e uma delas em especial deu-se quanto à formação da nossa língua. Para tanto, pode-se afirmar que o Português Brasileiro descende do Europeu.

De certa forma, a LP tomou a sua forma na complexa interação entre a língua do colonizador, as numerosas línguas indígenas brasileiras, africanas e finalmente as línguas dos que emigraram para o Brasil da Europa e da Ásia, sobretudo a partir de meados do século XIX.

Faulstich (1998) nos garante que durante séculos, as línguas em contato serviram, entre outros fins, para modificar o panorama linguístico nacional, porque as transformações criavam as condições necessárias para formar o espírito de nacionalidade.

Teyssier fundamenta esta ideia nos enunciando que:

“A realidade, porém, é que as divisões dialetais no Brasil são menos geográficas que socioculturais. As diferenças na maneira de falar são maiores, num determinado lugar, entre um homem culto e o vizinho analfabeto que entre dois brasileiros do mesmo nível cultural originários de duas regiões distantes uma da outra” (1982: 79).

Quanto a isso, nos resta dizer que palavras novas são difundidas para expressar conceitos igualmente novos e outras deixam de ser utilizadas, sendo substituídas. Nesse contexto, cabe-nos versar aqui, segundo o material de apoio, que a Língua Portuguesa adquiriu especificidades locais e começou a definir-se como variedade brasileira fazendo com que os contatos dos povos, com variadas línguas, acarretassem mudanças no português e provocassem o surgimento de uma variedade típica do Brasil.

DESENVOLVIMENTO

Sabemos que a língua portuguesa falada no Brasil apresenta algumas diferenças em relação à língua falada em Portugal, para tanto, cabe-nos discutir aqui os aspectos levantados na tirinha de Alexandre Beck.

Partindo do pressuposto de que todas as línguas modificam-se de acordo com o tempo, podemos dizer que existe sim um português Brasileiro. De acordo com a leitura do material de apoio, vimos que no processo histórico Brasileiro, a formação do território linguístico decorreu de forças que misturaram as línguas indígenas, as línguas do colonizador e os falares africanos. Segundo Faulstich (1998, p. 249), “em 1757, o Marquês de Pombal criou a primeira lei sobre o idioma no Brasil, ao estabelecer a língua portuguesa como idioma oficial da Colônia.”

Isso implica dizer, que não podemos desconsiderar que sofremos influencias Portuguesas, principalmente dos padres jesuítas que difundiram o idioma no Brasil, mas, esse episódio não exclui o fato de que todas as línguas são expressão de uma identidade coletiva, já encontrada no Brasil com a figura dos povos indígenas.

Em relação à dificuldade de compreensão, nota-se que ao compararmos as duas línguas, percebemos que uma série de palavras utilizadas no português do Brasil não tem os mesmos significados que as de Portugal.

Podemos observar este fato no trecho em que Armandinho diz: “[...] para ir a Portugal, vou precisar de um dicionário [...]” essa duvida do garoto nos reporta ao discurso de (SILVEIRA; GUERRA; LIMOLI, 2012) que nos diz: A tradição gramatical surge não da necessidade de se falar uma língua, mas da necessidade de compreender um texto [...] , isso quer dizer, que a diferença está no vocabulário, haja vista o personagem do quadrinho não compreender a distinção entre as palavras usadas aqui e em Portugal.

Dentre as mudanças ocorridas na formação da língua portuguesa no Brasil, pode-se elencar a mistura de vocábulos, o uso dos estrangeirismos, mudanças na vida social, bem como, o surgimento das gramáticas brasileiras, que começaram a distanciar nosso português do Lusitano.

Para Marcos Bagno (2002, p.16):

Embora a língua falada pela grande maioria da população seja o português, esse português apresenta um alto grau de diversidade e de variabilidade, não só por causa da grande extensão territorial do país — que gera as diferenças regionais, bastante conhecidas e também vítimas, algumas delas, de muito preconceito –, mas principalmente por causa da trágica injustiça social que faz do Brasil o segundo país com a pior distribuição de renda em todo o mundo [...]

Este pensamento nos leva a crer que a questão da língua em nosso país é uma questão relacionada ao autorrespeito e empoderamento. Infante, (2001, p. 193) discorda desta ideia nos expondo que:

No caso da língua portuguesa, podem-se apontar casos de palavras tomadas de línguas estrangeiras em tempos muito antigos. Esses empréstimos provieram de línguas célticas, germânicas e árabes e ao longo do processo de formação do português na Península Ibérica. Posteriormente, o Renascimento e as navegações portuguesas permitiram empréstimos de línguas europeias modernas e de línguas africanas, americanas e asiáticas.

Não descartamos estes registros que nos relembram como ocorreu o processo de formação Brasileira, mas, ao analisarmos esta informação percebe-se que foram necessárias que ocorressem inúmeras mudanças para que se desvinculassem muitos dos traços culturais europeus que aqui chegaram com o advento dos Portugueses, fato este, que não ocorreu definitivamente, haja vista, ainda usarmos muitos dos traços linguísticos trazidos por estes povos.

CONCLUSÃO

Assim sendo, crê - se que Armandinho julga necessário o uso de um dicionário “Português- Português” pelo fato de não conhecer a diferença que há entre os vocábulos do Português Brasileiro e o de Portugal, sendo que a língua falada no Brasil apresenta algumas diferenças em relação à Europeia. Percebemos fortemente esta distinção quando observamos o vocabulário como nas palavras: faixa de pedestre/passadeira; pedestre/peão, quanto à fonética já que em Portugal eles tendem a eliminar as vogais átonas e quanto à sintaxe

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