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A Sequência Didática Variação Linguística

Por:   •  10/3/2020  •  Seminário  •  4.476 Palavras (18 Páginas)  •  287 Visualizações

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA[pic 1][pic 2][pic 3]

Unidade 1 – Formação da língua no Brasil Unidade 2 – Variação linguística

Nomes:

Aline de Azevedo

035090

Leiriane Dias

036281

Graziely Lage

030911

Melissa Luz

035923

Hellen Andrade

035260

Raquel de Oliveira

036193

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Ter os objetivos de aprendizagem em mente vai orientá-lo em seus estudos e ajudá-lo a verificar seu aproveitamento ao final das unidades.

Objetivos de aprendizagem:

  • Compreender como se deu a formação linguística da língua portuguesa;

  • Identificar e compreender a influência de outras línguas na formação do português da Península Ibérica até a chegada dos portugueses no Brasil;
  • Identificar e compreender as diferentes mudanças ocorridas na língua no decorrer do tempo;
  • Identificar e compreender a norma padrão e não padrão;
  • Identificar e compreender o preconceito linguístico existente em nossa sociedade e como a classe social do indivíduo interfere para que uma variação linguística seja de maior ou menor prestígio;
  • Identificar e compreender a relação entre imagens e textos que tratam do mesmo assunto.

UNIDADE 1[pic 4][pic 5]

Península Ibérica


As origens da língua portuguesa.

O povo português resulta da mistura de vários povos e de suas culturas, por mais de dez mil anos: celtas, iberos, fenícios, gregos, cartagineses, romanos, germânicos, árabes. Nesse verdadeiro caldo cultural, no entanto, destaca-se uma influência maior: a dos romanos e de seu império.

Ao chegar à Península Ibérica, por volta do ano 200 a.C., os romanos encontraram povos com idiomas influenciados pelos celtas, iberos, fenícios, gregos e cartagineses. Os romanos dividiram a Península em províncias, entre elas estava Lusitânia que se tornaria Portugal, outra província foi a da Gallaecia, futura Galícia, região que seria um berço da língua portuguesa. Sete séculos mais tarde, quando o império decaiu e a região deixou de ser província de Roma, as legiões de soldados se foram deixando para trás todo um povo que, agora, tinha como língua o latim.

Em certo período de sua longa história – por volta do ano 600 a 800

d.C. – essa língua passou a ser dividida no que quase poderíamos chamar de dois “latins” diferentes. Um era o latim clássico, cuja maior expressão encontrava-se na escrita, embora uns números reduzidos de pessoas o utilizassem normalmente. O outro, o latim popular, apenas falado, era usado pela maioria das pessoas. Do latim popular originou- se a língua portuguesa.

Quando deixou de ser romana, a região que os mapas de hoje chamam de Portugal passou a ser dominada por povos de origem germânica que chegaram por volta do século V e em breve já estavam, também eles, falando… latim! Os povos da região se unificaram, depois de um longo processo, em torno do cristianismo. Por isso, quando os muçulmanos ocuparam a península no século VIII, começou uma série de lutas entre os cristãos (que se refugiaram no norte da península) e os muçulmanos (centrados no sul).

A história dos séculos seguintes foi a história dessas lutas, em que lentamente os cristãos iam empurrando a linha de dominação muçulmana cada vez mais para baixo. Esses cristãos não eram, no entanto, um bloco único reunido sob um só governante: ao mesmo tempo em que brigavam contra os muçulmanos, brigavam também entre si. Dessa briga interna nasceu Portugal. Com a vizinha Espanha, Portugal mantinha uma relação de “amor e ódio”. As guerras se alternavam com tentativas de unificação em que não faltaram casamentos entre herdeiros importantes dos dois países. Naqueles tempos, paixão e afinidade eram coisas que pouco contavam na definição de quem se casaria com quem…

Espanhóis de um lado, muçulmanos do outro, esses primeiros portugueses iam construindo a sua história – e a sua língua. O latim popular falado na época, também chamado romanço, foi passando por várias fases, adquirindo características regionais, transformando-se em dialetos diversos. Na Península Ibérica várias línguas e dialetos se formaram a partir do romanço, como o castelhano, o catalão e o galego- português.

O português junto com espanhol, francês e italiano é considerado uma língua neolatina por derivar do Latim já deletado, ou seja, um latim que já havia sofrido tantas influências que se afastou muito do original.

O galego-português foi o ancestral mais próximo do português contemporâneo. Ele era falado nos atuais territórios da Galiza (uma região da Espanha) e de Portugal e foi se diferenciando aos poucos. Em galego- português surgiu uma tradição poética de influência árabe chamada Trovadorismo, a poesia do trovadorismo acompanhava instrumentos musicais, portanto cantigas, elas eram líricas ou satíricas.

Logo, já são grandes as diferenças entre o Galego (que se torna um dialeto espanhol na região da Galicia) e o Português, surge o período clássico do galego-português entre 1200 a 1350, o trovadorismo decaiu e as diferenças entre os falares da Galícia e de Portugal foram aumentando, aí se iniciou uma língua portuguesa distinta do galego- português, quando finalmente é separada a fronteira política entre Portugal e Galícia (província que viria a ser a Espanha). O intervalo que vai de cerca de 1350 até o início do século XVI é normalmente entendido como português antigo ou arcaico. Após a independência de Portugal, a língua foi proclamada como o idioma oficial do país, e o latim vulgar (correspondente escrito do romanço) foi banido dos textos jurídicos e governamentais.

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